cap 1.

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—Vamos lá! Cadê meu uniforme? — Cá estou eu, atrasada para escola pela.... Nem sei qual vez na semana. —Achei! —
Coloquei meu uniforme rapidamente, peguei meus fones de ouvido e minha mochila e abri a porta de casa, encontrando Marcelina e Paulo, mechendo no celular. E Marce logo disse:

—Olha só! Parece que quem é vivo sempre aparece mesmo! 

—Desculpa gente, meu despertador não tocou hoje. — Eu disse meio sem graça. Sempre fico assim na presença de Paulo, nós nunca nos demos bem.

—Tô só brincando com você, amiga. Eu sei que você é toda atrasada. — Ela me deu um abraço, e fomos atrás de seu irmão que já estava indo em direção ao elevador.

Marcelina é minha melhor amiga desde o terceiro ano, quando me mudei para o prédio e entrei no colégio mundial. Por sermos vizinhas de porta, isso sempre facilitou as coisas e desde então venho todos os dias em sua casa. Tem coisas que nunca mudam mesmo...

Inclusive o fato de seu irmão, Paulo, sempre ter me odiado sem motivo algum. Ele semple implicou com todo mundo na escola, mas comigo por alguma razão sempre foi diferente e muito mais que brincadeiras. Ele tem ódio de mim.

E por azar dele, eu sou uma pessoa muito difícil de odiar e simpática com todos a minha volta, nunca fiz ou faria nada para ele não gostar de mim dessa forma. Até mesmo Mário, meu melhor amigo e melhor amigo dele, não consegue explicar o por que disso.

—Lana? Você escutou?

—Ahn, pode repetir? — eu disse. Estava tão perdida em meus pensamentos que nem escutei o assunto.

—Tsc. E além de tudo a baixinha é surda. — Paulo respondeu em um tom de desprezo e eu corei em resposta.

—Deixa de ser implicante menino! — Marce deu um tapa nas costas dele. — Eu te perguntei quantas horas você vai lá em casa me explicar matemática. Não aguento mais esse negócio de equação do segundo grau!

—Quantas horas você puder eu vou... Você vai ver, vou te fazer entender a matéria e você vai até gostar.

—Marcelina e entender alguma coisa definitivamente não cabem na mesma frase. – Ele disse debochadamente.

—AH MAS AGORA VOCÊ VAI SE VER COMIGO! — Marce saiu correndo atrás dele, que entrou dentro da escola. E eu fui caminhando atrás.

—Bom dia, santa diabinha. Como esses dois conseguem ter animo as 07:00? — Firmino me disse. Eu adoro ele, é como se ele fosse um avô que nunca tive.

—Bom dia, Firmino. Bom, tá aí uma coisa que eu também queria saber. — rimos juntos. —Até mais!

—Até mais! Boa aula! — Firmino completou. De longe avistei minhas amigas de sala no pátio conversando e fui de encontro a elas.

—Bom dia gente! — elas responderam em uníssono. — Qual é o assunto?

—Daniel e Margarida. Não acha estranho? Até uns meses atrás ele nunca nem ficaria com ela, agora ele está lá no maior chamego com ela. — Majô disse e as meninas concordaram.

Eu ficava com Daniel até alguns meses atrás e era realmente muito bom, mas percebi que não sentia por ele o mesmo e na mesma intensidade que ele, então resolvi acabar com tudo antes que alguém saisse machucado. Ele entendeu muito bem, como o fofo que ele é, mas dava para ver na cara dele o quanto ele ficou arrasado.

—Para mim isso tudo é para fazer ciúmes na Alana por ter terminado com ele. — Val disse, completando.

—Ah gente, eu acho que ele só seguiu em frente, como realmente tinha que fazer. — Falei sincera.

—Deixa de ser inocente laninha, ele já deu 500 foras naquela menina desde o terceiro ano, porque ele ia começar a  ficar com ela assim do nada? — Bom, Alicia tinha um ponto. Eu não entendo muito bem de sentimentos ou meninos, já que Daniel foi meu primeiro e único "ficante", então não tenho muita experiência ou muito menos já me apaixonei por alguém. Mudei de assunto me sentindo desconfortável com aquilo e continuamos conversando até o sinal bater e formos para sala.

Sentei no meu lugar de sempre, onde sento com Marce e estava esperando ela chegar lendo meu livro. Livros são meu porto seguro, e é para lá que eu vou toda vez que estou confusa e preciso escapar da realidade. Com eles eu aprendo sobre a vida e vivêncio o tão sonhado amor verdadeiro, no qual eu espero a minha vida toda para encontrar.

—Socorro. — Marce apareceu, ofegante. — Aquele menino me paga! Corri atrás dele essa escola inteira! – Ri com a fala dela.

—Silêncio crianças! Sentando! — A professora Helena chegou, pedindo ordem e todos obedecemos.

— Bom, vejo que todos vocês se sentaram nos lugares de sempre, e estava conversando com Renê e a diretora sobre isso. Vocês sempre ficam nessas mesmas duplas e nunca se misturam tentando fazer contato com outras pessoas, então decidimos mudar as duplas para um trabalho especial. — Meu Deus, isso não pode estar acontecendo! — Então... vocês sentarão com as duplas que sorteamos e irão trazer uma redação com tudo que aprenderam sobre sua dupla. E é avaliativo viu? Valerá metade dos pontos do semestre.

Começou-se um falatório seguido de reclamações vindos de toda a turma. Eu não posso me separar da Marcelina, a gente é tipo unha e carne, não tem como separar!

—Silêncio! Bom, como eu disse eu já sorteei as duplas e elas ficaram assim... — Ela continuou falando, mas eu estava preocupada demais porque todas as possíveis duplas para mim já haviam saído. E agora!?

— Marcelina e Margarida... — Ela disse, e lá se vai minhas últimas esperanças... —E por último: Alana e Paulo.

Meu deus, isso não pode estar acontecendo!


Oioi gente! Tudo bem? Espero que tenham gostado do primeiro capítulo/estreia da minha nova fanfic :)
Se você caiu aqui de paraquedas, eu escrevo fanfics de carrossel (inclusive, leiam a minha fanfic do Mário que está no meu perfil!!)
Não se esqueçam de votar e comentar o que acharam do capítulo, isso motiva demais a continuar escrevendo.
É isso, beijinhos!
-A.

My sister's friend | Paulo Guerra. Onde histórias criam vida. Descubra agora