Capitulo - 19

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Aguas passadas

Assim como fantasmas podiam existir, as lembranças me matavam aos dias, levavam um pouco de mim cada dia que passava, lembrava claramente como ele se foi na minha frente.



Francisca Helena Salvatore

Flash back...


- Você é ridícula, aonde você pensa que vai? Você é egoísta, uma mulherzinha mimada que só se interessa por dinheiro. - falou ele com a mão na cabeça.

- Você acha que eu vou ficar com um cara que nem tem onde cair morto, eu vivo de dinheiro, e não importa aonde eu vou. - falo com raiva enquanto olha a sua cara de surpreso.

Ele estava certo, tão certo quanto eu. Meus sentimentos era todos envolvidos ao dinheiro, riqueza, luxo. Meu mundo se revoltava a ele, não me importava com sentimentos alheios, assim como ele, só foi um simples brinquedo, um passa tempo. Servia para minhas peças e diversões, não me dava o direito de pensar no dinheiro dele mas também o usava.

Bom era assim que eu pensava, ninguém podia não ficar de joelhos à minha frente mas nesse dia quem ficou fui eu.

Meses depois…

- Você me troca? Assim tão fácil?. - esbravejo as palavras colocando as mãos na mesa.

Quem ele pensa que é? Me usa e depois me troca, depois de tudo? Criar sentimentos não era fácil, nem muito difícil, mais isso nem chega aos planos que eu tinha. Inferno onde eu me coloquei?.

- Já chega! Crie sentimentos por outra, uma que me dê valor. - Exclamou as palavras com um grito.

Quanto ele é ridículo, assim como também sou, criei sentimentos e me ferrei, me apaixonei pelo guarda costa da garota.

Estava longe do meu alcance.

- Olha por quem você me trocou, você acha justo?. - dei uma pequena gargalhada olhando no fundo do seus olhos. - Só pode estar brincando né?.

- Não, tem coisa melhor que você. - falou calmamente usando uma pequena provocação.

Depois de ouvir sua pequena frase que me causou um pequeno incômodo na garganta.

Agir por impulso, sai da mesa e dei um tapa em sua cara.

- Nós temos um caso e você vai atrás dela. - Grito o mesmo sentindo o pequeno incômodo no final.

- Não me importo. - levantou a cabeça que estava baixa e saiu batendo a porta.

Que instituto é esse?

Sentia a fúria tomar posse do meu corpo e mente, sair do controle.

Distante de um homem que crie sentimentos e justo por ela? Temia por isso, mas não dessa forma. Me larga bem no momento onde o sentimento que eu sentia começou a florescer, ser tratada desse jeito? Não.

Fora dos meus olhos, longe da minha mente.

Era assim que eu pensava, virou um desejo homicida, mais não para mim. Eu achava que podia ficar bem.

(…)

Mas eu não temia por Fernando ter escutado nossa conversa. Achava que a assinatura do casamento falso podia não dar em nada, mas não sabia que podia ser um homem selava os deveres de um casamento. Patético, assim como ele, queria que fôssemos fiéis um ao outro. Bom se fosse isso, sua cabeça já estava no chão.

𝑷𝒓𝒐𝒕𝒆𝒈𝒊𝒅𝒂 𝒑𝒆𝒍𝒐 𝑺𝒕𝒂𝒍𝒌𝒆𝒓 Onde histórias criam vida. Descubra agora