act. I. primeiro contato por Naomi

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act

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act. 1 - これは始まりにすぎない

(isso é apenas o começo)

Um campo de lírios brancos. Isto é tudo o que vejo no momento. Consigo sentir o vento no meu rosto e um cheiro adocicado. Estou usando um vestido florido e meus cabelos estão presos em um rabo de cavalo. Daqui, eu consigo ver uma silhueta muito familiar.

"Em breve não significa algo tão breve. Talvez o em breve esteja mais próximo do que nunca, e odeio falar tantos 'talvez' em uma frase só. Eu sei que você também odeia incertezas. Mas se acalme, pequena. Vai passar, e o tempo vai compensar."

Bip-Bip, Bip-Bip...

Meu campo de lírios foi desfeito por um alarme que ecoou pelos meus ouvidos. Havia uma lágrima nos meus olhos que eu não faço ideia de onde veio. Ultimamente, eu sempre venho sonhando com essa silhueta, mas não faço ideia de quem seja. Talvez... chega de talvez.

Está se iniciando mais um dia. E não é chorando que vou começar com o pé direito.

06:47AM

Esse sonho me custou mais do que cinco minutos de sono. Eu estou MUITO atrasada. Corri e vesti o meu uniforme às pressas, por sorte, minha mãe me conhece o suficiente para deixar minha mochila e meu café pronto na noite anterior. Agora estou na plataforma, esperando minha grande limosine pública chegar. Prefiro chamar assim, eu me sinto menos humilhada por usar transporte público enquanto todos os meus amigos — que aliás, não sabem que eu pego trem — vão em suas lindas ferraris com os seus motoristas engomadinhos.

Acho que eu devo contar que ganhei uma bolsa de estudos e nunca saí do Japão. Contudo, o ano já está acabando, de toda maneira nunca mais vou precisar olhar na cara deles depois que me formar. Não suporto mentir, mas temos que dançar conforme a música. Eu claramente não teria amigos naquela escola se eu não mentisse sobre minha vida inteira.

Finalmente minha limosine pública chegou, posso ir para o meu banco de sempre. Considero aquele lugar uma conquista, pois passei meses arquitetando um lugar onde ninguém gosta de se sentar para ter ele só pra mim. Finalmente paz, tranquilidade e...

— Posso me sentar?

... silêncio. Quem é esse?

— Perdão, você falou comigo? — questionei.

— Está surda? Perguntei se posso me sentar.

Confusa, simplesmente o faço. Me afasto, permitindo que o garoto sente-se ao meu lado. Ele me parece um mix dos personagens do filme "Divertidamente" da Disney, sabe? Soa como uma mistura de medo com tristeza.

Ficamos em silêncio por pelo menos uns sete minutos. Eu estava lendo o meu livro, quando do nada, o menino me assustou com sua voz.

— Que livro é esse? — ele tombou a cabeça para o lado.

𝗟𝗔𝗦𝗧 𝗦𝗧𝗢𝗣 - Hitoshi ShinsouOnde histórias criam vida. Descubra agora