Malfoy não encarou Hermione no dia seguinte como costumava fazer. Na verdade, ele não lançou nem mesmo um olhar em sua direção. Era como se ele tivesse finalmente conseguido tirar as reações que queria dela - nervosa e confusa - e agora tivesse superado, indo brincar com a próxima vítima.Hermione tentou ignorar a sensação de decepção que corroía seu estômago. Isso é ótimo. É melhor assim. A atenção dele não passou de um incômodo durante grande parte de sua vida escolar. Hermione se convenceu de que não sentia falta disso - ela apenas se acostumou a isso.
Também não tinha nada a ver com o fato de ela ter se levantado de madrugada e se esforçado mais do que nunca para correr ao redor do Lago Negro na manhã seguinte. Hermione realmente amava essa hora do dia - as cores pêssego do nascer do sol que pareciam sangrar sobre a superfície do Lago, os unicórnios recém-nascidos que timidamente bebiam água nas margens com suas mães, a paz do silêncio ao seu redor. Correr fazia Hermione conseguia pensar. Era quando ela respirava.
E sim, na extremidade oposta do Lago havia uma árvore velha e confiável com um galho grosso e resistente, perfeito para esticar as pernas.
Hermione tinha 14 anos quando subiu nessa árvore pela primeira vez, com o intuito de admirar a bela paisagem de Hogwarts no pôr do sol. Ela ficou assistindo alguns alunos jogando Snap Explosivo ou até mesmo se banhando no Lago depois do fim das provas do 3° ano. Harry e Rony estavam voando por aí, obcecados com a nova Firebolt de Harry, quando ela decidiu tirar um tempo para si mesma. Ela estava sentada no grosso galho, com uma perna de cada lado dele, se balançando, incrivelmente feliz por estar finalizando mais um ano em Hogwarts. Foi só depois de um minuto de movimentação em cima do galho que as coisas ficaram... estranhas. No fundo de sua barriga, uma sensação começou a se estreitar, fazendo os olhos de Hermione se abrirem e um pequeno suspiro escapar de seus lábios. Bom. Ela tentou cruzar os tornozelos, tentando encontrar uma maneira de aliviar um pouco da pressão sentida entre as coxas, mas não ajudou. Seus braços tremeram e ela se pegou tentando se segurar, mantendo seu corpo em cima da árvore, porque queria que essa sensação durasse. Ela precisava disso. Estava crescendo em algum lugar perto de seu estômago, ela começou a se sentir incrível e de repente explodiu em uma mistura de sensações e tremores.
Hermione teve seu primeiro orgasmo ao ar livre, com vários de seus colegas à sua volta e ninguém se deu conta.
Hermione (e nem qualquer um de seus parceiros sexuais subsequentes) nunca descobriu como gozar de outra maneira. Desde então, sempre que se sentia muito estressada com a rotina, ela se pendurava neste galho de árvore na beira do lago, logo após a sua corrida matinal.
Algumas pessoas se masturbavam no conforto de suas próprias camas - Hermione se excitava ao ar livre. (Embora o aspecto público dificilmente seria uma escolha - onde mais ela poderia fazer isso?) No entanto, perseguir essas sensações vinha se tornando cada vez mais difícil. Quanto mais velha ela ficava, mais difícil se tornava para ela se excitar em cima de uma árvore. Era um verdadeiro dilema.
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"Ugh, Harry, você não sabe o quão sortudo você é por ter um pau." Hermione sussurrou enquanto Harry se sentava ao lado dela na aula de Feitiços. Seus sentimentos felizes tinham sido tão difíceis de alcançar esta manhã; ela mal teve tempo de tomar banho antes de correr para a primeira aula. "Achei que meus braços fossem cair antes de conseguir chegar lá hoje." Apesar de dizer a ela que realmente não precisava saber tantos detalhes sobre esse tipo de coisa, Harry era bem versado em todas as suas experiências sexuais e problemas orgásticos.
Pena que não tinha sido Harry quem estava sentado ao lado dela. "Lá aonde?"
Hermione quase pulou de susto quando percebeu que era de fato com Malfoy que ela estava falando. "Que droga é essa!?" Ela sibilou. "O que você está fazendo aqui?" Ela olhou freneticamente ao redor da sala, tentando localizar Harry.
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Shadow & Redemption
Fanfiction*SLOW BURN* Draco diria que as coisas mudaram para ele quando ela socou a cara dele no final do 3º ano. Mas o fato que o fez nunca mais chamá-la de sangue-ruim, foi vê-la descendo as escadas do castelo no Baile de Inverno. Também poderia ser porque...