Capítulo XI - Meu pai não me dá carona

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É difícil dormir quando você fica lembrando do momento em que sua espada atravessa a coxa de uma criança. Depois eu me lembro dos olhares das pessoas e do silêncio, e eu me senti um monstro. Victor, o assassino de crianças. Depois de muito tempo consegui dormir, mais só umas quatro horas. Acordo com Julius dando um tapa na minha cara :
- Quíron quer falar com você lá na casa grande.
Me arrumei e fui para a casa grande. Quíron estava junto com Agatha e Fernando, dizendo :
- Vocês três são o grupo que irá para o Acampamento Júpiter hoje, mas, o Acampamento Júpiter só vem ao Acampamento Meio Sangue uma vez no mês, e o nosso acampamento só vai ao acampamento romano uma vez no mês também. E vocês não saíram em um desses dias, portanto, terão que ir por conta própria. Saímos da casa grande em silêncio, e combinamos de partir no outro dia, antes do amanhecer, Quíron nos daria dinheiro mortal, apenas isso, e não era o suficiente para ir de Long Island à Califórnia. Quando não tinha mais nada pra fazer antes do toque de recolher, fui andar na praia, quando eu estava um pouco gordinho, não caminhava muito, mais já gostava de caminhar, eu amo caminhar, não importa as condições, se tiver chão tá valendo. No acampamento eu nem caminhava muito, mais já tinha perdido cinco quilos, então, eu já estava em forma. Alguns minutos depois, quando eu estava caminhando, um homem aparece na minha frente, ele tinha o visual de um corredor de maratonas, ele tinha um cajado com duas cobras enroladas, exatamente igual ao o símbolo que apareceu na minha cabeça na captura a bandeira, só que aquelas cobras estavam vivas, e pareciam falar coisas como :
- George, eu ainda não acredito que aquela Brasileira ficou grávida !
- Ela não podia ser a certa, Marta, ela não me deu ratossssss.
- Isso não faz diferença, mais esse garoto não parece nem com ela e nem com o pai.
- Ssse a mãe dele tivessssse me dado ratossssss, o garoto pareceria com o pai.
Então, o homem interrompeu :
- Chega vocês dois, e o garoto parece sim com a mãe dele, e parece sim comigo, só é um pouco mais parecido com a mãe.
Naquele momento eu soube que aquele homem era meu pai. E ele continuou :
- Olá meu filho, passei aqui apenas para te ver, estou muito ocupado, apenas queria saber como você está aqui no acampamento.
- Hã... Acho que bem... Eu, eu não sabia nem que você existia há alguns dias atrás, eu estava em casa, lá, e eu... Eu pensava que mesmo que os deuses existissem eles nem passariam perto do Brasil, ainda mais da minha cidade.
- Bem... Não sei se você fez as contas, mais, eu conheci sua mãe em janeiro, numa tarde linda de verão, ela é muito bonita e se destacava no meio dos outros para mim, depois de conhecer ela vi que ela era legal, gentil e doce...
- Humm, já sei como acaba. Mas... Eu entendo o quanto você é ocupado e porque nunca pode me visitar, e o resto mais... E essa guerra ?
Nesse momento, ele estralou os dedos e uma mesa de piquenique estava feita, na minha frente, aquilo era muito legal. Ele se sentou e fez um sinal com a mão para que eu me sentasse também, logo depois que eu sentei, ele começou a dizer :
- Bom... Alguns europeus semideuses que não são gregos ou romanos sempre souberam que eram filhos de deuses, e agora eles se rebelaram, já que alguns são presidentes, ou os presidentes são descendentes desses semideuses, e eles juntos, controlam praticamente a Europa inteira e então se juntaram para atacar os Estados Unidos, sabendo ou não que também tem semideuses aqui.
- Amanhã eu vou para a minha primeira missão, então, poderia nos ajudar, dar uma carona ou outra coisa ?
- Infelizmente não, já te falei que sou ocupado, esses momentos assim, no que eu posso me sentar e fazer um piquenique são raros, eu realmente não posso te ajudar nessa missão, mais espero que tenha sorte nela, e que tenha sorte para chegar no chalé onze antes do toque de recolher.

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