Capítulo 2

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                     𝗔𝗱𝗿𝗶𝗲𝗻 𝗟𝗮𝘂𝗿𝗲𝗻𝘁

𝐉𝐚𝐧𝐞𝐢𝐫𝐨.
𝐇𝐚𝐯𝐚𝐢̄.

- Como se sente levando o prêmio pelo terceiro ano consecutivo Adrien? - Escuto o reporter perguntar entusiasmado enquanto eu passo a mão no meu cabelo molhado, tentando ficar um pouco mais apresentável para as câmeras, sentindo a água do mar ainda escorrer pelo meu corpo. - Não tem pena dos seus adversários?

- Estou feliz, o prêmio é uma forma de me incentivar a continuar indo bem. E sobre os adversários... - Dou de ombros, deixando um sorriso se formar em meus lábios. - Não consigo deixar de ser o melhor. - Brinco, piscando para camêra.

Dou um tchau para o reporter e começo a caminhar em direção ao carro com o Benício e o Lucca, meus seguranças, me acompanhando. Passo pela a areia da praia lotada de gente, vendo uns comemorando com bebida nas mãos, outros não muito felizes e a grande maioria me acompanhando até o carro, gritando meu nome. Talvez a bebida os deixem mais empolgados, ou talvez seja as apostas que ganharam com a minha vitória.

Estou a anos surfando, fazendo o que amo, e felizmente sendo mais que bem sucedido nisso.

Talvez meu pai se arrependa de ter me ensinado a surfar, mas serei eternamente grato a ele. Apesar da empresa da familia ser minha por direito, por ser filho único, eu não tenho interesse nela, o que deixa o seu Dominique decepcionado.
Gosto do que faço, dos torneios de surf, das viagens, do mar... E de repassar meus conhecimentos e experiencia através do ensino com as crianças, quando sou voluntário em algum projeto, ou nos projetos que eu mesmo organizo. Sou apaixonado até pelos outros esportes que me arrisco a praticar. Gosto da adrenalina. Não nasci para comandar uma empresa, para passar horas de terno como os meus dois melhores amigos. Não nasci para ser de um lugar só. O mundo tem lugares lindos demais para me limitar só a um.

- Para aonde agora, campeão? - Galdino, meu motorista, pergunta.

- Hotel, 𝘱𝘰𝘳 𝘧𝘢𝘷𝘰𝘳. - Fecho meus olhos ao deitar a cabeça no estofado do banco. O calor do sol as vezes pode dar uma dor de cabeça do caralho. Até para mim, que estou acostumado.

- Nenhum pós festa hoje? - Lucca, meu segurança mais novo pergunta, desconfiado porque não sou de negar uma boa comemoração. - As fãs vão ficar tristes...

Ele arranca um sorriso meu.

𝘍𝘢̃𝘴...

Não acho que tenho fãs.
Pelo menos não daria esse nome.

Sou muito conhecido no mundo dos esportes, principalmente claro, no surf. Represento a França em diversos torneios, competições e até olimpíada.
E principalmente na França sou conhecido por isso. Apesar de não ser ativo diariamente nas redes sociais meu instagram conta com mais de cinco milhões de seguidores, o que ajuda a fechar parceria com marcas. E também ajuda na visibilidade dos meus projetos.

Mas pensando melhor, já esbarrei com muitas mulheres e até homens meio enlouquecidos por me verem pessoalmente. Algumas até bem invasivas. E na maioria das vezes também são muito atraentes...

Digamos que não tenho fãs, eu diria que são 𝘢𝘥𝘮𝘪𝘳𝘢𝘥𝘰𝘳𝘦𝘴 do meu trabalho.

- O pós festa vai ser só depois de um bom banho e um comprimido para dor de cabeça. - Falo, ainda com os olhos fechados.

- Vamos passar na farmácia então. - Escuto Galdino dizer.

                               ☀︎︎

- É claro que não. - Eu nego. - Eles realmente se gostam. Eu vi o filho da puta conquistar ela. - falo olhando um casal de conhecidos nossos dançando juntos na pista. - Ele nunca valeu nada, mas gosta da mulher.

Meu Aventureiro Imprudente Onde histórias criam vida. Descubra agora