2_Surpresa

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- Ei Samira vamos fazer o trabalho juntos? - O representante se virou na carteira e abriu um sorriso animado para ela. 

- Pode ser - concordou não corrigindo ele por dizer seu nome errado, gostava de Samira. 

Era história, estavam estudando sobre a história de cada país. 

- Ótimo, gostaria de se juntar algum dia para fazer o trabalho? - ele perguntou sorrindo. 

- Não podemos dividir e cada um fazer sua parte? — Separadamente completou mentalmente. - eu trabalho de tarde e de noite. 

-Ah. - ele tentou disfarçar a decepção- claro, o que for melhor para você, me passa seu número, assim podemos nos conversar melhor. - ele a alcançou seu próprio celular, ela pegou e digitou seu número. - Samara - ele leu e sorriu- eu sempre esqueço. Ei teria tempo sábado…- o sinal para o fim de aula tocou o cortando. 

- Até mais representante- Samara que já havia guardado o material se levantou e saiu. 

- Eu só queria chamá-la para sair - ele suspirou. 

Samara não era idiota, já havia notado faz tempo o interesse de seu representante em si, mas ela não queria, e preferia cortá-lo sempre que tivesse chance. 

Normalmente ela esperaria um pouco para não pegar a multidão de alunos, mas dessa vez apressou, saiu do colégio e ficou surpresa ao ver um caro não muito longe dali. 

- Pai… O que faz aqui? - ela perguntou encarando o homem. 

- Apenas vim buscar minha filha, é crime? - ele sorriu, seus olhos estavam cansados, mas seu sorriso brilhava. 

- Não pai - ela sorriu de leve, entrando no carro. - não deveria estar trabalhando? 

- Deveria, mas percebi que você também está muito cheia de coisa para fazer, chegar mais cedo em casa seria um descanso a mais. - ele sorriu atento a estrada. 

— Hum… - ela não tinha forças para falar e apenas soltou um resmungo concordando. Encostou a cabeça nos braços, e os braços na janela e fechou os olhos. Dormindo ali mesmo. 

O homem a olhou preocupado, jamais imaginou que se mudar para o Japão daria tanta carga em ambos. Agradecia por esse ser o último ano escolar dela, logo alguma coisa diminuiria. 

O caminho foi tranquilo e quando chegaram, ele planejava levá-la para o quarto para não acordá-la, mas ela a abriu os olhos como se fosse automático. 

Saiu do carro e subiu para seu quarto, o homem encarava suas costas com preocupação, mas vendo que não podia atrasar mais, estacionou o carro na garagem e saiu. 

Samara largou sua bolsa e deixou seu celular em cima da escrivaninha, pegou a toalha e uma roupa de casa, e entrou no único banheiro da casa. 

Tomou um banho e lavou seu grande cabelo. 

- Deveria cortar? - sussurrou enquanto passava shampoo em uma mecha de cabelo, seria uma coisa a menos que teria que fazer, ela não iria precisar cuidar de um cabelo que passava da sua bunda já. 

Ela ainda não havia o cortado por que amava aquele cabelão. Doía em seu coração só de se imaginar com ele menor. 

Havia demorado mais no banho do que o normal, quando saiu, saiu vestida com uma calça legin preta, e uma camiseta cinza que descia um pouco pela sua cintura, vendo que estava um pouco frio pegou um casaco fino para usar. 

Desceu para a cozinha vendo sua mãe. 

- Mãe o que está fazendo? - ela não estava surpresa, apenas preocupada. 

Salvação ou Destruição? Onde histórias criam vida. Descubra agora