" Ela é a menina mais incrível desse mundo, então. Já faz um tempo que eu gosto dela, ela continua linda, ela continua bela. Eu perguntei "tá tudo bem?" Ela sorrio e disse que sim, tá tudo bom pra ela então tá tudo bom pra mim"
Quando sua mãe é tr...
Estava no banco de trás da mini van vermelha e branca da minha mãe, ela ganhou do meu pai no primeiro aniversário de casamento deles, agora já não tá mais tão nova, mas é bem mais a nossa cara do que antes, tinha vários adesivos na parte de fora e de dentro, junto com algum grafites pequenos que minha mãe me deixou fazer.
Observo as árvores passando conforme o carro se movimenta, cantarolando baixinho "vem ser minha" de Charlie Brown Jr. que tocava em meus fones de ouvido. Era a parte que eu mais gostava nas viagens de carro, observar o mundo. A viagem durava mais ou menos 6 horas e já estávamos a um bom tempo na van, provavelmente chegaríamos logo.
Mamãe falou que ficaríamos temporariamente na casa de uma amiga de longa data dela. Não deu muita informação sobre a família, apenas que tinha uma casa grande, três filhos e que a filha mais velha tinha minha idade e que estudaríamos na mesma sala. O que é muito bom, porque terei alguém conhecido por perto, a não ser que nós nos demos mal, aí não seria nada bom. Odeio ser aluno novo.
— " A menina mais incrível desse mundo, então. Já faz um tempo que eu gosto dela. Ela continua linda, ela continua bela" — Continuei pensando enquanto cantava minha música, nossa, como eu amo Charlie Brown Jr.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Chegamos na casa da amiga da minha mãe (descobri se chamar Fátima), a casa é realmente grande. Tocamos a campainha e uma moça saiu animada da casa, era bonita, devia ter um pouco mais de trinta e poucos anos, tinha a pele bronzeada de sol e cabelos longos ondulados e escuros, junto com olhos de jabuticaba e um sorriso gentil.
— Sabrina — Disse com os braços abertos, que logo abraçaram minha mãe com alegria
— Fátima, oi — Disse minha mãe, animada, devolvendo o abraço.
— Quanto tempo, como você tá? — Disse Fátima. Fiquei com medo daquele reencontro demorar muito e eu ficar aqui no sol, fazendo fotossíntese. Costuma acontecer quando minha mãe encontra um conhecido na rua.
Enquanto elas trocavam mais algumas palavras, pude perceber dois meninos pequenos com a cabeça na porta, talvez tentando disfarçar que estavam observando, e falhando, pois não estavam conseguindo ser muito discretos. Quando perceberam que eu os descobri, saíram correndo casa adentro, o que me fez dar um pequeno sorriso com a situação. Meus pensamentos foram interrompidos pela voz da dona da casa.
— E você deve ser o Kaua, muito prazer meu filho. — Abre um sorriso maior e me dá um curto e caloroso abraço.
— Oi, prazer — Meio sem jeito, correspondo o abraço.
— Como você está grande, e bonito, da última vez que eu te vi você nem andava direito — Não tinha certeza se ela ainda estava falando comigo, já que olhava pra minha mãe, mas agradeci o elogio — Vamos, entrem, está quente aqui — Glória a Deus.
Observando melhor a casa, pude perceber que eles gostavam bastante de plantas, e da cor branca, que era a cor principal da casa.
Entramos e vi os mesmos meninos de antes. Eles eram parecidos, deviam ter um ou dois anos de diferença um do outro. O mais velho era alto por mais que não parecesse ter mais de dez anos,tinha o cabelo um pouco comprido e parecido com o da mãe. O mais novo era bem pequeno pra idade que aparentava ter e tinha o cabelo mais cacheado.