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eai minhas luas, nem deu pra sentir minha falta porque vim mais rápido do que imaginei

bom, essa foi literalmente a minha primeira fic e ela tava guardada aqui no meu bloco de notas (era pra ser camren). Restaurei ela e tô reescrevendo.

Ela é totalmente clichê e bem gostosinha, eu pelo menos acho isso

acho que é isso, se tiver mais alguma coisa pra falar depois eu lembro e falo

enjoy

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NARRADOR POV

Às 6:00 da manhã o despertador de Juliette tocava de forma incessante debaixo do seu travesseiro, indicando que já era hora de despertar. O aparelho foi desligado e depois de alguns minutos tentando fazer sua alma voltar pro corpo, a morena levantou e foi até a janela, abrindo uma frecha e tendo a vista de boa parte da comunidade. Favela da Maré. Morava em uma rua de frente pra comunidade e já conseguia vê que as ruas já estavam bem movimentada e o sol começava a nascer. Aquele povo nunca dormia.

Foi pro banheiro já pensando no quão cansativo seu dia seria. Depois de tomar um banho e fazer suas higiene, colocou uma roupa fresca e pegou sua mochila, já saindo do quarto e indo até a cozinha. 

:- Bom dia filha! Leva sua irmã na escola pra mim? Tenho que ajudar sua mãe hoje - A mulher que beirava aos 40 anos, tinha cabelos curtos num tom meio castanho e uma aparência amorosa. Ela ia andando de um lado pro outro na cozinha organizando algumas coisas, enquanto esperava uma resposta da garota.

:- Posso sim! Inclusive depois da faculdade eu vou lá render vocês - pegando uma xícara de café no armário e enchendo a mesma com o líquido quente, a morena começou a tomar seu café com calma.

Juliette era filha de um casal de duas mulheres, Paola e Alessandra, e tinha sido gerada por sua mãe Paola, enquanto sua irmã Maria Luiza, tinha sido adotada aos 3 anos. Pra Juliette sempre tinha sido normal ter duas mães. Não sabia se por costume e por ter crescido naquela família com todo amor e carinho ou se por sua orientação sexual. A morena era lésbica assumida, e era desde os seus 12 anos, quando beijou a primeira garota.

Tinha quem dissesse que ela só era lésbica por influência das duas mulheres que ela chamava de mãe, mas pra ela aquilo não passava de uma ignorância absurda, já que se fosse seguir por essa lógica, casal hétero sexuais, não teriam filhos gays. Ela apenas apreciava a anatomia feminina desde muito cedo e graças a Deus por isso.

Se perdeu no tempo conversando com a mãe e olhou no relógio, vendo que já passava do seu horário. Levantou rápido, lavando o que tinha sujado e colocou a mochila nas costas.

:- Malu, vamos! Não posso chegar atrasada de novo - grita já da porta de casa e a pequena menininha, que agora tinha 7 anos, aparece correndo com a mochila nas costas. Elas saem de casa depois de deixar um beijo na bochecha de Alessandra

:- Até mais mãe, amo você - antes de fechar de fato o portão, a mulher mais velha grita de longe "se cuida e toma cuidado".

Segurando a mão da irmã, as duas subiram a ladeira até a escola pública que ficava no início da rua da entra da favela. No caminho, Juliette cumprimentava algumas pessoas, que há essa hora já estavam se preparando pra mais um dia de trabalho e deixou a irmã na escola, se despedindo com um beijo em sua testa.

Olhando mais uma vez celular, já eram 7:00 e ela tinha que chegar às 8:00 no fundão. Praticamente impossível, já que o caminho que o ônibus fazia levava mais que isso de tempo. Isso contando com o trânsito bom. Xingando todos os seu antepassados por fazer ela passar por aquela humilhação, correu até o ponto de ônibus, e viu que o que ela precisava pegar estava estacionado e já estava dando partida. Acelerou os passos e correu mais rápido, passando por mais uma humilhação, bateu na lateral do veículo e o moço parou. A morena subiu recuperando o fôlego e agradeceu ao motorista, sorrindo quando viu que era um conhecido.

Boemia cariocaOnde histórias criam vida. Descubra agora