Capítulo 25: Convite

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E então, na aula do dia seguinte, Hermione foi encurralada.

"Nós vamos a um encontro, Granger."

"Você está-?"

"Um encontro apropriado. Eu ainda não levei você a um desses. E eu realmente deveria levar a minha namorada para sair."

"Eu não sou mais sua namorada—"

Malfoy inclinou a cabeça, fingindo confusão. "Oh, desculpe, acho que você não percebeu: essa posição é vitalícia."

Hermione esperava que Draco não se lembrasse do momento de ternura que eles compartilharam enquanto ele estava bêbado, mas não apenas parecia que ele se lembrava, como ele também parecia ter se encorajado com a conversa deles.

Hermione se irritou, agarrando-o pelo antebraço e arrastando-o para o canto da sala de Transfiguração antes que McGonagall saísse de seu escritório para começar a aula. Parecia ter havido algum acidente com um aluno que havia sido transformado em um furão e que estava demorando muito para voltar ao normal.

Hermione olhou por cima do ombro antes de encará-lo com um olhar que pulverizaria qualquer bruxo no lugar dele - mas não Malfoy, embora. "Olha. Pare com isso. Como coisas mudaram..."

"Não, elas não mudaram," Malfoy respondeu teimosamente. "Não pra mim."

Hermione se conteve para não gritar 'BEM, VOCÊ ESTÁ MENTINDO PARA SI MESMO', porque pareceria um pouco dramático demais. "Malfoy -"

"Draco", ele insistiu. "Você não pode simplesmente voltar aos sobrenomes porque está tentando me desumanizar. Você mesmo disse isso, você não me superou e, obviamente, eu nunca vou superar você..."

"Isso não é-" Hermione se interrompeu, fechando as pálpebras e cravando as unhas na pele dele, só o soltando quando a ação a fez perceber que ela nunca havia largado o braço dele. Ela sussurrou, totalmente irritada, "Você sabe por que eu não posso ficar com você. Você sabe o porquê."

"Daphne e Potter conseguiram ficar juntos, porque também não podemos?" Draco sussurrou apenas para ela.

Ela sentiu quase como se estivesse ficando um pouco louca com sua insistência repetida de que tudo estava bem - e que tudo o que deveria importar era como eles se sentiam um pelo outro. Como se fatores externos (como pequenos casos de assassinato em massa) nunca afetassem o desenrolar dos relacionamentos.

O rosto de Malfoy se transformou em aborrecimento, e ele se inclinou para ela, colocando uma mão furiosa na parede ao lado da cabeça dela. Hermione cometeu o erro de olhar por cima do ombro dele enquanto era encurralada na parede, chamando a atenção de Terry e seus amigos, que estavam observando a interação deles. Assim como todos os outros, ela não viu absolutamente nenhuma simpatia em seu olhar - como se ele estivesse dizendo a ela: 'Você arrumou a sua cama com o diabo. Agora deite-se nela'. Ela sentiu como se todos estivessem olhando para eles, mas ninguém estivesse fazendo nada, provavelmente com medo dele e de todas as maneiras que Draco poderia retaliar contra eles, se tentassem interferir. Se eles quisessem interferir em primeiro lugar... Hermione se perguntou se alguém poderia entender o que eles estavam falando de onde estavam sentados.

Sua voz gutural tirou Hermione de suas reflexões autoconscientes. "Olha, Granger. Eu sei que você está brava, eu entendo isso-" ela bufou, mas ele continuou, "-mas você tem que parar com esse padrão que você segue. É cansativo." Sua mão livre passou por seu cabelo loiro. "É difícil."

Ela olhou para ele, horrorizada e boquiaberta. "Você acha que eu terminei com você porque eu estava tentando ser difícil?!"

Draco revirou os olhos. "Em primeiro lugar, você não terminou comigo, não seja ridícula. Um término exigiria uma conversa adulta e real sobre o assunto, em vez de você apenas me ignorar na esperança de que eu fosse embora. O que claramente não irei." Ela queria estrangulá-lo. "Em segundo lugar, não. Se você estivesse tentando ser difícil, eu sei que seria porque você está com medo, mas, eventualmente, você terá que começar a caminhar com seus próprios pés—"

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