cap 11.

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-E por isso que a Jill é a maior assasina de Pânico. -Eu disse, terminando meu argumento de porque o Pânico 4 é o melhor filme.

-Só perde para o Billy.

-Óbvio.

Paramos na porta da minha casa e eu me virei para ele. E pasmem: eu tive uma tarde realmente incrível com Paulo. Nós tinhamos muito em comum realmente, como o gosto por filmes de terror e futebol. Ele ficou realmente surpreso de saber que eu acompanho futebol e ainda torço para o time dele, o Palmeiras, obviamente.

Escrevi bastante sobre ele, e ele aprendeu bastante coisa sobre mim também, foi bem divertido. A gente tomou sorvete também no final, e fui bastante julgada por ter um paladar perfeito e adorar sorvete de pistache, o mundo pertence as pessoas com mal gosto mesmo.

Enquanto conversavamos e ríamos eu senti o olhar de Daniel diversas vezes sobre nós, o que me deixou extremamente mal pela Margarida, porque ela realmente gosta dele. Eu não acho que seja do feitio dele ter começado a namorar com ela só para me "atingir" ou para suprir minha falta, mas isso me deixa em dúvida. Bom, vou pensar o melhor.

-Bom, Paulo. Eu realmente me diverti nessa tarde com você, você não é tão chato quanto eu pensei.

-Nossa ida ao cinema para ver Pânico 6 tá de pé, então?

-Vou pensar no seu caso. Sobre a ida ao Allianz também! - Ele riu da minha tentativa de me fazer de difícil.

-Bom, beijinho de despedida então? -Ele fez olhos de cachorrinho pidão e eu revirei os olhos.

-Vai sonhando, mignonne. - Disse com meu sotaque francês e o empurrei para trás com o dedinho.

-Poxa, linda. Nem um beijinho? - Linda? Desde quando ele me chama assim?

-Só na bochecha. -Dessa vez ele que revirou os olhos, eu me inclinei para frente para dar um beijinho na sua bochecha. Mas na mesma hora, a porta da minha casa abriu.

E dela se revelou minha mãe com seu robe de setim preto de todos os dias, com um coque e uma taça de vinho mas mãos, de rotina. Ela encostou seu corpo no batente da porta e ficou observando, me fazendo corar e Paulo mais ainda. Ele parecia tão nervoso que ia vomitar todo o sorvete naquele corredor mesmo.

-Atrapalho?

-Que nada. Boa tarde, tia Camille. - Ele disse meio sem graça, e minha mãe tinha um sorriso malicioso nos lábios. Ela aproximou sua taça do corpo e disse:

-Boa tarde, Paulo. Ando tendo muitas notícias de você atualmente, anda fazendo academia?

-Ah sei... Estou sim, na smart aqui perto.

-Já sei onde arrumar um personal quando começar a malhar! -Ele riu e revirei os olhos de sua falsidade. Ela nunca nem falou de começar a fazer academia!

-Vamos entrar né, mãe... -Praticamente a empurrei para dentro de casa. - Depois eu te mando mensagem tá? - Ele assentiu. -Até mais.

Fiquei meio sem jeito, então dei um beijinho rápido na bochecha dele e entrei para dentro fechando a porta.

-Beijinho na bochecha?

-Foi muito ruim? - Disse pensando no quão estranho foi isso, e ela assentiu rindo.

Depois disso, minha mãe me fez contar cada detalhe do nosso encontro, e ficou animada dizendo que vai marcar da gente assistir o derby com eles no Allianz daqui uns dias com a família dele. Aqui em casa, todo mundo é palmeirense por influência do meu pai, e agradeço a Deus por isso.

Estavamos conversando, quando escutei meu celular apitar, e sorri automaticamente ao ver quem era.

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-Sorrindo para o celular, Alana? É mais sério que eu imaginava, já tá apaixonada!

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-Sorrindo para o celular, Alana? É mais sério que eu imaginava, já tá apaixonada!

-Pelo amor, né mãe? Só tô rindo de um meme que eu vi aqui... nada mais.

-Ah claro. -Ela levantou em direção da cozinha.

Estar rindo as 18:00 enquanto converso com Paulo é realmente algo novo para mim. Se a um mês atrás alguém chegasse em mim e falasse que tudo isso teria acontecido, eu riria da cara da pessoa e chamava ela de maluca, sinceramente.

-Filha! Vem montar seus tacos! -Minha mãe me gritou da cozinha.

-Tô indo! -Deixei meu celular no sofá.

Todo domingo fazemos um jantar temático da comida de algum país, é uma tradição da minha família desde que me entendo por gente. Hoje, infelizmente será só eu e minha mãe, porque meu pai tem plantão no hospital. Sim, ele trabalha até no domingo quando precisa. Minha mãe escolheu fazer uma noite mexicana, mas fizemos apenas tacos porque seremos só nós duas.

-Que deprê essa de nós duas comermos tacos sozinhas. O que você acha de chamar o Paulo para vir comer com a gente? -Ela sugeriu enquanto mechia a panela com a carne.

-Que horror mãe! Eu beijei o menino uma vez e já vou chamar ele para cá? Coisa de emocionada isso aí.

-Vocês adolescentes e suas regras. Na minha época não tinha nada disso.

-Quero nem imaginar o quão emocioanda você era então!

-Nem tinha essa de emocionada, se ficava com a pessoa era porque gostava dela. Então chamar para casa depois de beijar era algo normal.

-Tá aí uma diferença então. Eu beijei o Paulo, mas eu não gosto dele. Na verdade, nem suporto. - Eu disse, colocando o recheio no meu taco.

-Vou ter que falar denovo que isso é mentira? Nem você mesma acredita mesmo nisso.

-Tá, não suportar é beeem forte, considerando que ele revelou ser alguém realmente bem legal de se estar e é bem gente boa quando quer, mas gostar... ah, também nem sei mais! Gostar no sentido romântico óbvio que não... eu acho. Mas como pessoa ele é bem legal.- Eu disse confusa. Por eu nunca ter tido uma conversa descente com ele em quase dez anos (desde que nos conhecemos), eu nunca soube isso, e fico imaginando que se ele nunca tivesse sido chato comigo desde o primeiro dia, que poderiamos ter se tornado amigos. Ou outra coisa.

-É um ótimo começo, filha. Embora eu não dê um mês para você aparecer falando que gosta dele. - Ele colocou a colher de recheio na boca, me desafiando.

-Nunca na minha vida!

-Vai querer apostar, é?

-Melhor não. Aprendi a lição com meu pai: nunca apostar nada com a rainha das apostas. -Rimos.

-E também nunca diga nunca! -Ela disse. É.... talvez.

-
Oioi gente! Capítulo mais curtinho hoje só para não deixar vocês sem, estou na minha última semana de aula para as férias de julho e estou contando os minutos, juro. Prometo atualizar bastante aqui e na minha outra fanfic também nas férias. Se você não conhecer também, entra no meu perfil que você vai ver! Ela chama Undrequited Love, do Mário Ayala :)
É isso amorecos, beijos para vocês!
-A.

My sister's friend | Paulo Guerra. Onde histórias criam vida. Descubra agora