Plataforma 7, Metrô 214, Banco 14
Era exatamente este metrô no qual eu ia para chegar à escola, diariamente. Até que certo dia, um cara aleatório começa a fazer parte da minha rotina. Cabelos roxos, olhos violetas e um olhar desistente com olheiras...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
act. 2 - 新しいサイクル (novos ciclos)
A primavera é tão linda. Ela não se compara com a beleza dos flocos de neve brilhantes no inverno ou com as ventanias do outono, mas as coisas parecem ficarem mais vivas nessa estação e tudo me parece mais incrível. O campus da U.A é rodeado de vários tipos diferentes de flores, e quando observo, percebo como essa escola é maravilhosa. A arquitetura daqui me fascina.
Um dos lírios permanece preservado no meu caderno de inglês desde aquele dia. Foi Hitoshi quem me presenteou, tenho certeza absoluta, e talvez esse seja o motivo pelo qual tento conservar ao máximo essa flor — pois de certa forma, isso nos liga —, e eu odeio o fato que ainda não consegui desgostar de Shi. É impressionante como ainda me dói a sua distância.
O sinal tocou, agora é início do horário de almoço. Temos uma hora livre para descanso. Bom, nos últimos dias, estou sempre com as meninas. Elas sempre combinam de fazer alguma coisa legal para passar o tempo, para mim, é maravilhoso termos esse momento juntas. Sinto que finalmente tenho amigas de verdade, o que me conforta, pois elas gostam de mim pelo o que sou, e não pelo o que eu tenho. Sou eternamente grata por ao menos alguma coisa na minha vida estar dando certo. Guardei o meu material e saí da sala, caminhando em direção para o nosso lugar no refeitório. Antes que eu pudesse chegar lá, escutei um grito me chamando de longe.
— Hazawishe, calma! — olhei para trás e avistei professor Mic correr em minha direção.
— Aconteceu alguma coisa, Sr. Mic? — não lembro de ter feito nada que pudesse me levar para a diretoria.
— O que anda aprontando, espertinha?!
— Bom, que eu me lembre, nada — cocei de leve minha mão esquerda.
— O Sr. Aizawa pediu para te avisar que ele a chamou pra sala dos professores depois de almoçar. É uma surpresa!
— Está certo, avise que estarei lá em poucos minutos — ele assentiu. Coloquei minha mão na boca e comecei a roer. Pouco tempo depois, eu já estava na mesa com meu prato de comida.
Comi tão rápido que as meninas pensaram que não me alimentei durante o dia. Surpresa? Aizawa não parece ser do tipo que dá presentes, ainda mais sem ocasião. Vindo dele, sempre espero algo maior. Será que minha mãe sabe disso, já que ela é amiga dele? Ah, droga. Levantei da mesa sem dar muitas explicações e corri para a sala dos professores.
Com delicadeza, dei batidas naquela grande porta. Nela, tem uma foto do diretor Nezu piscando e uma placa enorme escrita "sala dos professores". Acho que eu nunca entrei aqui — na realidade, os alunos com certeza devem ser proibidos de entrar aqui — e imagino como deve ser esse cômodo por dentro. Senti minha barriga encher de borboletas. A porta foi aberta e dei de cara com o símbolo da paz.
— Jovem Hawazishe, você chegou rápido! — All Might olhou para os lados e me puxou com cuidado para dentro da sala — Pode ir, a mesa de Aizawa é bem ali.
— Com licença, obrigada, All Might — dei passos tão leves até a mesa no meio da sala que senti minha perna cambalear. Não demorei muito para dar de cara com Shota. — Boa tarde, professor.
— Obrigada por vir. Olhe este documento e me diga o que vê de errado — ele me mostrou a tela do computador, nela, a minha ficha de inscrição está exposta.
"Nome: Naomi Hawazishe Fukukado
Idade: (16/08/2020) - 15 anos
Tipo sanguíneo: A+
Individualidade: Erasure e Eletrificação
Nome de Heroína: Ms. Pixie
Pontos fortes: apoio, lutas à distância
Pontos fracos: luta corpo-a-corpo e físico"
— Não consigo enxergar o que há de errado.
— Sua individualidade é muito boa, coincidência ou não, temos a mesma quirk. No entanto, está óbvio que as lutas corporais não são o seu forte — ele me encarou seriamente — No festival esportivo você ganhou por pura sorte. Mas não estou aqui para te menosprezar, e sim para falar que vejo potencial em você.
— Obrigada professor. Vou fazer mais treinamentos com lutas diretas — engoli o seco.
— Eu ainda não acabei — fiquei quieta. Eu não estou entendendo o motivo dessa conversa. — Como eu falava, eu vejo um grande potencial em você. É por isso que vou te ofertar um treinamento particular comigo. Como temos o mesmo poder, posso lhe ajudar a usá-lo da melhor forma possível. Fiz essa oferta apenas para você e outro aluno da 1C. O que me diz?
Paralisei, mas a minha mente diz euforicamente: Sim, mil vezes sim, você não é louca de desperdiçar essa oportunidade. Suspirei fundo, contendo toda minha empolgação.
— Claro, como isso vai funcionar?
— Vou te enviar um arquivo com todas as informações, não se preocupe. Caso seja necessário, falarei com Fukukado. Sinta-se lisonjeada, eu não faria essa oferta para outros alunos — assenti. Já entendi, Sr. Aizawa. Pode parar com o papo chato.
O sinal toca, avisando que meu horário de almoço chegou ao fim.
— Pense sobre a proposta, te mandarei o arquivo. Vá indo, não quero que se atrase pra aula de Cementoss.
— Está bem — me levantei e saí da sala discretamente. Não consigo acreditar que isso é real.
Não consegui me concentrar muito após no meu dia após isso. Essa é uma proposta tão extasiante que me dá frio na barriga só de imaginar como vai ser. Ser treinada pelo Eraser Head é uma das experiências mais úteis e legais que eu sequer poderia pensar algum dia. Vou evoluir com a minha luta direta e com o meu poder. Não serei a única, mas espero que esse tal aluno esteja tão animada quanto eu estou. É tudo tão empolgante que posso sentir meu estômago revirar de felicidade durante. Mal posso esperar.
Peguei o meu celular e liguei para minha mãe. Em pouco tempo, ela atendeu pouco tempo depois. "Alô?"
"Tenho uma novidade para te contar, mãe."
"Ótimo! Pode começar a dizer!"
"Fui selecionada pelo professor Aizawa para um treinamento particular em conjunto a outro aluno. Isso não é demais?"
Emi ficou em silêncio. Pensei que a ligação houvesse caído, mas quando verifiquei, ela ainda estava na linha. Talvez minha mãe esteja refletindo sobre.
"Filha, eu realmente fico muito feliz que você esteja tendo essa oportunidade. Confio no seu professor, ele é um bom amigo e fará um bom trabalho com você. Mamãe te ama, tenho que desligar."
"Obrigada, eu também amo você."
"Ah, e não querendo ser chata, porém mantenha-se sempre calma. Sabe lá o que esse treinamento trará de novidade para você."
"Tudo bem. Até mais."
"Até."
Desliguei a chamada e me certifiquei de voltar para o refeitório. Nunca me senti tão feliz como me sinto agora.
