Capítulo 36- Nada é uma verdade absoluta

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Quando entramos para o nosso quarto eu sabia que nos confrontaríamos. Eu tinha que pensar nos meus filhos e na nossa situação. Agora, era diferente. Eu estava casada! Eu tinha que me lembrar de tudo que minha mãe havia me dito, mas a minha cabeça parecia um vulcão!
Eu estava completamente atônita e confusa, tentando me acalmar e explicar que o relacionamento entre Jessica e Meg não era ou não tinha sido nada demais...
Jessica estava inquieta e eu tentando apaziguar a minha alma. Eu disse pra mim mesma, que eu ficaria serena.
Comecei a me preparar pra dormir, com calma... Coloquei meu baby-doll, escovei meus dentes, os meus cabelos, passei meus cremes...
-Sara, você terminou?
-Ainda não!
-Você está fazendo de propósito! Porque você está me cozinhando? Senta e conversa comigo, por favor! Eu estou uma pilha!
Cheguei na porta do toalete...
-E você acha que eu estou como? Tranquila, feliz com o que eu escutei? Estou preocupada com nossa filha. Não quero que seu leite seque e depois você me acuse de ter sido por causa de aborrecimento...
-Sara, pelo amor de Deus, eu não quero brigar...
Voltei pro quarto...
-Como é Jessica? Você não quer brigar? E você está fazendo o que agora?
-Tentando conversar com você!
-E eu pedi pra ficar sossegada!
-Hoje não, Sara! Se eu não falar, vou passar a noite em claro e eu não...
-CARAMBA! PORQUE TEM QUE SER SEMPRE DO SEU JEITO?
VOCÊ ME TENTA, ATÉ EU PERDER MEU EQUILÍBRIO!
-NÃO TEM QUE SER COMO EU QUERO,MAS EU TENHO DIREITO DE FALAR!
-QUANDO É COMIGO, VOCÊ NÃO ESCUTA E NEM TÃO POUCO TENTA! VOCÊ SEMPRE FOGE, JESSICA!
Eve começou a chorar, coisa que ela, quase não faz. Eu e Jessica corremos para pegá-la.
-Viu Jessica! É isso que eu disse!
-Me ela, Sara! Vem com a mamãe...
-Jessica, nós assustamos nossa filha...
Jessica sentou-se na poltrona e começou a amamentar Eve, na esperança de acalmá-la.
-Você me pediu que nunca fôssemos dormir sem acertar nossos ponteiros. Você diz que eu não escuto,  mas por um acaso você está fazendo diferente comigo?
Jessica falou chorando e aquilo me tocou.
Ajoelhei-me ao seu lado.
-Ei, amor, pára de chorar ou Eve não vai se acalmar...
-Sara, você me chamou de amor?
-Apesar de qualquer coisa, você não deixou de ser meu amor.
não sei,  se ainda sou o seu amor...
-Não fala isso, Sara... Não aconteceu nada demais...
-Meus ouvidos não me deixaram dúvidas,  Jess...
-Da minha parte com ela, é um relacionamento puramente amigável.
Jessica passou a mão no meu rosto.
-Conversa comigo, depois que ela mamar?
-Está bem, mas se acalma...
No entanto, as palavras de Jessica não conseguiram dissipar totalmente a minha incerteza. A intensidade das minhas emoções obscureceu minha perspectiva e me fez duvidar das palavras da mulher que eu amo demais.
Seria a última mamada da noite. Depois às 5h da manhã.
-Pronto! Ela arrotou e está dormindo bem...
-Você me prometeu, Sara...
-E eu vou cumprir. Eu só não entendo uma coisa: por que você  guardou esse segredo de mim? Você me torturou tanto pelo meu segredo, agora pede calma e que eu lhe escute? Como a vida é engraçada, né Jessica?
-Amor, escuta primeiro, antes de me julgar.
-Eu vou escutar, mas se não me convencer, nossa relação de confiança ficará abalada.  Comece, Jessica...
