Capítulo 39 - Resilience

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Sarah sorriu ainda mais ao ouvir Juliette pronunciar seu nome.

Ela usava uma calça de couro, botas de salto alto, uma blusinha solta de alcinha, transparente, deixando seu sutiã a mostra. Tinha os cabelos mais longos, estavam ondulados, leves... Sarah estava leve.

Juliette se aproximou e antes que Sarah a abraçasse, ela a encarou, a fitou dos pés a cabeça, garantindo que aquilo era real. Que ela estava realmente ali.

- Sarah. - Repetiu. Ela não acreditava. - PORRA SARAH. - Gritou.

Sarah sorriu em deboche, já esperando tal reação.

- Para de rir, qual a merda da graça? - Perguntou Juliette fora de si.

- A graça é você me ver depois de um ano e gritar comigo, ao invés de me abraçar. - Disse sem tirar o sorriso dos lábios.

Juliette estava irritada, cansada, brava, prestes a explodir. Se aproximou de Sarah e sentiu seus olhos lacrimejarem, queria lhe enfiar a mão na cara, mas mais do que isso, queria fazer exatamente o que a mulher esperava. A puxou para perto e a abraçou, a abraçou como nunca havia feito, como talvez nunca fizesse novamente. Apertou cada parte de seu corpo contra o dela, sua respiração ofegante subia, descia, subia descia. A apertou a ponto de ter que garantir se Sarah respirava.

Sarah por sua vez...

A apertou na mesma intensidade, seus braços ao redor do pescoço de Juliette, seu queixo repousado em seu ombro, seus olhos fechados sentindo aquele coração bater contra o dela.

Era a Sarah para Juliette, finalmente era sua Sarah...

...E era Juliette para Sarah, tão finalmente... Sua Juliette.

Os perfumes um doce o outro cítrico se fundiram naquele banheiro, se abraçavam, se tornavam uma só fragrancia, assim como os corpos que banhavam.

- Não fica longe de mim de novo, eu te imploro, eu não sei viver sem você, Sarah, só sei sobreviver. - Disse com a voz embargada, com o rosto afundado no ombro quase nu de Sarah.

Sarah a afastou, colocou a mão em seu rosto e olhou em seus olhos intensamente:

- Me perdoe. - Pediu.

- Não tem porque pedir perdão. Eu...Eu...toda essa situação que eu achava que sabia lidar, mas...

- Agora entende? - Perguntou, ternamente.

- Não. Mas sinto. Sinto absolutamente tudo que queria que eu sentisse.

Sarah deu um meio sorriso, debaixo de algumas lágrimas tímidas que ali repousaram.

- Essa é a estação final? - Perguntou. - Afinal, já encontrei meu prêmio.

- Não

Juliette se assustou com o que mais poderia vir.

- A estação final é uma vida toda comigo. - Disse com um sorriso contagiante.

Juliette riu, levando a cabeça para trás.

- Sarah... Você tá outra pessoa, tá?! não sei, Iluminada.

- São as mexas novas no cabelo, gostou? - Brincou, balançando os cabelos.

Juliette não conseguia tirar os olhos de Sarah, ela irradiava uma luz tão forte que sentia seus olhos mortais demais pra presenciar aquela divindade.

- Você parece calma. - Pontuou. - Onde está aquela hiperatividade toda?

- Tá aqui, tirando um soninho. Muitas sessões de acupuntura, um pouquinho de yôga...E um saco de boxe na minha casa. - Brincou.

- Sarah...

Teach me (Sariette)Onde histórias criam vida. Descubra agora