IV

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(Vtmc, alhaitham tá gostoso demais nessa foto!!!!)

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O subir da lua desensolaravam a grande Sumeru. Alhaitham lia um livro qualquer, se perguntando onde seu colega estava ou se ele voltaria naquela noite. Depois de algum tempo, desistiu de tentar imaginar e apenas se sentou no sofá.

"Acho que exagerei." Pensou o escriba. Fechou profundamente os olhos enquanto acomodava suas costas. Jogou a cabeça para trás enquanto rolava os dedos pelo acolchoado. Mesmo que indiretamente, ele pensava no assunto; comer aquela refeição sozinho lhe fez sentir remorso. Não porque se considerava uma pessoa ruim ou porque se arrependia, e sim porque reconhecia que havia sido rude.

Alhaitham sentia dedos passarem por seu cabelo enquanto ele involuntariamente abria os olhos. Finos e macios, tinham um cheiro nostálgico para ele que o mesmo nunca conseguiu explicar. Quando era criança, falava que era cheiro de nuvem, cheiro de chuva. Aquela era presença de Nahida que passava invisivelmente para lhe visitar em uma brisa e que partiria antes mesmo do escriba voltar a ver a luz.

O acizentado se perdeu daquele momento ao ouvir batidas na porta, estranhou, Kaveh não batia para entrar nem nos banheiros públicos, quem dirá na própria casa. Levantou-se e seguiu em direção a ela, ajeitando o cabelo mas se manteve descalço. Ao abrir a porta se deparou com uma moça loira de aparentemente 45 anos, roupas medianas, um leve cheiro de álcool e um olhar familiar.

— Com licença, estou procurando meu filho. — ela disse.

— Kaveh? — indagour o maior, concluindo que foi uma pergunta retórica. — Ele não está senhora. Precisa que eu passe algum recado ?

A mulher analisou Alhaitham de cima a baixo, mudando estranhamente sua expressão.

— Tudo bem, diga a ele que eu preciso de dinheiro. Tenho que pagar a hipoteca.... — A mulher se aproximou lentamente do escriba e deslizou seus dedos por sua clavícula — é meu whisky acabou.

"Percebi" pensou ele, sentindo-se desconfortável com o toque da mulher.

—Então seria conveniente voltar outra hora, não é mesmo ? — perguntou, afastando a mão dela.

A senhora revirou os olhos e deu alguns passos para trás. Via no rosto de Alhaitham sua irritação mas o álcool em seu organismo não lhe deixava sentir estranheza. Antes que pudesse dizer alguma coisa, o rapaz fechou a porta em sua cara e conseguia ouvir seus passos se distanciando pela casa

— Agora já sem com quem ele aprendeu a beber...

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Os finais de semana eram ansiosamente aguardados pelo arquiteto, até porque não havia grandes esforços e este em espefifico, Alhaitham havia dito que chegaria mais tarde que o habitual devido a alta demanda de trabalho na Academia. Já eram por volta das uma hora da tarde e Kaveh abria os olhos pela primeira vez naquele dia. Seus músculos doiam pelo mal jeito.

— Bom dia casa...— disse baixinho pra si mesmo.

Correu para o banheiro e cuidar dos seus "problemas" e necessidades matinais. Depois de muito esforço ele achou melhor tomar um banho quente para despertar e relaxar o corpo. Se sentia uma nova pessoa, mais aliviada e leve? Quem sabe...Era seu dia de arrumar a casa e estava decidido começar cedo para acabar na mesma proporção.

Sempre começava pelos banheiros pois era sua parte menos favorita; desde de criança,Kaveh priorizava as coisas ruins porque acreditava que no fim as coisas boas teriam um sabor único. Comia primeiro os legumes para se livrar deles rapidamente e sentir o sabor de todo o resto, fazia primeiro as tarefas matemática para depois poder estudar as matérias de humanas que ele tanto gostava, escolhia usar os giz com mais frequência pois gostava de preservar seus lápis de cor, e assim se segue.

•Nimbostratus•  enemies to loversOnde histórias criam vida. Descubra agora