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Acordamos muito cedo hoje. Tio Marcos falou que precisávamos ir cedo pra praia por dois motivos: 1 - Pegar o sol das oito porque segundo ele faz bem, e 2 - Pegar um lugar legal antes que a praia esteja lotada. Então as 7:00 todos já estavam na mesa tomando café.

Nossos pais usavam roupas de praia normais que os adultos usavam, Olívia estava com um short jeans, a parte de cima de um biquíni vermelho daqueles que amarra nas costas e uma camisa de botão por cima, eu tava com a mesma roupa que usei na nossa visita à praia semana passada e os irmãos delas, que estavam muito fofos, usando sungas e blusas de piscina de manga comprida.

Todos concordaram de irmos na van da minha mãe e dois minutos depois, estávamos todos berrando "Lutar pelo que é meu" do meu rei: Charlie Brown Jr. os irmão dela realmente estavam "discutindo coisas de homens" (na verdade eles tavam dando tapinhas um no outro) seu pai estava dirigindo e cantando mais que todos ali. Nossas mães estavam conversando e eu e Olívia cantávamos juntos e mexíamos a cabeça como se fôssemos cantores de Rock. Acho que nunca fui tão feliz.

Quando chegamos à praia, Kadu e Heitor começam a correr pro mar, tendo que voltar logo depois com um grito da sua mãe, pra passar o protetor solar

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Quando chegamos à praia, Kadu e Heitor começam a correr pro mar, tendo que voltar logo depois com um grito da sua mãe, pra passar o protetor solar.

Olívia ajudou o pai a colocar a toalha no chão e sentou nela, batendo no seu lado pra que eu me sentasse também e seu pai se sentou do meu lado.

— Já surfou alguma vez Kaua? — Perguntou tio Marcos e fiz que não com a cabeça — Deveria pedir pra Olívia te ensinar, ela é profissional — Comenta piscando um olhos pra filha.

— Ah, para — Ela olha pro lado com "vergonha", que falsa.

Reviro os olhos e damos risada. Tio Marcos sai pra ficar com mamãe e Fátima, ficando só eu e Olívia na toalha.

— Aí, eu vou pegar água de coco, cê' quer? — Liv pergunta.

— Claro — Ela levanta e vai andando até uma barraquinha próxima.

— Ei mano — Quando olho pra frente vejo dois meninos, gêmeos, mais ou menos da minha idade com uma bola de vôlei na mão — Quer jogar com a gente? Tá faltando um jogador — Ele aponta pra uma rede montada um pouco mais afastada e alguns outros meninos encarando a gente.

Olho pra direção da barraquinha e vejo Olívia voltando.

— Que foi? — pergunta ela olhando pros meninos e depois pra mim.

— Ah desculpa, ele é seu namorado? É que a gente queria saber se ele pode jogar com gente — O outro garoto fala, e tenho vontade de me enfiar na areia.

Namorado?

Liv não parecia ter ligado tanto, apenas deu uma risada.

— Não, a gente não namora, somos amigos — Aí, isso doeu — Pode ir lá — termina se virando pra mim.

Apenas concordo com a cabeça e sigo os meninos até a rede.

— Qual teu nome? — Um deles pergunta.

— Ah, eu sou Kaua —

— Massa pô, eu sou Samuel, e ele é o Nicolas — Percebo que a única diferença entre eles é que Nicolas tem o cabelo bem curto, estilo militar, enquanto o de Samuel é bem maior.

Chegamos na rede e comprimento os garotos do meu time.

Jogamos por um tempo, depois me despedi deles e fui pro lado de Olívia

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Jogamos por um tempo, depois me despedi deles e fui pro lado de Olívia.

— Se divertiu? — Pergunta estendendo a água de coco pra mim, a pele morena brilhando com o sol.

— Muito — Falo meio sem fôlego, bebendo rapidamente a água.

— Vamo' da um mergulho? — Fala depois de um tempo de silêncio.

— Claro — Deixo o coco ao meu lado e me levanto, logo estendendo a mão pra ajudá-la a levantar.

— Quem chegar por último gosta de dar o cu — Fala e sai correndo até o mar e rindo muito, desgraçada.

Corro logo atrás dela, a areia dificultando minha movimentação.

Caímos no mar que nem dois malucos, morrendo de rir.

— Eu cheguei primeiro otário, e você gosta dar o cu — Fala apontando pra mim e rindo.

— Não vale você saiu primeiro — A sacudo levemente pelos ombros. Ela olhava pra mim com os olhos e brilhantes e rindo demais, sua risada era engraçada e contagiante, me fazendo querer rir também.

Ficamos bastante tempo no mar.  Até que nossas mães nos chamam.

Quando saímos do mar e nos sentamos novamente na toalha os irmãos da Liv vinheram até a gente.

— Kaua, Kaua, você pode vir com gente comprar pastel — Fala Kadu, segurando o dinheiro do pastel na mão, com seu irmão ao seu lado. Provavelmente estavam com vergonha de ir sozinhos.

— Claro, já volto — Falo pra Olívia, e dou um beijo de despedida em seu ombro descoberto, foi muito automático, e ela ficou me olhando com uma cara engraçada. Sua pele estava salgado por causa do mar.

Vou com os meninos até a barraquinha que vendia pastel. Eles pediram logo dois pastéis, com seu sotaque fofo carioca.

Voltamos e ficamos jogando conversa fora, até dar a hora de ir embora.

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⏰ Última atualização: Sep 06, 2023 ⏰

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