23 - shit

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[nome] [sobrenome]point of view

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[nome] [sobrenome]
point of view

A aula foi tranquila, tirando o fato de que Jhonny faltou hoje e que Lucy e Brian ficaram tirando sarro da minha cara no intervalo, odeio aqueles dois. Ele havia me avisado que iria pegar algumas roupas e coisas importantes para ele em sua casa, estou preocupada com o que pode acontecer com o mesmo. Soltei um longo suspiro enquanto caminhava tranquilamente com meu skate na mão, o sinal havia acabado de tocar.

Sai da escola colocando meus fones de ouvido, até ver um carro familiar mais a frente.

— merda — murmurei para mim mesma enquanto olhava para a o automóvel, tirei os fones do meu celular e mordi meu lábio inferior, vendo uma garota de cabelos loiros colocar sua cabeça para fora do carro, acenando em minha direção.

Caminhei até eles e revirei meus olhos, vendo Michael no banco do copiloto.

— o que está fazendo aqui? — perguntei olhando para o mais velho, ele deu um sorriso sarcástico e riu.

— sou seu irmão mais velho, buscar você é uma das minhas tarefas — deu ombros enquanto arrumava seus óculos escuros e olhava para algo no retrovisor.

— isso se você realmente se importasse comigo...

— o que disse? — perguntou.

— nada — fui até a porta do banco de trás e a abri, reparei que tinha um garoto lá. Era o menino que usava a máscara do Freddy, nunca soube seu verdadeiro nome... — quero ir pra casa, sem enrolação Michael — fui direta.

O garoto que usava a máscara Bonnie não estava presente no momento, tenho espaço para colocar meu skate e minha mochila no automóvel.

A garota que estava no banco do motorista deu partida e logo começamos a ir em direção a minha casa. Eu estava longe do 'Freddy', tenho medo dele. Notei que o garoto ao meu lado dava alguns sorrisinhos maliciosos em minha direção, me mexia de maneira desconfortável no banco quando isso acontecia.

[⏱️]

Não preciso dizer o quanto eu estava feliz quando chegamos em casa, sai do carro e ouvi um assovio atrás de mim, ignorei enquanto tentava puxar minha saia um pouco mais para baixo quando uma brisa se chocou contra mim.

— obrigada — disse quando fechei a porta — vou entrar, tchau... — educada, sim.

— tchau maninha — falou com um tom estranho, ignorei sua fala e comecei a andar em direção a entrada da minha casa enquanto tirava meu celular do bolso, vi algumas notificações de Johnny chegando.

my sun💕 - conversa

[Nome], estou com
medo.

Meu pai está falando coisas
horríveis pra mim, que eu sou
um fardo para todos...

Me desculpa por incomodar sua
família nesses dias, me sinto
realmente arrependido.

Por favor, não se culpe.

Irei para um internato essa noite.

Não venha me procurar.

Te amo muito
11:50 ✓✓

fim da conversa.

Merda!

Corri novamente para o carro e Mike me encarou com dúvida, olhei para todos dentro do carro meio ofegante.

— vocês sabem onde fica o internato mais próximo daqui, né? — perguntei já sabendo do passado do garoto do banco de trás e da loira que dirigia — preciso da localização, urgente.

— pra que você precisa? — a garota perguntou

—motivos pessoais, só preciso da merda da localização! — comecei a me irritar, a loira levantou as mãos em rendição e mandou Mike abrir o porta luvas. De lá, a mesma tirou um papel com um monte de coisas.

“Internato 'Santa Menefreda'”

— obrigada, de verdade! — voltei para dentro de casa de modo desesperado, coloquei o skate na entrada e joguei a mochila no sofa, corri para o meu quarto com a esperança que fosse apenas uma pegadinha idiota do meu namorado.

Abri a porta com tudo e não vejo nada, apenas o berço vazio e a cama arrumada.

—porra! — coloquei ambas as mãos em minha cabeça, minha respiração estava desregulada.

—vai infartar desse jeito, pirralha — Lillith fala em minha mente, dei um soco em minha cabeça e fiz isso repetidas vezes — para, sua idiota.

— falar não vai trazer ele de volta! cala a boca! não tô no momento! — peguei uma mochila preta com uns bottons de animes e comecei a pegar umas peças de roupas minhas.

— vai fugir?

— vou encontrar ele! — rebati pegando um perfume e colocando lá — não sei como, mas, eu preciso fazer isso! — peguei um livro que nunca li e um caderno de rascunhos, além das coisas pro meu celular.

— isso é loucura — falou me vendo pegar uma caixinha de cigarros — você é louca... Tinha me esquecido desse fato... — soltei um longo suspiro e coloquei a bolsa em cima da minha cama. — vai esperar?

— não sei o endereço dele, sei do internato, vou esperar mais um pouco — me sentei no chão com um cigarro em mãos — tudo o que é bom dura pouco... Por que isso sempre acontece comigo, Lil? — perguntei sentindo lágrimas escorrendo pelo meu rosto.

— pirralha... Não fique assim... Vai dar tudo certo! Confia em mim!

Comecei a chorar mais ainda.

Deus...

Por que minha vida é assim?

Primeiro Evan...

Depois a minha mãe...

Depois Michael...

Todos que eu amava, ou se foram ou mudaram muito, ao ponto de eu mesma não os reconhecer.

Se eu pudesse dizer algo a minha “eu do passado”, seria:

“Sua vida vai ser uma merda”

.

.

.

.

notes;

quem é vivo sempre aparece, não é mesmo?

ᴛʜᴇ ɢɪʀʟ ɪs ᴍɪɴᴇ! - ᴊʜᴏɴɴʏ ʙᴏʏOnde histórias criam vida. Descubra agora