Boemia carioca

IV

oi minhas luas, voltei com mais um capítulo 

queria perguntar como esta pra vocês povs intercalados? 

porque eu tô acostumada a escrever o capítulo todo num ponto de vista de uma só ou do narrador, então queria saber ai pra vocês 

bom, acho que não tenho mais nada pra falar

aproveitem e boa leitura

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JULIETTE POV

Maria Luiza havia entrado correndo no quarto, o que fez eu despertar cedo no dia seguinte. Paola a acompanhava e se desculpava com o olhar pelo barulho que a pequena fazia. Como não conseguiria dormir mais, fiz minha higiene, tomei um banho e coloquei uma roupa fresca, já que o Sábado estava quente. Sai do quarto e encontrei Alessandra sentada na mesa tomando café.

:- Bom dia mãe - deixei um beijo em sua bochecha antes de me sentar na pequena mesa e me servir com um pouco de café - Qual foi o motivo da gritaria da Malu num sábado de manhã? - a encarei curiosa, enquanto passava um pouco de manteiga em um pedaço de torrada

:- A Gabi chamou ela pra tomar banho de piscina - explicou e eu assenti. Gabriela era uma vizinha nossa, que tinha a mesma idade da minha irmã e que estudava junto na mesma escola. Não era estranho vê Maria Luiza na casa dela e vice versa. Pelo menos 1 sábado no mês, minhas mães e a mãe da garotinha, que era mãe solteira, faziam a noite do pijama. Era uma tremendo bagunça, com muita besteira pra comer e filmes da Disney pra assistir. Confesso que participava sempre que podia

Continuei tomando café com Alessandra, quando Paola e Malu se juntaram a nós depois de um tempo. Mas elas não ficaram muito, já que logo minha mãe saiu pra deixar ela na casa da outra garotinha.

:- Tem algum plano pra hoje filha? Queria ajuda com os salgados - Alessandra me olhou enquanto tirava a mesa do café e eu lavava a louça que havia sujado

:- Sabe que eu adoro ajudar a senhora mãe - ela sorriu, porque sabia que era verdade. Além do hortifrúti, aos finais de semana vendíamos salgadinhos em centos já fritos. Minha mãe Alessandra que preparava tudo, desde as massas até os recheios. E era isso que era o diferencial, já que de algum jeito os salgados ficavam crocantes, sequinhos e muito gostosos. Alguns que acabavam sobrando, eu levava pra faculdade e vendia lá também.

Então depois de deixar a mesa arrumada e já com todos os ingredientes que precisaríamos, ela começou a fazer a massa. Enquanto isso eu fazia os recheios de frango, carne seca e queijo. Nesse meio tempo, Paola chegou e começou a ajudar também

:- Como foi ontem lá filha? Beijou na boca? - a massa já estava toda feita e esticada na mesa, enquanto as duas faziam os formatos que os salgados teriam. Os mais escolhidos eram coxinha, quibe, bolinha de queijo e pastelzinho de carne seca. Olhei de soslaio pra Paola e automaticamente minha mente foi para noite anterior, especificamente para a garota do cabelo platinado. Eu não queria voltar a pensar nisso, mas foi inevitável - Pelo visto sim - Ela riu e a acompanhei rindo fraco

:- Beijei uma menina sim, mas não foi nada demais - dei de ombros como se não tivesse sido nada importante e continuei mexendo e temperando as massas que seriam recheadas. Se pra Sarah não tinha sido nada demais, como ela demonstrou claramente pra mim, eu faria não ser pra mim também

:- Não foi bom? - Alessandra perguntou me olhando com a sobrancelha arqueada, claramente desconfiada. Eu era uma daquelas meninas que tinham as mães como melhores amigas, então quando acontecia alguma coisa relacionado a minha vida, eu não poupava detalhes.

:- Foi! Na verdade foi muito bom - suspirei assim que terminei de falar, as lembranças do beijo bombardearam a minha mente. Eu nunca tinha dado um beijo tão gostoso na minha vida - Mas foi estranho, não entendi nada. A menina simplesmente saiu e depois nem olhou na minha cara - eu não queria admitir o tamanho da minha frustração, mas a cada vez que lembrava de Sarah me ignorando por completo, eu me sentia mal.