- Midorya?- ela encarou o garoto com um tiquinho de surpresa.- Olá Trindade san- ele a cumprimentou com um sorriso.
- O treino rendeu bem em - ela observou os músculos dele.
- Sim - ele sorriu feliz.
- Então despertou uma quirk atrasada? - ela repetiu o que ele tinha falado quando perguntou.
- S-sim - ele gaguejou não mantendo contado visual, e ela arqueou a sombracelha.
- Que bom - sorriu ignorando a mentira evidente, viu que ele não falaria a verdade, e também não era do interesse dela.
- Obrigado, até - ele se despediu quando recebeu a sacola de pães.
- Até. Despertou é? - ela não era idiota, sabia que se fosse o caso, o mundo todo estaria divulgando a notícia em êxtase. Mas como pensou anteriormente, não era de seu interesse, e nem da sua conta como ele conseguiu uma individualidade.
Aquele era o último dia de trabalho dela, logo seria Natal, e ela estaria no emprego novo.
Coitado de Tomura, ela nem havia notado o desespero dele, quando abriu aquela carta de aprovação.
- Senhorita Trindade san- o dono da lanchonete se aproximou.
- Senhor - ela saiu de trás do balcão com o uniforme dobrado e limpo já. A sua frente estava seus colegas de trabalho
- Quero lhe parabenizar pelo excelente trabalho que esteve fazendo esses três anos que esteve conosco. Nunca arranjou encrenca, e aprendeu rápido, foi muito querida por todos nós, mesmo tendo esse jeito quieto. - ele sorriu levantando o bigode, enquanto Samara sentia seu coração acelerar pelos elogios. - como comemoração, estou convidando você e o resto da equipe para uma noite de rodízio de pizza para todos nós, sei que é sua folga de heroína.
- Não precisa...
- Eu insisto, e se negar mais uma vez, terei que dar uma última ordem como chefe - ele virou de costas indo embora.
- Certo - ela concordou enquanto seus colegas batiam Palmas - posso convidar uma pessoa?
- Sim, e seus pais já foram convidados.
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- Tomura... - a ligação caiu novamente, ela queria convidar, e ele aceitou, mas agora estava atrasado e não atendia o celular.
- Trindade chan temos bolo também- um de seus colegas sorriu apontando para o bolo de dois andar. - venha comer, tenho certeza que ouve algum problema com seu amigo. - ele saiu do restaurante.
- Mas...
- Venha. - ela concordou entrando novamente, e indo comemorar.
Ao longe no escuro, Tomura encarava a pequena festa sem ter coragem de dar um passo, ele colocou as mãos no bolso e foi embora.
Samara encarou pela vidraça vendo a pessoa encapuzada e correu para fora.
- Tomura - ela simulou um gritinho, não gostava de aumentar sua voz, então era estranho falar tão alto agora, a pessoa travou e virou mostrando Shigaraki. - por que está indo embora? - ele fez uma careta e abriu a boca, mas imediatamente a fechou, ele empurrou os braços mais fundo no bolso. - a... - ela sorriu de leve- espere. - simplesmente voltou correndo.
Tomura viu ela entrar, conversar com seu chefe, que sorriu e se curvou, e logo saiu carregando dois pedaços gigante de bolo, e uma caixa com dois pedaços de pizza, e um litro de refri de acompanhamento. Tudo organizado em uma caixa.
- Para que tudo isso? - ele a encarou.
- Você só parecia um cachorrinho abandonado - ela disse.
- Não preciso da sua pena. - ele resmungou seguindo ela.
- E eu não estou dando minha pena. Mas é mais valioso para mim ter sua companhia e comida, do que estar lá. Eu agradeço o que eles me fizeram, mas eles sabem que eu já fiquei o suficiente junto de muita gente- ela riu de leve abraçando o braço dele que estremeceu e logo a ajudou carregando o litro e a pizza.
Ambos ficaram em silêncio, mas Tomura encarava o rosto dela aproveitando sua altura, e se sentindo um idiota por estar tão desequilibrado apenas por uma garota, mas quanto mais olhava mais sentia o carinho crescendo como chama em seu peito e o queimando. Ele não tinha medo de se queimar.
- Estava me olhando bastante - ela comentou quando chegaram no parque e se sentaram na grama.
- Apenas admirando.
Ela sentiu suas bochechas queimando, como se tivesse febre.
- Tomura... - ele a beijou como se não houvesse amanhã.
O calor de seu rosto desceu para todo o seu corpo, e ele sentiu como ela estava quente, não metaforicamente falando. Os lábios ressecados dele não a incomodava mais.
- Você tá quente - ele riu.
- Idiota - ela sussurrou. - meu poder é sobre o calor.
- Não, você está assim por que está desejosa. - ele se afastou um pouco vendo o quão vermelha ela estava. - está linda.
- Tem alguém aqui? - uma voz interrompeu o sussurro de ambos, que se afastaram um pouco, em poucos segundos um guardinha apareceu- Oh, é apenas um casal - ele iluminou a comida - um piquenique? Bom proveito, só não esqueçam de jogar o lixo na lixeira.
- Certo - Samara concordou, afinal Tomura não parecia com vontade.
O guardinha os deixou em paz.
- Por que sempre aparece esses arrombad... - não pode terminar porque Samara delicadamente pegou o rosto dele e começou outro beijo, o fazendo esquecer o que dizia.
- Daqui a dois dia é o Natal, vai aparecer?
- Tenho né.
- Não vou te forçar, mas tem que fazer isso. - ela falou.
- É, eu sei.
- Que bom que sabe. - ele revirou os olhos na brincadeira enquanto se encostava no braço dele pensativa.
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Salvação ou Destruição?
FanficOnde Tomura conhece uma simples heroína que trabalha em uma pequena lanchonete, e se sente com um novo propósito. Ou Onde Samara conhece o vilão e enxerga outro caminho a seguir. Iniciada:09/07/2023 Postada:18/07/2023 · · ─────── ·𖥸· ─────── · ·