-Sara, eu e Meg éramos colegas de quarto na universidade  e, ao longo dos anos, durante a faculdade, nossa amizade se fortaleceu. Meg sempre foi uma garota doce, tímida, enquanto eu era conhecida por minha personalidade. Diziam que eu era carismática e charmosa, pelo menos, eu era bem popular entre os rapazes e eu sempre tinha um namorado diferente ao meu lado. Eu sempre desfrutei da minha vida social, mas também valorizei minha amizade com ela. Nós frequentemente saíamos juntas para festas e viagens. Sempre acompanhadas. Nós éramos confidentes, Sara.
-Jessica, eu estou quase tendo um infarto aqui...
-Escuta, amor...
-No entanto, a Meg começou a notar, que o que ela sentia por mim era uma afeição, que ia além de uma simples amizade. Percebeu que estava se apaixonando por mim. Ela ficou muito insegura e confusa, porque a Meg não entendia também seus sentimentos e nem como deveria lidar com eles. Ela também tinha namorados.
-Aí, uma noite, após uma festa, regada a bebidas, a Meg decidiu tomar coragem e tomou uma atitude. Ela se aproximou de mim e disse que meu sorriso era encantador e que desde o primeiro dia em que nos conhecemos ela se sentiu atraída e... me beijou.
-E você Jessica? O que você sentiu?
-Eu... eu cedi ao beijo...
-EU SABIA! PORQUE VOCÊ NÃO ME CONTOU?
-Não grita, amor! Lembre-se de Eve! Deixe eu terminar...
-Eu cedi por um momento, mas logo me afastei, confusa com minhas próprias emoções, pela bebida. Eu estava tonta...
-Eu tinha um namorado, Sara! Foi antes de Chris. Era até um relacionamento sério.  Eu estava com ele há algum tempo. Eu não conseguia acreditar nas emoções que o beijo da Meg havia despertado dentro mim.
-Não acredito no que estou ouvindo! Você se apaixonou por ela?
-Eu tentei racionalizar meus sentimentos, convencendo-me de que havia sido apenas um impulso do momento, uma confusão causada pela proximidade e amizade intensa que compartilhávamos.
-Mas... você não me respondeu! Se apaixonou, Jessica?
-Eu gostava dela como amiga. Ela é uma pessoa linda... Quando a Meg soube que eu tinha terminado com meu namorado, ela viu uma oportunidade de finalmente ter uma chance comigo, Sara. Apesar dela ter trocado de quarto, ela continuou acompanhando minha vida e me amando em segredo. Em seu coração, ela acreditava que poderia ter um relacionamento real comigo. Naquela época e, mesmo hoje, ela fantasiava sobre como seria se pudéssemos ficar juntas e compartilhar um amor profundo e verdadeiro.
-Esse amor profundo era recíproco, Jess?
-Não...
-Jessica, eu estou confusa! Porque está me contando tudo isso?
-Porque não quero que você me julgue mal...
-Quando a Meg expressou seus sentimentos pra mim, a minha resposta não foi o que ela esperava. Eu expliquei que o beijo foi um erro e que eu não estava interessada em um relacionamento com ela. Eu insisti, que ela estava confundindo amizade e carinho, com amor. Essa rejeição foi um golpe duro. Ela se sentiu humilhada e rejeitada, confusa sobre o que havia acontecido entre nós. Ela se afastou de mim e ficou em frangalhos, tentando superar os sentimentos que eu não podia corresponder.
Os meses seguintes foram difíceis para Meg e pra mim. Ela tentou me evitar o máximo possível e concentrou-se em si mesma. Ela mergulhou em seus estudos e procurou apoio em amigos para superar o que tinha acontecido.
Eu também fiquei muito mal, Sara. Me senti culpada por tudo que ela estava passando, mas um dia, eu a encontrei em um parque, perto do Campus da Universidade.
Eu confessei a Meg que, embora tenha negado anteriormente meus sentimentos, no dia do acontecido, eu também havia ficado confusa e receosa em explorar esses sentimentos, por medo de perder a amizade dela.
-Eu não queria escutar isso...Jessica... Você se apaixonou? Porque você não fala logo?
