3_Tomura Shigaraki

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- Boa tarde o que deseja? - falou automaticamente encarando o azulado. 

- Quero... - ele coçou o pescoço com irritação- o que tem aí? -

-Ah!. Tudo que se faz com massa.. - falou incerta, apesar de compreender a pergunta, nunca estava preparada para responder sem parecer grossa.

- Me dá.. Um bolinho- apontou para algo na vidraça. 

- Isso é enroladinho, tem salsicha no meio. 

- Certo, me dá isso. E um refri. - 

- Levar ou.. 

- Ficar- a cortou. 

Ela usou a espátula para pegar o enroladinho e o colocou no prato, logo pegou o refri. 

- Pode usar qualquer uma das mesas - ela sinalizou vendo ele ficar pensando onde sentar. 

- Qual é o seu nome? o de verdade, heroína - falou mordendo o enroladinho. 

- Trindade Samara, e o seu? - quando menos notou estava fazendo a pergunta novamente. 

- ... - ele pensou um pouco - Tomura Shigaraki. 

- Tomura? Certo. - deu de ombros vendo que era apenas uma hora da tarde. - por que está me seguindo? - ela podia se fazer de sonsa e fingir não notar, mas não era tão lenta assim. 

As pessoas sempre falavam que ela era direta. 

- O que te faz pensar que estou te seguindo? - ele abriu a boca indignado. 

- A vamos ser direitos por favor- ela suspirou cansada- eu não sou idiota a ponto de achar que você aparecer aqui é uma grande coincidência. 

Tomura terminou de mastigar o enroladinho e tomar o refri, logo se levantou ficando de frente para ela, apenas o balcão os separando. 

- Você apenas me deixou curioso, quero te conhecer. - falou na lata também. 

Samara levantou a cabeça ficando cara a cara com ele. 

- Pois acho melhor você ir tirando o cavalinho da chuva, não estou interessada em ter ninguém tentando me conhecer, isso só dá dor de cabeça. 

- Eu não me importo- ele sorriu - eu vou te conhecer você querendo ou não. 

- Eu posso ir a polícia sabia? 

- Então por que não vai? - ele rebateu. 

Para uma mulher silenciosa ela estava falando bastante, e isso estava divertido Shigaraki. 

- Não vai matar ninguém, só estou querendo matar a curiosidade, depois te deixo em paz quando descobrir o que quero. - ele balançou a mão. 

- tanto faz, só não me atrapalhe, tenho muita coisa para fazer, do que ficar me preocupando com um stalker. 

- Não sou um stalker- ele revirou os outros irritado e coçando o pescoço. 

- Veremos. 

Ela queria assustar ele, assim como tinha feito com outros caras, mas por algum motivo seu coração queria uma aventura, algo diferente do que a rotina estava a proporcionando. Ela não ia se deixar levar por qualquer coisa, mas estava curiosa com o fim que aquilo tomaria. 
Afinal, a vida era somente uma.

Pobre Samara jamais imaginou que aquela decisão faria tão bem, e tão mal, ao mesmo tempo. 

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