Sinopse:
Jungkook e Yoongi se envolveram com os humanos Jimin e Hoseok, algo estritamente proíbido no mundo vampiro. Por conta dessa regra que fora inflingida, o clã ZERO precisa tentar esconder isso o quanto puderem e evitar desencadear uma gu...
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Eu me deitei com a minha cabeça no peito de Jungkook, o que eu tinha vivido já há poucos minutos atrás, me lembrou de quando ele me disse que nós somos amores de outras vidas, aquela informação me engoliu, a curiosidade se transformou e aumentou ainda mais, eu precisava entender melhor o que ele quis dizer naquele dia que ele falou sobre os amores de outras vidas.
- Jungkook.. eu queria te perguntar algo... - Eu olho dentro de seus olhos alaranjados e ele olhou para mim.
- Você quer saber sobre o que eu disse sobre as vidas passadas, né?- Ele pergunta acariciando meus cabelos, e eu assenti. - Lembra que eu disse pra você que eu tinha começado a te observar a domir quando te vi pela primeira vez?- Eu balancei a cabeça positivamente. - Eu sabia que tinha algo em você, mas naquela época eu não sabia o que era. Comecei a suspeitar que tínhamos algum envolvimento de outras vidas e passei a investigar; eu fiz uma regressão de vidas passadas e descobri que somos parceiros de longa data. Tudo começou por volta de mil e setecentos, dois jovens espíritos se encontraram, você se chamava Elizabeth e era uma mulher ruiva de sardas, você vivia na Inglaterra e se apaixonou perdidamente por um homem que infelizmente era comprometido, o meu jovem espírito, Jhonny; vivemos um romance às escondidas até que a mulher do qual Jhonny era comprometido descobriu tudo, o nome dela era Elize e ela acusou Elizabeth de bruxaria. Como as mulheres ruivas e com sardas eram mais vulneráveis às acusações de bruxaria, Elizabeth morreu queimada. Jhonny teve que viver o resto dos seus dias em profunda melancolia até que ele tirasse a sua vida. - Mesmo contando uma história tão pesada e triste,a voz de Jungkook me acalmava, ela era branda e gentil, me confortava absurdamente.
- Meu Deus, isso é muito triste.- Eu digo ingnado, as pessoa realmente são terrivelmente cruéis no passado e no presente.
- Eu descobri que não importa quantas vezes nós dois reencarnasse, sempre nos encontraríamos, e em todas as reencarnações somos amantes. O nosso segundo encontro, foi em mil setecentos e setenta e sete em Veneza, eu era uma bela moça que se chamava Antonella, eu era de uma família bem abastada e me apaixonei por uma empregada da casa, você, Marietta; nessa vida, o meu pai descobriu o nosso romance e mandou que alguém sumisse com você. Consegui descobrir, que te mataram e te enterraram em um lugar bem distante, como se você fosse nada. Antonella acabou sendo forçada a se casar, mas nunca realmente foi feliz, teve dois filhos e morreu após o parto do segundo. - Ele dá uma pausa e consegue ver meus olhos levemente angustiados, era um história e tanta, e eu sabia que não tinha chegado nem na metade. - Tudo bem continuar?
- Claro, por favor, continue. - Eu precisava saber de tudo o que ele sabia, eu não queria pausas de jeito nenhum.
