Pov Regiane.
Hoje seria a festa de despedida do elenco de vai na fé. Ultimamente eu não estava comparecendo a nenhuma dessas confraternizações e isso tinha um único motivo: Meu namorado Duda. Eu e ele havíamos nos separado há alguns dias atrás, devido os seus ciúmes em relação aos meus amigos da novela, mas em específico uma pessoa: Priscila Steinman. Ele dizia que a forma que a gente se tratava não era só como amigas, que ela me olhava diferente.
Eu não estava mais aguentando todo aquele piti dele e resolvi me separar, mas alguns dias depois ele veio com um discurso de que ia mudar, e que me amava, que não saberia viver sem mim, e blá blá blá. E então voltamos, mas até agora eu não vi mudança nenhuma em relação a isso, pois nesse momento ele está tentando me impedir de ir na festinha do elenco.
- Duda, eu já te disse que eu vou e você não vai me impedir, é o meu trabalho, é o nosso último dia todos juntos. Eu vou e ponto final, queira você, quer não. - Falei na frente do espelho enquanto me arrumava, o tema da festa seria anos 2000, e eu usava uma roupa da época.
- Nossa Regiane, eu achei que você me amava, aqueles seus amigos são todos falsos, e aquela Priscila então é a pior de todas, ela só quer aproveitar da sua fama. - Ele falou e eu revirei os olhos.
- Lave sua boca antes de falar assim dela e dos meus amigos, eles chegaram bem antes de você. - Eu falei trincando os dentes. - E se tem alguém aqui que quer se aproveitar da minha fama, esse alguém é você. - Apontei o dedo em sua direção. - Você está se revelando, né Duda? No começo sempre demonstrou ser um homem bonzinho, mas olha o que você está se tornando.
- Eu só não quero que você vá, só isso. - Ele falou.
- Eu fiz o que você pediu, me afastei mais deles, evitei ir às festinhas que tinham e você disse que iria mudar. Cadê essa mudança que eu não estou vendo? - Falei irônica.
- Você é ingênua Regiane, você não percebe o jeito que a sua "amiga" te olha. - Fez aspas com os dedos. - Eu nunca fui com a cara dela, sempre deu uma de santinha e de boa moça.
- CHEGA. - gritei e ele se assustou. - Eu não admito que você fale assim dela.
- Vai defender a amiguinha agora? Você prefere ela do que seu namorado? - Sim, prefiro. Respondi em pensamento.
-Olha Duda, eu estou cansada disso, não estou mais aguentando, eu te dei uma chance pensando que iria mudar, mas vejo que continua o mesmo. Então me faz um favor, pega suas coisas e some da minha vida e da minha casa. - Falei e ele arregalou os olhos. - Eu não estou mais te suportando, desapareça da minha frente.
- Amor, não precisa ficar assim. - Ele disse se aproximando de mim.
- Não me chama de amor. - Falei sem paciência e me afastei dele.
- Desculpa, Regiane, eu prometo que vou mudar, não me deixa não. - Que cara cínico.
- Ah vai mudar? - Perguntei debochada e ele concordou. - Eu não te quero mais, eu cansei de você sempre me privando de viver a minha vida. Até da minha família você me afastou. Acabou, Duda. - Olhei em seus olhos com raiva. - Saia da minha casa agora, e por favor não me procure mais, se me der licença eu preciso terminar de me arrumar, pois tenho uma festa para ir. - Pisquei em sua direção e ele me olhou com fúria, saindo rapidamente do quarto e voltando com uma pequena mala. Ele pegou as poucas roupas que tinha ali no meu armário e jogou tudo dentro da mala.
- Depois você vai implorar para eu voltar, Regiane. - Falou e eu dei risada.
- Quem foi que implorou da última vez? - Perguntei debochada. - Pode esperar que eu vou pedir para você voltar, viu? - Falei com ironia e mandei um beijo no ar. - Tchauzinho, pode deixar a chave da casa aí. - Duda saiu e eu suspirei aliviada. Já estava na hora de tomar uma atitude. Logo vejo a imagem dele aparecer de novo na porta do quarto.
