Capítulo - 18

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Dor

Hades Mikaelnson Collewn

Estou completamente fudido, aquele merdinha do Valter enfiou uma faca na minha panturrilha, não foi tão fundo mas me fez mancar um pouco. Os outros foram fáceis, eles nem tiveram reação, mortos com uma faca no pescoço era um pouco meio fora de cena mais valia, mas eu já me sentia todo quebrado e meus músculos pediam por descanso, ótimo chegaria na sua apresentação quase morto. Já se foram três, faltava Bryan e mais dois.

Eliminar simples baratas ou deixar que o próprio diabo vinhesse buscar, mais já ajudei o seu serviço e sei que logo ele iria vim me buscar também, meu passado não foi um dos melhores e o sofrimento foi o que tive, perde os pais aos 6 anos e principalmente na minha frente, ver toda aquela cena, ver minha mãe implorando para eu não chegasse perto e meu pai pedindo para que eu não fosse morto, mais os olhos daquele cara tinha a demonstração viva que ele não mataria uma criança, uma criança que observa tudo atentamente com aflição mais era claro em seu rosto as lágrimas. Assim que aquele homem deixou meus pais sem vida naquele chão frio e sujo.

Não ouvia seus batimentos, eles pararam.

     Flash back...

- Mãe? Mãe, por favor, você prometeu... - Prometeu me levar para o parque. - Eu falava entre soluços.

- Mamãe por favor vamos, levante. - Sacudia o corpo de mamãe que não reagia.

O choro mais dolorido de todos.

As lágrimas não cessaram por nada, continuavam caindo, e eu acreditava que eles estavam dormindo, acreditava que eles se levantariam e mamãe me levaria para o parque.

- Papai a mamãe não quer levantar, me prometam que vão acordar logo. - Falo entre soluços passando a mão no rosto para secar as lágrimas mas não adiantava.

Eu olhava para os dois, segurava a mão de papai que ficava fria a cada minuto que se passava. Passava minha pequena mão no rosto da dela que estava molhada pelas lágrimas derramadas.

- Mãe? Pai? Por favor, não me deixe aqui sozinho. - Apertava a mão da minha mãe contra meu peito que parecia que ia afundar ela por lá.

Você prometeu, sempre nos domingos. Nós sempre brincávamos juntos.

Por favor! Levantem e vamos.

Eu conseguia ouvir as sirenes da polícia e parecia se aproximando cada vez mais.

Tudo parecia lento, não conseguia ouvir mais nada, nem minha própria respiração,  só percebia que uma policial estava do meu lado tentando me acalmar, ela falava mais eu não ouvia. Eu realmente não queria ouvir, eu queria meus pais.

Alguém por favor devolva meus pais.

Mas nem Deus podia atender ao meu pedido, nem o próprio diabo tinha esse poder.

Mesmo todo aquele choro não foi o suficiente para comover Deus.

Off...

(…)

Parecia que eu tinha tomado a maior anestesia de todas, a dor da panturrilha tinha passado e parecia que eu tinha sido costurado por todo o corpo.

Eu não tinha essas lembranças há muito tempo, eu não gostava de lembrar e nem queria.

Que tipo de pessoa não gostaria de lembrar dos pais? Bom, talvez seja eu?! Eu realmente não gostava de relembrar gritos e lágrimas.

A imagem da mulher de cabelos castanhos escuros e olhos verdes e pele branca era como se fosse pintada por um Deus, a minha mãe era o ser mais doce. Ela tinha o sorriso encantador, a sua voz era como uma canção de ninar. Lembro bem das noites, ela sempre me contava historinhas para dormi e papai estava sempre ao seu lado, papai era bem alto, cabelos longos negros que ia até o ombro e pele branca.

𝑷𝒓𝒐𝒕𝒆𝒈𝒊𝒅𝒂 𝒑𝒆𝒍𝒐 𝑺𝒕𝒂𝒍𝒌𝒆𝒓 Onde histórias criam vida. Descubra agora