-Porque eu estaria mentindo pra você, Sara!  Meg, ficou surpresa com a minha sinceridade e achou que eu estava me abrindo a uma possibilidade de relacionamento, mas ela se parece com você...
-Porque está me comparando a ela? Você transferiu o amor que sentia por ela, para mim?
-Não, Sara! Eu estou querendo dizer, que ela se parece com você, porque também não me deixa terminar de falar!
Eu sorri...
-Quando eu disse que eu tinha ficado confusa e receosa de explorar esse sentimento, ela interpretou que havia uma possibilidade de um relacionamento com ela. Contudo, o que eu queria dizer é que eu fiquei confusa na hora, mas depois eu vi que não podia me relacionar da forma como ela desejava, porque eu não a enxergava com desejo, com amor. Eu continuava vendo-a como uma amiga. Eu falei com ela no parque e compartilhei meus sentimentos de tristeza e confusão depois do beijo, deixando claro, meu desejo de encontrar uma maneira de seguir em frente como amigas, não como namorada.
Acho,  que hoje, quando ela chegou aqui em casa e soube que eu tinha me separado de Chris, ela sentiu um fio de esperança, mas não fui eu que dei isso a ela! Foi ela que imaginou!
Ela me pediu para sair e conversar. Acho que ela ainda não me esqueceu, Sara, porque ela comentou que gostaria de estar no lugar da Dra. Callie Torres!
-Engraçadinha...
-Quando você disse que estávamos casadas, ela imediatamente assumiu que o beijo do passado teve algum sentimento, já que hoje, eu estava vivendo com uma mulher e que se ela tivesse insistido, teríamos ficado juntas.
-E porque você não falou logo que estava casada comigo?
-Ela me atropelou com insinuações, sugerindo que eu tinha dado esperança para ela... Em nenhum momento eu fiz isso, amor!
-Você jura, Jessica?
-Eu juro, pelos nossos filhos! 
-E o beijo de hoje, Jessica? Ela roubou de você?
-Beijo?? Que beijo Sara? Não teve beijo nenhum! O beijo que ela comentou,  foi aquele beijo do passado que fez com que ela trouxesse tudo à tona novamente.
-Então, não teve beijo algum? 
-Nãooo! Quando eu disse a você que eu não tinha tido relacionamento com mulher nenhuma, eu não estava mentindo!  Eu realmente não tive! Você foi a única, que eu senti vontade! Eu não escondi nenhum segredo! Você é a única que me dá desejo, a única que eu quero estar na cama, que eu quero beijar, admirar... Só você, Sara! Ninguém me desperta esse sentimento! Nenhum homem, nem nenhuma outra mulher! Só você! Enfia isso na sua cabeça, pelo amor de Deus! Esqueceu o que eu passei, para ficar com você? Você não consegue enxergar o tamanho do meu amor?
Comecei a chorar de alegria e alívio.
-Eu tenho que confessar, que eu fiquei alucinada de ciúmes de você, Jessica!
-Alucinada?
-É Jessica! Alucinada, morta, louca, cega, impregnada de ciúmes!
-Eu nunca vi você falar assim, Sara!
-Eu escondo meus ciúmes de você! Porque a minha vontade, quando escutei aquilo, era sair quebrando tudo, acabar com o almoço...Fico furiosa de um jeito, que não gosto de pensar. Eu senti que um trator tinha esmagado a nossa relação. Eu me desestabilizei... Eu nem sei, como consegui me controlar. Acho que foi pelos nossos filhos, pelo que passamos, por estar casada e tão conectada a você... Apesar desse ciúme desenfreado, que me tomou, ele não foi maior do que eu sinto e sempre vou sentir por você...
-Ah Sara, uma das coisas, que eu falava na minha terapia era sobre os meus ciúmes, fruto da minha insegurança... E agora, é você que me confessa isso!
-É por isso que eu entendo você, meu amor, mas quero que domine isso, como eu fiz.
-Eu nem percebi, mas no fundo fiquei feliz em saber que se importa.
-Eu sou humana, Jess e estou aprendendo também. Foi minha mãe que me chamou a razão, mas quanto a essa Meg... não sei...
