Ele se chamava Zalazar, e era um draconato negro que vivia nas ruas de uma cidade decadente. Ele tinha sido um criminoso, um ladrão e um assassino, mas também um lutador mestre das armas, capaz de manejar qualquer lâmina ou machado com destreza e força. Ele não se importava com leis ou ordens, apenas com a sua liberdade e o seu prazer.
Um dia, ele recebeu uma oferta que não podia recusar. Um homem misterioso lhe prometeu uma fortuna em troca de um serviço simples: roubar um livro antigo de uma mansão abandonada. O homem disse que o livro era uma relíquia de um culto obscuro que adorava entidades cósmicas além da compreensão humana. Ele disse que o livro continha segredos e poderes inimagináveis, mas que era muito perigoso para ser lido por qualquer um.
Zalazar aceitou o trabalho, movido pela curiosidade e pela ganância. Ele não acreditava em nada daquilo, apenas em dinheiro e aventura. Ele pensou que seria fácil invadir a mansão e pegar o livro, sem se importar com as consequências.
Ele estava errado.
A mansão era uma armadilha, um labirinto de horrores e loucura. Zalazar se viu cercado por criaturas abomináveis, símbolos estranhos e vozes sussurrantes. Ele tentou escapar, mas se perdeu nos corredores escuros e nas salas vazias. Ele encontrou o livro, mas também encontrou algo mais: uma presença maligna que o observava de dentro das páginas.
Ele não resistiu à tentação de abrir o livro e ler as palavras escritas em uma língua desconhecida. Ele sentiu uma dor lancinante na cabeça, como se mil agulhas perfurassem o seu cérebro. Ele viu visões terríveis de mundos distantes e seres indescritíveis. Ele ouviu uma risada sinistra que ecoava em sua mente.
Ele percebeu que havia cometido um erro fatal.
O livro era uma maldição, um vínculo com uma entidade cósmica que se alimentava da sua alma. O homem misterioso era um servo do culto, que usava Zalazar como um sacrifício para invocar o seu mestre. Zalazar havia sido enganado, traído e condenado.
Ele tentou se livrar do livro, mas era tarde demais. O livro estava grudado em suas mãos, como se fosse parte dele. Ele sentiu a sua vida se esvair, enquanto a entidade sugava a sua essência. Ele gritou de agonia e desespero, mas ninguém o ouviu.
Ele estava sozinho.
Ele estava perdido.
Ele estava morto.