Capítulo 18: Importância

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"Uau, bem, este é certamente um passo na direção certa."

"Eu não sei. Parece um pouco retrógrado se você quer minha opinião."

"Bem, é por isso que você está reprovado em História da Magia, não é? Oitenta por cento dos bruxos concordam com as novas leis."

"Ok, Antony, um Aceitável dificilmente é o que eu chamo de fracasso em História da Magia."

Hermione mal estava sentada com os Corvinais por mais de cinco minutos e já havia detestado a maneira como eles falavam uns com os outros, e como eles pareciam se considerar poderosos. Ela e Malfoy tiveram algumas das melhores notas da escola, mas nunca fingiram ser adolescentes intelectuais e mais espertos do que realmente eram, se achando melhores do que todos os outros porque sabiam usar palavras complicadas e tinham memorizado informações estatísticas. E as garotas acham que eu é quem sou um pé no saco... Não há nada de errado em ser esperta, pensou Hermione, mas definitivamente há algo errado em tentar intencionalmente fazer as outras pessoas se sentirem burras.

"Do que eles estão falando?" Hermione perguntou a Terry baixinho, no café da manhã de domingo. Ele a havia convidado para comer com eles e ela nem pensou duas vezes quando trouxe Harry e Rony junto. Nós somos um pacote, Hermione cantou em sua cabeça quando eles se sentaram ao lado dele.

"O quê?" Antony Goldstein perguntou, desnecessariamente alto, chamando a atenção de todos na vizinhança para a conversa. "Você não lê?" Ele deslizou a cópia do dia do Profeta Diário na mesa entre eles.

Hermione fez uma careta. Essa era uma maneira estranha de perguntar: 'Você não leu este artigo específico que foi impresso apenas algumas horas atrás?' Terry gentilmente passou para ela. Os olhos de Hermione voaram, examinando como o Ministro da Magia tinha acabado de conceder aos Aurores a autorização para usar Maldições Imperdoáveis contra os Comensais da Morte, e como eles considerariam os julgamentos desnecessários em sua rápida determinação em fazê-los pagar por seus crimes. Hermione não pôde deixar de se sentir um pouco enjoada com essa reviravolta nos acontecimentos: sem juiz, sem sentença, apenas carrascos. Eles poderiam matá-los à primeira vista, sem fazer perguntas. Parecia meio errado.

"Eu acho que é uma coisa boa", Terry disse a ela alegremente, mastigando sua torrada. "Evita que os Aurores tenham que lidar com um monte de burocracia, você não acha?"

"Eu não sei..." Hermione respondeu honestamente, relendo o artigo mais devagar.

"O quê?" Terry perguntou perplexo. "Quer dizer, os Comensais da Morte estão ficando fora de controle. Achei que você ficaria feliz com isso."

Hermione ergueu as sobrancelhas olhando para ele. "Eu?"

Terry se mexeu desajeitadamente. "Bem, sim. Quer dizer. Isso afeta você, não é?"

Sim. Mas Hermione achava que julgamentos apropriados e justiça adequada afetavam a todos, realmente. "Claro. Mas não sei se impedir de dar às pessoas o seu julgamento no tribunal é a maneira correta de lutar contra os fanáticos."

Ela olhou para Harry que complementou a opinião dela, olhando para o artigo, muito interessado. "Além disso, há uma pequena chance de alguém ser incriminado ou falsamente acusado de ser um Comensal da Morte, e depois? Nós apenas os trancamos em Azkaban e jogamos a chave fora?" Harry deu sua opinião - e era óbvio para ela que ele estava pensando em Daphne - enquanto Hermione se servia com uma xícara de café.

"Temos o Wizengamot por uma razão. Por que duvidar deles agora?" Hermione concordou com Harry.

Antony revirou os olhos, claramente discordando dos dois.

"É fato que o Wizengamot erra o tempo todo." Harry respondeu, provavelmente lembrando daquele julgamento ridículo que eles o submeteram antes do início do 5º ano. "Mas isso não significa que devemos simplesmente descartá-los sem primeiro colocar algo melhor no lugar..."

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