E SE eu dissesse à vocês que Gwen não foi a única que veio ao mundo com dons psíquicos?Após voltar do funeral de Robin Arellano, Finney se joga na cama de barriga para cima. A lágrima corre quente até seu ouvido. Seu semblante sério e pensativo permanece em seu rosto desde mais cedo. Ele não sorriu, não conversou, não comeu. Só está sério.
E isso preocupou Gwen, a garota ficou arrasada com a morte de Robin, eles eram amigos. Mas ela sabia que para seu irmão, o mexicano era praticamente o seu mundo. Então, foi como se o mundo do garoto dos cachos dourados tivesse se partido ao meio.
— Você não comeu o dia todo. Tem certeza que não quer jantar? — Perguntou sua irmã, apoiada no batente da porta do quarto de Finney.
— Uhum. — Murmurou, fitando o teto. Ele tinha medo de se distrair e desabar novamente, estava muito sensível e isso é compreensível aos olhos de qualquer um.
— Certo. Boa noite, Finney. — Gwendolyn saiu e fechou a porta, com receio de deixar seu irmão só.
O garoto estava quase pegando no sono. Seus olhos lutavam para continuar abertos. Ele piscou lentamente, e foi quando a dor o atingiu em cheio na cabeça. Era uma dor insuportável, que começou do nada.
Finney gritou em agonia, enquanto se remexia na cama, arrancando o lençol. De repente, enxergou uma luz branca e teve a certeza de que ia morrer.
"Você terá mais uma chance."
Ao ouvir a voz desconhecida, fechou seus olhos fortemente. Porém quando os abriu, estava em um lugar diferente de seu quarto e a dor na cabeça havia sumido.
Soltou a respiração que nem sabia que prendia, e saiu do chão gelado da sala de aula.
— Como eu cheguei até aqui? — Sussurrou, confuso.
O sinal tocou e os alunos adentraram o local. Dentre eles, um chamou a atenção de Finney. Robin!?
O moreno caminhou até o loiro, feliz da vida. Ao contrário de Finney, que gelou ao ver Robin em sua frente, em carne e osso.
— Eaí, Finn. O que está acontecendo? — Ele sorriu docemente para seu amigo.
— Como isso é possível? — Sussurrou, incrédulo.
— O que é possível? — Robin tentou tocar no rosto do amigo, mas Finney recuou, com medo.
— Relaxa, cara. Parece até que viu um fantasma. — Riu.
— Robin, como você está aqui?
— Estando, ué. Você está bem?
— Que dia é hoje? — Apenas perguntou, sentindo suas mãos trêmulas.
— 9 de novembro, sexta-feira. Por quê a pergunta?
O dia do paradeiro de Robin Arellano.
— E-eu... Eu..
Sem conseguir terminar uma frase sequer, saiu correndo em direção ao banheiro. Precisava entender urgente o que está acontecendo.
Entrou em uma das cabines e sentou na tampa da privada. Respirou fundo uma, duas, três vezes até se recordar da frase que ecoou por sua mente antes de acordar na escola.
"Você terá mais uma chance."
— Mais uma chance de salvar Robin? — Sussurrou para ele mesmo.
— Finn? É o Robin. Vem cá, por quê tá todo estranho? São aqueles três patetas te enchendo de novo? — Ouviu a voz de Robin, logo após uma batida de porta.
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i can save him | rinney!
RomanceOnde Finney tem a chance de voltar no passado para salvar seu melhor amigo da morte. insp em 'Efeito Borboleta' PLÁGIO É CRIME!