⁶ aromas que pintam lembranças e marcam presenças

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ㅤㅤO céu cinzento rugia do lado de fora da sala apertada, concordando com os sussurros entre os adultos vestido de preto que cercavam os únicos familiares dos recém-falecidos, e cochichavam sobre o quanto o tempo era propício para o enterro de um j...

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O céu cinzento rugia do lado de fora da sala apertada, concordando com os sussurros entre os adultos vestido de preto que cercavam os únicos familiares dos recém-falecidos, e cochichavam sobre o quanto o tempo era propício para o enterro de um jovem casal com um final trágico e infeliz.

Janice, cujos olhos estavam inchados e o nariz escorrendo sem parar, partia de grupo em grupo com o semblante um tanto desesperado. Ela não havia olhado para o sobrinho em nenhum momento desde que o vira no hospital, após constatar que estava inteiro, sem nenhum arranhão ou perigo de morte; antes de partir para tratar das questões burocráticas sobre o velório e enterro dos Kim.

Por algum motivo, todos pareciam olhar para a única criança presente naquele ambiente. Taehyung moveu o peso do corpo entre os pés. Era desconfortável ser o centro das atenções, talvez devesse ir ao banheiro, fingir estar com dor de barriga poderia ser uma boa ideia...

— Ele acabou de perder os pais e nem está chorando... que insensível.

Taehyung parou de andar no momento que um dos murmúrios no salão alcançou seus ouvidos.

— É claro que ele não está chorando... ele não é uma criança normal, ouvi dizer que é um Mago...

— Ah, eu também ouvi isso, ouvi que o tipo dele pode criar barreiras de proteção e mover as coisas com a mente... ele poderia ter criado uma para os pais, mas criou apenas para si mesmo...

Seu corpo inteiro congelou por alguns segundos, ao se dar conta do que as pessoas cochichavam naquele momento.

— Ele não tem nenhum arranhão enquanto os pais estão mortos. É realmente lamentável.

Era por isso que todos o encaravam e Janice aparentava estar tão arrasada? Todos rumorejavam como se Taehyung não estivesse presente, como se fosse surdo e não pudesse ouvi-los.

O desconforto em sua garganta se intensificou. Sua carne se expandiu travando suas cordas vocais, o ar passou com dificuldade por suas vias respiratórias. Taehyung levou a mão ao peito. Uma coceira incessante se espalhou por seu tórax, como se formigas cavassem formigueiros em seu coração. Uma pontada apunhalou sua cabeça ao passo em que suas vistas enturvaram.

— TAEHYUNG!!!

Taehyung ofegou, o peito subia e descia depressa, o corpo inteiro estava encharcado de suor. Ele piscou enquanto olhava ao redor, a mente buscando assimilar onde estava e o que apertava seus ombros.

Eram dedos. Dedos de Yoongi, cuja face pairava sobre a dele com um vinco entre as sobrancelhas.

— Você teve outro sonho ruim? — Yoongi indagou quando ele se sentou. Em seguida, entregou a ele a garrafa de água que havia deixado sobre a mesa de cabeceira na noite anterior.

ᴍᴏɴᴀᴄʜᴏᴘsɪs ᵏᵗʰOnde histórias criam vida. Descubra agora