Capítulo XX - O sonho

12 3 0
                                    


Nós jantamos, tomamos banho e colocamos nossas roupas, então um menino alto falou :
- Os horários são: Sair daqui ás 7 e voltar do campo de batalha ás 11. Ir para lá ás 13 e voltar no pôr do sol.
Havia um clima estranho no local, uma espécie de luto com desânimo, pareciam que todos estavam num corredor da morte, que iriam morrer de qualquer jeito e estavam se preparando pra isso, então estava tudo um tédio. Não havia um pingo de alegria no local inteiro, ninguém sorria, ria, nem mesmo demonstrava um olhar feliz. A única hora que o silencio não havia reinado era na janta, que havia conversa, não muita, mas o suficiente para quebrar o silêncio. Comecei a relembrar minha chegada e pensei : Como é que há um horário de lutas ? As pessoas vão estar lutando ferozmente às 10:59 e um minuto depois vão simplesmente se retirar ? Isso é bem curioso. Depois de algum tempo consegui dormir, e novamente apareceram os sonhos. O garoto ruivo era carregado por dois homens de uniforme vermelho, ele se debatia e se balançava mas não servia para nada, comparado aos homens, ele era muito raquítico. Ele estava com um olhar fulminante para o garoto cientista, que estava em cima de uma plataforma de ferro. Então os homens com uniforme de guardas ingleses pararam em frente á uma espécie de portal, era azul nas laterais e quanto mais próximo do centro era cada vez mais verde. Ele girava em sentido anti-horário e o garoto cientista olhava para ele como se fosse a oitava maravilha do mundo. O menino ruivo ainda tentava se afastar, mas era inútil. Os homens jogaram o menino pelo portal e ele caiu, numa questão de piscar de olhos, ele estava numa rua de pedra, as casas tinham plantas crescendo por suas parades, e haviam guardas em uma circunferência de cerca de 4 metros vestidos de azul, armados com antigas pistolas, espadas e alguns com mosquetes. Quando dois guardas agarraram a gola da camisa do menino que estava perplexo, acordei, uma garota estava agachada á minha frente, logo consegui reconhecer, ela era Luara, a filha de Ares, que agora estava com o cabelo encaracolado mais longo do que de costume, olhou para mim e disse :
- Oi Lucas. Você estava se revirando de modo muito estranho então eu te acordei, estava tendo pesadelos ?
- Oi Luara. Estava sim, coisa normal, mas esse pesadelo está se repetindo, pela segunda vez, é sobre um garoto ruivo. Ele foi raptado e jogaram ele numa espécie de portal... Mas... Que horas são ?
- 6:20. Ainda dá tempo de você se arrumar e ir.
- Então vamos.

O Portal SecretoOnde histórias criam vida. Descubra agora