"Vida" Infernal - Lumity

Ano Novo Mortal - Capítulo 2

                     (Luz Noceda-POV)

É ano novo, e essa é uma das épocas que mais gente morre para fogos de artifício, bebidas alcoólicas... Resumindo, acidentes.
Muita gente vai de branco ou amarelo, e também estou de branco para combinar com os mortais. Eu não gostava tanto do ano novo por causa do barulho, mas hoje estou aqui para levar uma boa quantidade de almas.
Amity é do contra, e está de preto. Nós fomos até a praia de Copacabana, e logo falo:
—Aqui é o lugar perfeito!
—Pra matar gente ou pra passar o ano novo?—Amity pergunta.
—... Os dois.—respondo.
—São 23:59!—ela fala.
—3... 2... 1... FELIZ ANO NOVO!!—conto e falamos juntas.
Começam a soltar fogos, e digo apontando para dois homens:
—Uniduni tê, quem vai morrer é vo... Cê!
O homem para quem apontei morre por causa dos fogos de artifício que estava soltando, e continuo com essa brincadeira, acertando todas as pessoas que iriam morrer. Amity não jogou praga ou matou ninguém, é típico dela. Nós iríamos esperar o ano novo para ter nossa vingança, e aqui estamos nós.
Vamos até a casa de Amity e entramos, então procurando Odalia. Ela olha para os gêmeos, sentindo saudades deles e do amor deles.
Achamos Odalia na sala, e pego minha foice.
—Eu mato e você leva?—pergunto e ela confirma.
Ficamos visíveis para Odalia, e ela arregala os olhos.
—MEU DEUS!!!—ela exclama.
—Não tem Deus certo, Odalia... Cê se fudeu, tá ligada?—digo pegando a foice.
—M-MAS...—antes de ela falar, mato-a dolorosamente.

Sua alma sai do corpo, e então Amity a pega. Vamos para o julgamento final, e a deixamos na fila. Decidimos esperar para ver a condenação de Odalia, e sua vez chega.
—Bem-vinda. Não aqui, na verdade. No inferno.—Deus diz e a transforma num escravo do Diabo, então indo para o sofrimento eterno.

Nós nos sentamos com Satanás pois Amity queria conversar e vim como companhia, e logo ela fala:
—Eu não tenho vontade de matar ninguém. Apenas levo as almas, nunca matei uma pessoa! Eu... Eu sou boa demais para ser um demônio e ruim demais para ser um anjo.
—Falem com Deus e Jesus, eles podem resolver isso.—Satanás diz, e então ele nos manda para o céu.
Dizemos que queremos falar com os líderes deles, e então nos deixam entrar.
—Deus, Jesus Cristo, Amity quer ter uma conversa com vocês.—digo e então nós nos sentamos.
Eles começam a nos ouvir, e Amity diz:
—Bem... Eu nunca matei ninguém. Apenas levo a alma. Eu nunca... Eu só queria a minha vingança. Eu sou boa demais para ser um demônio... Mas sou ruim demais para ser um anjo, porque ninguém é tão inocente quanto uma criança.
—Entendemos... Já vimos casos assim, então sabemos o que fazer.—diz Deus—Jesus...—ele chama, e então Jesus levanta, transformando Amity num "anjo-demônio", ou seja, metade anjo metade demônio.
Ela tem uma cauda de demônio e chifres, porém suas asas são as de um anjo, tão brancas quanto a neve.
—Resolvido o seu problema? E uma coisa: você tem acesso aos dois reinos, o do céu e o do inferno!—Deus diz, e então agradecemos.

Vamos embora de mãos dadas e abro minhas asas, então começando a voar. Amity toma um susto pois foi de repente, mas logo também abre suas asas e tenta batê-las.
—O que tem pra fazer no inferno?—Amity pergunta.
—Você pode fazer o que quiser, menos cometer crimes!—digo.
—O que você já fez?—ela pergunta novamente.
—Eu já bebi bebidas alcoólicas, fui em algumas festas, conheci gente... Não me diga que eu cometi um crime por beber bebida alcoólica, isso não vale! Os crimes são tipo roubo, estupro, assédio, importunação, pedofilia... Coisas mais graves.—digo.
—Entendi... Então tirando os crimes pode fazer o que quiser?—ela confirma.
Chegamos no inferno e vou para a minha casa.
—Acredita que eu consegui uma casa aqui no inferno?—digo.
—A sua casa é legal!—Amity fala.
Ela se senta no sofá enquanto vou pegar alguma coisa para bebermos, e logo volto.
—Já bebeu vinho?—pergunto a ela.
—Nunca na vida, apesar daquela casa ser feita de vinho nunca deixaram eu beber.—ela fala.
—Aqui você pode!—digo entregando uma taça vazia para Amity, e então coloco um pouco de vinho na minha.
—Eu vou beber, mas se eu não gostar vou esfregar na tua cara!!—ela fala enquanto eu ponho um pouquinho para ela.

Amity bebe e aprecia o vinho, e logo diz depois de engolir:
—Caralho, é bom!!!
—Tá vendo? Tem que experimentar pra saber se gosta ou não!—digo.
—Mas enfim... Já que naquela hora eu não pude te beijar...—ela diz e me olha nos olhos, se aproximando com a intenção de me beijar.

Me aproximo também e logo se inicia um beijo calmo. Amity coloca a mão na minha nuca, e depois de 1 minuto paramos o beijo por falta de ar. Sinto sua mão acariciar meu cabelo, e então deposito um selinho em seus lábios. Sorrimos e abano o rabo, então escuto batidas na porta. Fecho a cara e então vou até lá, abrindo logo em seguida.
—Foi pra casa mais cedo... Você só chega tarde! O que aconteceu?—Eda diz.
—Eu só tô cansada, ok?—digo.
—Cansada ou comendo alguém?—ela pergunta.
—N-NÃO!!—respondo vermelha.
—Eu sinto que você tá falando a verdade, então vou embora. Usem camisinha.—Ela fala.
—TÁ ME TIRANDO? CALA A BOCA PORRA!!—coro mais e fecho a porta na cara dela.
—... O que ela quis dizer com "usem camisinha"?—Amity pergunta.
—Nada. QUE INFERNO!!!—falo me deitando no colo de Amity.
—Pfff... Literalmente.—ela diz e me olha, então começando a brincar com o meu cabelo.
—Bora se comer?—pergunto.
—OI? PERA, QUE?—ela diz corando violentamente.
—Nada!—digo.

                    (Amity Blight-POV)

Estou pensando um pouco enquanto olho para Luz. A curiosidade veio, e de repente quero saber se os chifres da Luz são bem afiados. Encosto o dedo na ponta de um deles, e logo tiro, pois doeu, e vejo um pouco de sangue na ponta do meu dedo.
—Ai! Você tem duas facas de açougue na cabeça ou são chifres mesmo?—digo.
—As vezes eu ignoro a existência deles, mas juro pra ti que é natural!—Luz fala.

                   (Quebra de tempo)

Eu e Luz estamos conversando normalmente. Não sei como chegamos nesse ponto, mas estamos deitadas e ela está em cima de mim.
Luz me rouba um beijo, e coro.
—Ei, não vale!—digo.
—Vale sim!—ela retruca.
Faço o mesmo, e ela diz:
—Ok, agora não vale!—ela fala.
—Só porque você falou vale.—digo.
Ela encosta a cabeça em meu tórax, e levanto minha cabeça pois se não seus chifres iriam me machucar.
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Recados do autor:
É isso. Espero que tenham gostado, e até o próximo capítulo!