Aos ruídos visuais de um entardecer melancólico, que por ser entardecer, talvez seja necessário carregar consigo a melancolia que foi deixada de lado durante quase todo o tempo.
Aos momentos agradáveis de apreciação de um conceito que pouco representa a realidade, mas que tenta se sobrepor à ela, pensando que talvez a loucura seja a porta definitiva para uma realidade mais concreta.
À necessidade constante e consciente de fazer-se inconsciente, ultrapassando uma linha tênue e andando na corda bamba, mas com a ausência da sensibilidade necessária para tornar este um espetáculo emocionante.
Tudo caminha desalinhado até a conclusão pacata do cotidiano, que talvez nem mereça um requiém, mas apenas um desfecho poético/patético.
Tudo acaba em uma mexerica suculenta, que seria poético, se não fosse pelos eventos que anteciparam, tornando-se patético, mas acho que o tempo não precisa ser levado em consideração. Apenas a mexerica importa, até o momento em que nos tornaremos uma só unidade, mas novamente o tempo se mostraria, já que ela terá o seu fim...
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Retrato de um Poeta Maldito
Poesía"A tolice, o pecado, o logro, a mesquinhez Habitam nosso espírito e o corpo viciam, E adoráveis remorsos sempre nos saciam, Como o mendigo exibe a sua sordidez." Charles Baudelaire. Reunião de textos e poemas de um poeta que renega sua própria po...