Capítulo 13- O paraíso

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Olá! Finalmente entrei de férias e vou escrever 🤍 (leia o último capítulo para se lembrar dos acontecimentos)— Comentem que eu amo ler a reação de vocês 🤭💗

— Por que você me fotografou?— gritei tentando atrasar alguns segundo da minha morte

James parou de se aproximar e olhou para mim.

— Porque é incrível como a vida continua depois da morte das pessoas… Você está tão feliz atualmente, apesar do seu pai estar morto. Eu sou o único que não me sinto assim?— ele me olhou com o olhar melancólico

— Você pode mudar isso! Eu ainda sinto falta do meu pai, choro pela ausência dele, mas sei que ele não gostaria de me ver paralisada no tempo!— falei tentando conter as lágrimas

— Sim… E o Dori te esquecerá rapidinho também… Não acha?

Eu não sabia o que fazer, na verdade, não havia o que ser feito, eu estava com os braços amarrados, em um lugar desconhecido e com um monstro sedento por sangue atrás de mim. Fechei meus olhos fortemente e rezei assim como meu pai faria, e como provavelmente fez no dia daquele crime. Rezei para que um anjo me salvasse, para que aquele pesadelo sumisse e que eu pudesse ser feliz.

Não havia alguma lástima de raciocínio em mim, mas de alguma forma pude ver minha vida diante dos meus olhos, como eu fui feliz, como eu amei e fui amada depois de jurar não ser digna disso, vi aquela tarde na casinha na árvore, como eu me entreguei e como toquei a alma de quem mais amava. As vezes que tomei sorvete, as crianças na creche, o som do mar, os pássaros voando no parque, a Ayla, a minha vida. E tive pena de James, porque por mais que eu morresse, ele nunca iria saber o que é ter amor.

— Se afaste! AFASTE-SE DELA!

Ouvi uma voz grave gritando mas não consegui abrir meus olhos, o medo havia me imobilizado.

— Kaira!

Ouvi o meu nome ecoar no galpão e em frações de segundo senti minha perna arder e um alto som de tiro.

— KAIRA, NÃO!

Meu nome foi pronunciado novamente, tentei abrir os olhos mas era como se estivesse lutando contra algo que já sabemos o final, uma música começou a tocar na minha memória, tentei manter aquela música tocando como se isso fosse me fazer sobreviver, a voz do meu pai entoando: banda do mar.

" Mesmo que não venha mais ninguém,
Ficamos só eu e você,
Fazemos a festa, Somos do mundo,
Se mais alguém vier não vou notar"

Nós dançávamos em um lugar branco como as nuvens, ele sorria para mim e eu o retribuía.

[...]

10:46

Dori!!

— Ayla? O que houve?

— Um homem chamado
James levou a Kaira!
Você precisa vir rápido!
Ela deixou uma coisa no
computador pode ajudar
a salvar ela, por favor vem
rápido!

— Calma! Me explica direito!
Quem está aí?

— Um homem chamado
James apareceu aqui em
casa e levou a Kaira!

— Não saia de casa! Eu estou indo!

Dori saiu do escritório sem nem mesmo avisar a alguém, o garoto correu para casa enquanto tentava ligar para a polícia.

𝐎𝐧𝐝𝐞 𝐦𝐞𝐮 𝐚𝐧𝐣𝐨 𝐦𝐨𝐫𝐚 - Dori Sakurada Onde histórias criam vida. Descubra agora