Amores

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Notas iniciais: Olá, estou de volta. Hoje o capítulo foi curtinho, mas espero que gostem.

Boa leitura! 📚

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POV: Leila Barros

Ainda naquela noite, tive uma longa conversa com o seu Miguel, contei minha história com o amor da minha vida, o que havia acontecido nesse último momento e ouvi atentamente as palavras que seu Miguel me dizia.

- Minha filha, o amor de vocês é uma coisa muito linda de se ver. Zele por esse amor, não deixe essa mulher que te ama tanto, segundo a sua narração dos fatos. Eu já vivi muito essa vida, já tive muitas amores, muitos relacionamentos, muita experiência!

- Obrigada seu Miguel, eu amo tanto essa mulher... Não posso perdê-la! - Digo enquanto viro todo o líquido em minha garganta e desce quente, rasgando-a durante o percurso.

Afasto-me da área mais movimentada do bar e sigo até os fundos, uma parte mais reservada. Pego meu celular, disco o número de Eliziane e espero acionamento enquanto espero ela atender.

- Atende, meu amor, atende! - Profiro enquanto bato meu pé repetidas vezes ao chão, em um gesto nervoso.

Eliziane atende.

- Leila, onde você está? Já te procurei em toda essa cidade, pelo amor de Deus!

- Oi amor, eu estou num bar na rua anterior à do nosso apartamento. - Digo em meio à soluços, resultado da presença do álcool inundando meu organismo.

- Eu estou indo aí, Leila. Me espere!

- Na-não, eu preciso te dizer uma cosia, espera! Eu te amo Elizane, me perdoa por esse ciúmes besta amor, juro para você que eu não queria agir assim. Será que você é capaz d eme perdoar? - Digo e faço uma espécie de "apelo" no final.

Eliziane nada responde, desliga a chamada e eu fico atordoada. Será que ela não me perdoou? Será que ela não me ama mais? Será que ela já tem outra?

Ah, as benditas inseguranças...

- Leila, está tudo bem? - Questiona seu Miguel ao se aproximar do local onde eu estava, ele parecia visivelmente preocupado.

- Não está nada bem. Ela não me ama mais! Ela não quer mais saber de mim. Eu estraguei tudo, perdi a chance de viver uma vida ao lado da mulher da minha vida. - Começo a chorar copiosamente.

- Ei, eu estou aqui, ok? Pode chorar a vontade. Amor dói, mas não mata.

Ah se ele senti-se na pele o que sinto, a decepção e a dor que sinto ele diria que esses eram seus últimos segundos de vida.

- Leila! Amor?

Ouço uma voz ao longe, a propagação um ondas longitudinais do som misturava-se com a música tocada no ambiente, mas eu pude me lembrar que aquela é sua voz, a voz da Eliziane!

Começo a procurar em todo o salão por ela e logo meus olhares cruzam com aqueles olhos escuros, brilhosos como o céu repleto de estrelas e vejo ela abrir um sorriso.

Tamanho é o impacto dos acontecimentos que não tenho fortaleza para manter-me de pé, sinto um flash de luz em minha visão e perco o equilíbrio de minhas pernas.

— Opa! Desequilibrou, senadora? - Desconheço o toque, são mãos firmes, braços fortes. Inclino minha cabeça para cima de seu ombro direito e visualizo um moreno com um sorriso largo.

Instintamente, sorrio para ele, acenando positivamente.

— Obrigada! Eu não me sinto muito bem.

— Precisa de ajuda para chegar em casa? Eu posso ajudar. - Ele sugere.

— Não será preciso. Eu vou levar a minha mulher para nossa casa, com licença. - Eliziane entrelaça seus dedos no meu e deposita um beijo em meus lábios.

— Tchau, linda! - Diz ele.

— Como é que é? - Em uma fração de segundo Eliziane solta minha mão, vai ao encontro do moreno e segurando-o pela gola de sua camisa preta.

— Calma, amor. Ei, não precisa disso! - Tento intervir.

— Você respeita a minha mulher, seu filha da puta. Ela não é qualquer uma que você pode cantar não, está me entendendo? - Ela vocifera precionando-o cada vez mais sobre a parede do local.

— Tu-tudo bem. Eu só quis ser gentil. Aposto que ela gostou do meu toque.

— Gentil? Vai se foder, desgraçado! - Ela diz apertando seu pescoço. — E isso aqui, é gentil? Hum? Um toque sutil... - A morena diz enquanto aperta fortemente o pênis do rapaz.

— Senadora Eliziane, por favor! Já chega. - Diz seu Miguel.

— Olha aqui rapaz, nunca mais dirija a palavra à minha mulher, estamos entendidos? Aposte, você não vai querer cruzar comigo novamente. - Ela sai puxando-me pela mão me arrastando até o carro.

— Elizane, o que foi isso? Que cena mais infantil! - Digo durante o trajeto até o apartamento.

— Você não viu o que ele disse, aquele filho da puta. - Bate contra o volante.

— Ei, devagar! Eu ainda estou dentro desse carro, ok?

— Estou nervosa. - Ela diz.

— Você pode está nervosa, com ciúme, o que seja. Foda-se. Você não tem o direito de sair agredindo os outros assim, está me ouvindo?

— Tudo bem, defenda ele, se quiser posso te levar de volta àquele maldito bar para encontrar-se com ele novamente.

— Eu poderia voltar, mas não vou sabe o porque? Porque eu te amo, porra. - Digo olhando-a nos olhos.

Ela vira o rosto encarando o semáforo que se encontra fechado.

Aproveito o momento de raiva e permito que o desejo que sinto domine meu corpo. Avanço sobre o colo de Eliziane, beijando seu pescoço desesperadamente.

— Leila, para com isso. - Ela tenta resistir, mas eu sei bem como domar essa fera. Chupo seu ponto de pulso e começo a rebolar em seu colo.

O sinal abre, mas estávamos deveramente entretidas no nosso momento que não conseguimos acompanhar o mundo que continuava ao nosso redor.

— O sinal, porra! - Os carros buzinam e gritam.

— Vão se foder babacas! - Abaixo a janela do carro e grito.

— Amor! - Eliziane cai na gargalhada enquanto tenta, a todo custo, me tirar de seu colo.

— Ainda está com raivinha? - Digo provocando-a.

— Quando chegarmos eu resolvo esse problema. - Ela foca totalmente no restante do trajeto.

Quando chegamos, Eliziane me puxa até o elevador, onde me beija como se dependesse daquilo para sobreviver pelos próximos anos.

Paramos na porta do nosso apartamento, entramos tão rapidamente que nem mesmo a física conseguiria explicar tal rapidez.

— Hm amor, vamos com calma. Vou pegar um vinho.

— Amor, não faz isso. - Ele diz manhosa. 

— O que, não consegue esperar, senadora? - Digo abrindo os botões de minha blusa.

— Hmm, assim são dois goles e a garrafa já acaba. - Após entender o sentindo que a frase foi dita, gargalho.

— Então vem, estou te esperando para começaros goles. - Jogo minha camisa enquanto subo os degraus da escada.

Os nosos momentos carregam o gosto suave do vinho a calma e, em momentos, a urgência da excitação.

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Notas finais: Espero que tenham gostado. Até quinta-feira atualizarei novamente.

Um beijo e um queijo! 💋

Segredo de Estado - Leila e Eliziane Onde histórias criam vida. Descubra agora