Quando Taehyung e tia Hwasa compraram aquela carruagem em York, o vendedor as informou que cabiam quatro pessoas comc onforto no veículo, seis em caso de necessidade. Tae imaginou que até podia caber toda essa gente — mas apenas se nenhuma delas fosse um alfa escocês de um metro e oitenta usando uniforme completo das Terras Altas. Daquele modo, eles viajavam apertados.
Ele tinha insistido em se sentar de frente para ele no assento virado para trás, para não amarrotar sua roupa. Bem, para não amarrotá-lo ainda mais. Pelo que pareceu ser a vigésima vez no mesmo número deminutos, ele esticou a cabeça pela janela da carruagem. Olhou para si pouquíssimas vezes, passando a maior parte do tempo observando a estrada e a paisagem.
— Não devemos estar muito longe, agora.— Verdade — O ômega disse.
Resposta idiota. Eles só trocaram palavras vazias desde a estalagem. Tae parecia não conseguir juntar mais que três sílabas desde que... Desde que. Misericórdia. Depois das coisas obscenas que o alfa tinha feito com ele... Falar o quê? Nem sabia como olhar para ele. Sempre que relembrava da sensação da língua dele emsua carne — o que dava, aproximadamente, umas sete vezes por minuto — Tae sentia o corpo todo arder.
Suas pernas ficavam trêmulas de baixo dos tecidos de sua roupa. Sentia o suor deslizar por suas costas.
A carruagem chacoalhou ao passar por um buraco. O joelho do alfa bateu na coxa dele.
— Você está bem? — Os olhos de Hoseok pularam para os dele.
— Ótimo.
O ômega percebeu no mesmo instante que os pensamentos dele o estavam levando para um único lugar — para baixo de suas roupas. Pela primeira vez desde que saíram da estalagem, os olhos do alfa pararam de passear pelas colinas e pelos penhascos da paisagem e vagaram pelas curvas do corpo de Taehyung.
Devagar,com uma fome bruta, possessiva. Um calor intenso e fervilhante se acendeu e cresceu dentro dp jovem, alimentando o desejo nos olhos do alfa da mesma forma que carvão alimenta a chama.
Uma vez, enquanto conversavam, Hoseok disse que Tae possuía uma beleza incomum, e na hora teve vontade de contestá-lo. Mas nessa noite, pela primeira vez em sua vida, se sentiu irresistível. Arrasador. Lindo de verdade. Para o alfa, ainda que para mais ninguém.
Oh, isso era tão perigoso.
A carruagem foi parando devagar.
— Chegamos — ele anunciou, ainda o fitando nos olhos.
— Verdade — Rspondeu.
O nervosismo sempre presente em Tae logo afastou quaisquer outras emoções inconvenientes. Quando Hoseok desceu e lhe estendeu a mão para ajudá-lo a desembarcar, terror puro e absoluto tinha substituído toda sua excitação.
Ele pôs a outra mão debaixo de seu cotovelo tomando cuidado de sustentar seu peso enquanto seus sapatos tocavam o cascalhodo caminho.
Finalmente pôde erguer os olhos para a cena diante de si. Então aquela era a Propriedade Park.
Minha nossa! O castelo era um espetáculo imponente de torres quadradas com acabamentoque lembrava cobertura de bolo. Toda a superfície das paredes tinha recebido um reboco cor-de-rosa, com pedrinhas misturadas à massa, de modo que a fachada cintilava sob a luz do crepúsculo. Luzes brilhavam em todas as janelas, grandes e pequenas. À volta deles, jardins primorosos perfumavam a noite. Tae ainda não os tinha conseguido admirar direito, mas o aroma envolvia seus sentidos, deixando-o tonto. Tae não pôde fazer outra coisa que não ficar boquiaberto.
Esperava mesmo uma casa impressionante. Elegante, até. Mas aquilo? Aquilo era pura e simples opulência. Some-se a isso o congestionamento decarruagens à volta deles, os cavalheiros de gravata branca e as ladies cobertas de joias e plumas...
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O Noivo do capitão | VHope
FanficKim Taehyung possui muitas habilidades preciosas: é um excelente desenhista, escreve cartas como ninguém e tem uma criatividade fora do comum. Mas se tem algo em que ele nunca consegue obter sucesso, por mais que tente, é em se sentir confortável qu...