-O que?
-Eu senti uma ameaça vindo dessa mulher. Não quero você de amizade com ela.
-Não se sinta ameaçada. Ela não representa nada pra mim. Eu te amo demais...
-Jessicaaa... Eu não posso perder você de novo!
-Você não vai...
-Vem aqui, meu Amor...
Eu estava sentada na cama, encostada na cabeceira. Eu ainda estava tensa. Eram tantas emoções misturadas dentro de mim, felicidade, medo e excitação, tudo ao mesmo tempo. Eu sabia que meu relacionamento com Jessica era algo especial, algo único. Deixei só a luz mais fraca do abajur acesa, criando uma leve penumbra... Nossos olhares é que iluminaram o ambiente. Os olhos brilhantes e o sorriso radiante de Jessica sempre me deixavam sem fôlego. Ela caminhou em direção a mim, com aquele andar calmo e confiante que sempre me encantavam. Um calor inexplicável preencheu o ar. Jessica subiu na cama e se sentou no meu colo, com as pernas a minha volta. Estávamos uma em frente à outra. Nossos olhos se fixaram um no outro e, nesse momento, todo o mundo pareceu desaparecer. Era apenas eu e ela novamente. E nossas almas ficaram em sintonia.
Eu peguei suas mãos e, delicadamente, as suspendi, enquanto tirava sua camisola. Ela fez o mesmo comigo...
Estávamos despidas de tudo...
Jessica tentava encontrar as palavras certas para expressar tudo o que sentia por mim, mas sabia que essas palavras eram limitadas. Então, ela simplesmente deixou seu coração falar por ela.
-Sara, desde o momento em que lhe conheci, minha vida mudou para sempre, você preenche todos os meus espaços vazios e me faz sentir completa. Você é a razão do meu sorriso e a paz dentro de mim.
-E eu, Jessica, nunca esperei encontrar alguém que me compreendesse tão profundamente. Você me desafia a ser uma versão melhor de mim mesma e me faz ver o mundo de uma maneira completamente nova. Eu me apaixonei por você, por todos os seus pequenos detalhes e imperfeições.
-Sara, se pudéssemos trocar a nossa alma, você saberia com certeza, que você me atrai de todas as formas.
Eu senti as lágrimas de alegria nos meus olhos. Jessica sabia e sentia como eu, que este era um momento especial, o momento em que finalmente estávamos conectadas em todos os sentidos. Nós tínhamos conseguido nos compreender, nos respeitar, nos escutar. Era um instante único ...
Ela se inclinou em direção a mim e suavemente, seus lábios se encontraram nos meus, em um beijo lento e apaixonado. Era doce, caloroso e repleto de promessas. Era como se o tempo tivesse parado, permitindo que nós nos perdessemos uma na outra. Nos deitamos e eu senti uma explosão de emoções percorrer em mim, enquanto os lábios de Jessica se moviam em perfeita harmonia pelo meu corpo. Nossas almas eram uma só.
Cada toque dela era uma sensação divina. Ela me possuiu sem limites, sem pressa, sem escrúpulos. Cada penetração me queimava e me  fazia ir do inferno ao céu.  Eu sentia que a minha alma se desprendia, a cada minuto que sua boca provocava meu prazer, meu sexo, meu corpo... Até  que eu me libertei de tudo e gozei feito louca, com a mulher, que é o amor da minha vida...
E assim, eu fiz o mesmo com ela, entrelaçando nossas mãos, provocando nela todo o prazer que tínhamos sentido e que se acumularam nesse momento nosso...
Era apenas o começo de um lindo capítulo em nossas vidas. Estávamos de mãos dadas e no mesmo caminho... Foi como se tivessemos acabado de nos conhecer. Identificamos uma forma nova de nos relacionar.
-Saraaa...
-Humm, o que foi vida?
-Que sexo foi esse, amor?
-Você também sentiu, Jess?
-Foi diferente... Não sei explicar... Foi genuíno e inabalável...
-Eu senti que estávamos em outro mundo, Jess...
-Eu ainda estou lá, Sara...
