Dia 18 de março de 2021.
Sarah
Larissa: O que eu não posso saber?- olhei para trás, ela estava com uma cara de desconfiada.
Maria: Eu queria fazer surpresa, mas estou pensando em ir fazer uma visita a vocês lá em São Paulo.
Larissa: Que legal...- ela se sentou ao nosso lado.– Sinta-se avontade, vou adorar apresentar você para a Brunna.
Maria: Eu ia amar conhecer você e também saber de sua vida... Quer dizer, da vida das duas.
Larissa: Eu também, gostei muito de conhecer a senhora.
Maria: Não precisa me chamar de senhora, Maria está ótimo para mim.
Larissa: Tá bom, então Maria está convidada para ir lá em casa quando quiser...- eu sabia que para a minha tia aquela palavras era como um aconchego.
Sarah: E melhor cuidarmos, o nosso voo já está sendo chamado...- nos levantamos.
Maria: Bom, eu não vou atrapalhar mais o tempo de vocês... Foi um prazer recebê-las em minha casa, se sintam convidadas para ir mais vezes.
Sarah: Tia quando você quiser pode me ligar...- fui até ela e dei um abraço bem caloroso.— Vamos manter contato sempre.
Maria: Pode deixar, agora que a encontrei não vou me distância.
Sarah: Espero mesmo...- demos uma gargalhada.
Larissa: Maria, foi um prazer conhecê-la...- Larissa deu um abraço nela, de longe fiquei analisando aquela cena, minha tia encheu seus olhos era como se o seu coração estivesse aliviado com aquele simples contato.
Maria: Façam uma boa viagem, assim que chegarem lá me mandem mensagem para mim saber que estão bem.
Sarah: Pode deixar, tia.
Maria: Foi muito bom realmente conhecer você... Vejo muito do seu pai em você!- olhou para Larissa.
Sarah: E melhor irmos... Beijos tia.- nos despedimos e fomos para a fila, entrar no avião.
Nos sentamos em nossas cadeira, fiquei um tempo em silêncio. Ainda não conseguia assimilar tudo o que aconteceu nesses dois dias que ficamos no Rio. Foi tantas revelações em tão pouco tempo, era de mexer com a mente de qualquer um.
Eu queria tanto falar com a Larissa, mas é se a minha tia estivesse certa?! Aliás a Larissa não aceitou muito bem que eu era a sua irmã quando contei para ela, mas ao mesmo tempo e cruel esconder uma coisas tão importante. Eu ainda não sabia se contava ou não.
Larissa: Nossa, que doideira essa viajem... O bom que a gente se aproximou mais.- ela quebrou o silêncio entre a gente.
Sarah: E verdade.
Larissa: Gostei muito da sua tia, ela me fez se sentir em casa...
Sarah: Como assim?
Larissa: Sei lá, pela maneira que ela me tratou parecia que eu era sobrinha dela ou até mesmo filha...
Sarah: Ah ah...- comecei a ri de nervoso quando ela falou a palavra "filha".
Larissa: Você tá muito estranha mesmo.
Sarah: Você que é estranha.
Larissa: E você é implicante.
Sarah: Vai ver que seja de genética...- começamos a ri.— Você já falou com a Brunna?
Larissa: Ainda não.
Sarah: Melhor se preparando, dois dias fora quando o casal volta a se vê a cama é arriscado até quebra.
Larissa: Isso é inveja.
Sarah: Tem razão, bem que eu queria alguém esperando por mim para transar...- eu tinha falando um pouco alto que a senhora que estava no banco a frente fez uma careta.
Larissa: Você está traumatizado os outros passageiros...- começamos a ri da senhora.
Larissa
Nossa que viagem é uma pena que eu não soube em detalhes o relacionamento do meu pai e da minha mãe. Mas, fico feliz pela Sarah descobrir mais do seu passado e também encontra alguém de sua família.
A Maria parece ser uma ótima pessoa. Algo nela me fez se senti em casa, isso é muito estranho. Talvez seja pela maneira que ela me recebeu em sua casa.
Enfim, estamos finalmente em São Paulo, estava com tanta saudades de Brunna. Queria tanto vê o seu rosto, tocar em seu corpo e beijar sua boca.
Sarah: Larissa, posso te perguntar uma coisa?- estávamos no Uber indo direto para casa.
Larissa: Claro se sinta avontade.
Sarah: E que estou curiosa para saber como era a sua relação com a sua mãe, você fala mais do nosso pai do que dela...- isso era verdade.
Larissa: Eu sempre vou amar a minha mãe ela era muito amorosa comigo, mas eu não sei... E que com o meu pai era diferente.
Sarah: Como assim?- fiquei sem jeito.
Larissa: Não me leve a mal, minha mãe me tratava muito bem... Mas, eu sempre me senti mais filha dele do que dela.-a Sarah fez uma cara que me deixou arrependida por ter falado.
Sarah: Eu sei mais ou menos o que você está tentando falar.- o restante da viajem até chegar em casa, conversamos sobre como seria as coisas daqui pra frente, em relação a nós duas.
Larissa: E tão bom esta em casa...- falei assim que desci do carro e avistei a minha casa.— Não gosto muito de dormi em hotel.
Sarah: Somos duas, eu só quero vê a minha cama e dormi um belo sono...- tiramos a nossas malas e entramos.
Larissa: Brunna... Amor, cadê você?- a casa estava em pleno silêncio, procurei pela cozinha e não vi ninguém.— Que estranho, as empregadas não estão e nem a Brunna.
Sarah: Será que ela não dispersou as empregadas e sai pra preparar algo romântico para você?
Larissa: Pode ser...
Sarah: Eu queria falar uma coisa com você!
Larissa: Essa viajem inteira você está estranha, o que você está escondendo?
Sarah: E que eu não sei como te dizer.
Larissa: Diga de uma vez!- ela estava me deixando assustada.
Sarah: E que eu descobr...- o celular tocou na hora.
Larissa: É a Brunna!
Sarah: Pode atender ela, depois eu falo.
Ligação on...
Larissa: Oi amor, acabei de chegar em casa... Cadê você?- sua voz estava um pouco abafada, como se ela estivesse chorado.
Brunna: Amor eu preciso de você.
Larissa: O que foi Brunna, está me assustando.
Brunna: Vem agora para o hospital, meu pai sofreu um acidente.
Larissa: Como assim?
Brunna: Ele está entre a vida e a morte... Vem logo, por favor.
Larissa: Já estou indo!
Ligação off...
Sarah: Aconteceu algo?- perguntou pelo meu nervosismo.
Larissa: O pai da Brunna sofreu um acidente... Eu tenho que ir para lá.
Sarah: Eu vou com você!
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Enxergando com amor #BruLari
FanfictionDepois da morte de seus pais Larissa vai para um orfanato, a pobreza e o desprezo das crianças a faz mudar. Seus pais a educou para não se importa com dinheiro e ganância, mas Larissa não suporta a ideia de que uns tenham mais que outros. Bruna...