Tudo por você [Em Revisão]

•Piloto•

AVISO: essa fic não é nem um pouco focada no shipp ChaosDuo mas sim no Quackity em si. Não esperem um final feliz nem nada. Obrigado amores💕

REVISADA + Extra
________________________________

A alguns anos Wilbur desapareceu misteriosamente da Ilha Quesadilha, ninguém sabia onde ele poderia estar nem mesmo Quackity que estava devastado. O moreno teve diversos relacionamentos no passado, nenhum deles deu realmente certo e claro que com Will não seria diferente. Estava começando acreditar que uma de suas paixões passadas tivesse jogado alguma maldição sobre si. Sua tristeza sobre isso era imensa, saber que não daria certo com alguém era sufocante, esse sentimento lhe causou uma imensa tristeza tal que causou a morte de sua própria filha, Tilin.

Tilin era uma garotinha que havia adotado ao chegar na ilha, não sabia ao certo o porque de ter que adota-lá porém apenas seguiu o que lhe pediram. Ela era morena de olhos azuis, possuía traços masculinos e isso a incomodava bastante, um dia Quackity amarrou um laço vermelho em seu cabelo, a pequena adorou aquilo e sempre utilizou, tanto que virou sua marca registrada.

Quackity admitia que nunca levou jeito para ser pai, nunca sequer havia pensado em cuidar de alguém ou até mesmo educar um ser humano tão pequeno. Conforme os dias passavam ele aprendia algo novo na sua jornada como pai, o problema surgiu quando Willbur sumiu. Esse ocorrido causou grande preocupação no moreno, tanto que ele não conseguiu mais cuidar nem de sua filha quanto mais de si mesmo.

Charlie e BadBoy ficaram responsáveis pela menina até que Quackity pudesse se recuperar, o problema era que parecia que nunca iria passar. Um certo dia Charlie estava passeando com a garotinha e um monstro esquisito e verde tentou ataca-los, o homem tentou lutar o quanto pode porém acabou acertando a garota. A menina perdeu muito sangue, o bicho ao ver que havia machucado a criança fugiu e Charlie nem sequer havia reparado no que tinha feito.

Quando a tensão abaixou olhou para trás checando se Tilin e Juanaflippa estavam bem, foi aí que ele viu o que tinha feito. A garotinha estava caída no colo da outra criança, a mesma chorava sem parar. Vendo aquela situação Charlie começou a chorar também, ele havia sido a causa da morte da filha de seu amigo. No dia seguinte a notícia já havia chegado no ouvido de Quackity, o outro homem contou o que havia feito, o moreno sentiu uma dor imensa no peito e se pôs a chorar. Ele havia caído na depressão, não havia sido um bom amigo, um bom pai, um bom amor e nem sequer uma boa pessoa.

Toda essa tristeza durou até a chegada de novas pessoas na ilha. No início foi um grande temor na terra, todos pensaram que estava acontecendo um terremoto e após alguns minutos de procura descobriram um barco que havia batido na costa da ilha. Os moradores foram todos ao locar investigar o que causou aquilo, de repente pessoas falando línguas desconhecidas surgiram de dentro do barco, minutos depois descobriram que se tratavam de brasileiros.

A chegada deles foi bem receptiva, todos se apresentaram e foi muito engraçado. Havia uma pessoa em específico que chamou a atenção de Quackity, era um homem cabeludo com olhos azuis bem escuros, o mesmo usava roupas velhas porém estilosas para si, se estava certo seu nome era Cellbit e ele de alguma maneira o lembrava alguém, só não tinha certeza de quem era.

Após as apresentações os residentes decidiram levar os novos visitantes a um tour rápido, o que Quackity não esperava era ficar tão animado com aquele acontecimento. O mundo preto e branco que o moreno via estava sumindo, ele se sentia bem ouvindo as risadas e conversando com os amigos que havia se afastado. Muitos haviam dito que sentiam sua falta assim como ele sentia deles, Quackity sentia que estava tudo voltando ao normal.

Depois desse dia nenhum mais foi o mesmo, era sempre uma coisa nova que surgia. Um grande exemplo era a criança brasileira, o Richarlysson, seus pais haviam criado um projeto chamado Imortallysson, nesse mesmo dia Cellbit e Quackity estavam conversando sobre o quão próximo a criança e ele eram. O problema era que o loiro havia lhe oferecido 1% de paternidade do filho, isso conquistou o coração do moreno ao mesmo tempo que o deixava preocupado. Ele não poderia aceitar, porém depois de muita insistência ele cedeu.

Quando menos percebeu estava cada vez mais próximo de Cellbit e de sua família, estava se apaixonando por ele a medida que se aproximavam. "Não posso deixar isso acontecer, amor não é algo para mim" pensou e no mesmo instante decidiu que deveria se afastar do loiro antes que algo ruim acontecesse.

Um belo dia a oportunidade perfeita apareceu, os dois haviam descoberto várias minas postas por Vegetta ao redor de onde moravam, sem querer Cellbit havia acionado uma e explodido a casa do moreno, uma pequena parte da residência havia desaparecido com a explosão e foi aí que o moreno viu a chance.

-PORRA, O QUE CARALHOS VOCÊ FEZ CELLBIT??-Gritava desesperado. Ele não se importava com aquela casa, tinha outras espalhadas pela ilha porém ninguém deveria saber.

-Ei calma, eu realmente não sabia que havia uma literalmente do lado da sua casa, me desculpa mesmo não foi minha intenção.-O Loiro fazia um sinal de redenção com suas mãos.

Aquela cena foi de cortar seu coração, ele sabia que havia nutrido aqueles sentimentos românticos pelo outro porém ele sabia que precisava acabar com aquilo de uma vez.

-Saia da minha frente não quero falar contigo.- Disse se virando e começou a caminhar sem rumo.

Ainda dava pra ouvir Cellbit chamando-o porém ele precisava ignorar, ele tinha antes que qualquer um dos dois se machucasse.

—>EXTRA:

Tilin vestia um casaco de seu pai, ele combinava com seus olhos e fazia um belo contraste com os sapatos da menor. Ela não se sentia bonita, queria ser bonita e feminina que nem sua amiga JuanaFlippa ou Leonarda, ela ajeitava os fios de cabelo tentando mantê-los o mais arrumados o possível.

Como ela possuía cabelos curtos era um pouco impossível fazer qualquer penteado feminino nela, assim a pequena começou a chorar baixinho. Quackity que passava pelo quarto dela ouviu o choro, ao ouvir aquilo entrou no quarto preocupado.

-Tilin? Que pass mi hija?-Perguntou limpando as lágrimas do rosto dela.

-Pai... Não me sinto bonita... Não sou feminina... Eu não sou como as outras garotas, o que eu faço??-Sua voz chorosa cortava o coração do mais velho.

Uma ideia surgiu na cabeça de Quackity, o mesmo pegou uma fita vermelha amarrando o cabelo dela em um pequeno rabo de cavalo, deixando à mostra o grande laço vermelho e os fios organizados de uma forma bonita. Ela se olhou no espelho e seus olhinhos brilharam, a pequena abraçou seu pai forte e disse:

-Obrigado pai! você é o melhor.