Continuamos perdidas, nos braços uma da outra, envolvidas num amor tão intenso, que não conseguíamos acalmá-lo e nos amamos de novo...
-O que é isso que está acontecendo com a gente, Sara?
-Eu não sei e nem me importo... Nos beijamos...E assim seguimos na mesma intensidade que nem mil palavras poderiam explicar. Naquele momento, nós soubemos que havíamos encontrado o nosso verdadeiro lar. Não era físico... Poderiamos enfrentar qualquer desafio que a vida trouxesse. Nada mais importava, exceto o que conseguimos alcançar.
-Essa era a lua de mel que eu queria e pensei que teria que sair daqui, ficar longe de tudo pra conseguir...
Ficamos deitadas, lado a lado...
-Amorrr...
-Oi, Jess...
-Eu te amo tanto...
-Eu também...
-Que horas são?
-Não faço idéia... Nem quero...
-Perdi a conta de quantos carinhos, de quantos "Eu te amo", de quanto prazer senti com você, Jess... O tempo passa e cada vez sinto você mais entrelaçada a minha vida...
-Sara, olha a janela, amor...
-É luz? Já?
-Parece. Vamos ver?
Eve ainda dormia tranquila. Afofamos a coberta e nos certificamos que ela estava aquecida, protegida do frio. Abrimos as portas da varanda. Nós enrolamos numa coberta.
A alvorada começava a se fazer notar.  Abracei Jessica e ela deixou sua cabeça cair pra trás, no meu ombro, pedindo meus beijos...
-Está amanhecendo Jess. Eu não sabia que tinha se passado tanto tempo, amor...
-Nem eu, Sara. Nossa noite foi incrível...Aliás todas as vezes que a gente passa por um desafio e se entende, nossa noite é melhor...
-Mas eu prefiro ficar bem com você a maior parte do tempo...
Nós sorrimos e nos beijamos.
-Vamos deitar, logo sua filha acorda e quem vai fazê-la arrotar é você, Sara...
-Isso quer dizer que eu vou ter que ficar acordada, enquanto você dá de mamar...
-Humm, hum...
-Então, você vai ter que me recompensar por isso...
-Não vou não...
Jessica tentou correr, mas eu alcancei e a joguei na cama...
-Vai me recompensar ou não?
-Não vou...
-Vou ter que roubar essa recompensa, então?
-Vai...
Eu mordisquei seus quadris, suas coxas e Jessica tentava não rir alto...
-Shiuuuu! Eve vai acordar...
-Você está me fazendo cócegas!
-Isso não são cocegas, meu amor!
Sara passeava seus lábios pelo meu corpo,  até a hora que chegou aos meus peitos, já bem cheios de leite...
-Arghhhh... Não sabia que leite materno era tão ruim!
Jessica ria da minha cara...
-Você está rindo, né? Sua bandida? Vem aqui...
-Você queria o que meu amor? Meus peitos estão cheios. Eve vai acordar logo...Sara, eu sei que nossa cama está uma delícia, mas eu preciso lavar meus seios pra Eve poder mamar.
-Eu sei, meu amor. Tomamos um banho rápido, ok?
Está bem vida...
Eve mamou. Eu a coloquei no meu colo. Jessica estava tão cansada, que dormiu como uma pedra e conversando comigo. Minha filha estava mais desperta e querendo conversar às 5:50h da manhã...
-É,  dona Sara, essa é a vida que você pediu a Deus! Sabe filha, sua mãe, você e seu irmão são minha vida!
Eve me olhava e sorria, até que acabou dormindo. Eu a coloquei no berço e fui pra cama... Abracei meu amor e adormeci...
No final, o dia passado tinha sido uma experiência especial e se mostrou uma oportunidade de crescimento e compreensão para nós duas... Nem sempre o que nossos ouvidos escutam e nossos olhos acham que viram, é uma verdade absoluta. Se até eles nos enganam, precisamos sempre fortalecer nosso compromisso ao construir uma vida juntas, onde a confiança precisa prevalecer sobre qualquer insegurança ou suspeita...
O dia seguinte seria mais leve, mas não menos desafiador...

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