- Nosso terceiro encontro foi em mil oitocentos e vinte e dois no Brasil, ano da independência; éramos de famílias pobres, eu era Rui dos Santos e você era Bartolomeu Oliveira. Quando fomos descoberto, acabamos sendo castrados e presos, morrendo pelas más condições da prisão.- Eu realmente fiquei impressionado quando ele me disse que justamente eu vivi uma das minhas vidas no Brasil; para ser muito bem honesto, eu não entendia muito bem sobre reencarnações, eu escutava alí pela primeira vez com ele me dizendo coisas realmente novas. - Nossa quarta vida foi em mil oitocentos e oitenta, no Japão. Eu era Kaori Nakamura e você Duarte Vasconcelos, um português que foi passar um período no Japão e acabou se apaixonando pela garota de vida humilde, Kaori. Infelizmente, o pai dela não aceitou o namoro mesmo com ele pedindo a sua mão e oferecendo dotes com preços exorbitantes, já que ele era muito rico. Duarte teve que voltar a Portugal e eles nunca mais se viram; Kaori morreu de pneumonia e Duarte de febre tifóide. - Jeongguk me olhou nos olhos e viu que eu realmente estava concentrado. - Nossa quinta vida, foi no início do século vinte. Londres, na primeira década do século... Minha família coreana foi para Londres em busca de uma vida melhor, tecnicamente eu não sou um cidadão coreano, pois minha mãe foi grávida na viagem e me teve na Inglaterra. Lá eu conheci, Charles Davie, um garoto de olhos azuis e cabelos loiros. Bem...- Ele pareceu pensar em algo. - Bom, tivemos algo, mas eu contraí tuberculose e fui oficializado como morto. Na verdade, eu estou preso entre a vida e a morte, não reencarno mais pois meu espírito estaria preso e isso seria como tecnicamente não ter uma alma, pois quando se torna um ser das trevas, a sua alma é as trevas. Fui dado como morto mas meu corpo desapareceu, eu só fiquei sabendo depois que eu morri, Charles ficou muito doente e acabou padecendo de desgosto.- Eu vi em sua face uma expressão dolorida e me senti um pouco incomodado. Bem, eu confesso, me senti enciumado com a idéia de ele já ter tido outra paixão nessa vida, mas tentei disfarçar o que estava sentindo no momento. - Enquanto eu não reencarnava mais, você continuou e voltou não muito tempo depois. Em 1939, em um período que passei nos Estados Unidos, na sexta vida, conheci Thomas Smith. Ele era você novamente, bonito e jovem, afrodescendente e forte; eu não me aproximei de você, pois sabia que não era mais permitido pelas leis do vampiros, porém me apaixonei, mas logo depois começou a segunda guerra mundial e você morreu no compo de batalha. - ele dá mais uma pausa antes de continuar: - Em, 1950, na sétima vida você voltou, eu estava na Coréia e te conheci de novo por Choi Seok. Mais uma vez eu te vi longe até que você morresse nos anos de 1990; você sabia que era gay nessa vida, mas nunca se assumiu, viveu infeliz. Depois de um tempo, no início dos anos dois mil e século vinte e um, você nasceu,mas eu fui te conhecer agora, sua oitava vida.- Ele termina e minha admiração era espantada no meu rosto, eu não sabia que a nossa história era tão longa assim, eu não fazia idéia disso.
- Meu Deus... isso faz tanto sentido... Quando você me toca, parece que sabe fazer isso porque me conhece.- Por mais que aquela outras pessoas que ele viveu fosse eu mesmo, eu não conseguia não me sentir enciumado, principalmente pelo último humano que ele se envolveu antes de mim, pareceu bem sofrido ele contar a história.
- Você percebe algum padrão de repetição nas histórias? - Ele pergunta, como se quisesse saber se eu realmente prestei a atenção em tudo.
- Sempre morremos cedo e nunca ficamos juntos. - Respondo em um murmúrio.
- Esse é o meu maior medo. - Ele coloca ume mecha caída do meu rosto atrás da minha orelha. - por isso quero te proteger tanto... Não quero ter que esperar uma outra vida pra te ter assim de novo.- Se refere ao estado que estávamos, nus ainda na cama, tínhamos acabado de fazer amor.
- Então cuide de mim como se eu fosse a jóia mais preciosa que você tem. - Sussuro para ele,sentido meu corpo entrar em combustão novamente. - Mas me responda algo, Jeongguk... Você ainda sente algo pelas minhas vidas passadas?
