Pov Celeste
Acordo assustada, mas fico feliz com a primeira pessoa que vejo seja Tom… Acabou.
Eu acho até engraçado que por mais que eu queira sair do inferno, o inferno me persegue. Há um poeta russo, que eu li a muito tempo
“Queima o sangue um fogo de desejo
Dê desejo a alma ferida
Dá-me os teus lábios, o teu beijo é meu vinho e minha ira
Faz com que eu durma sereno até que sopre um dia alegre “Ele me discreve agora. Meu sangue parece que está queimando de tanto ódio que sinto por Alesso, minha alma está ferida e mesmo sem conseguir me aproximar de Tom, pois me dá nojo dele saber o que aconteceu comigo, quero beijar e dormir com ele, porque sei que só com ele consigo dormir em paz.
- Meu amor, por favor, me deixe te tocar - Tom tenta novamente segurar minha mão, mas eu a escondo.
Nem consigo olhar em seus olhos.
Um médico entra na sala, mas eu nem presto atenção, só olho para o teto, deixando lágrimas caírem.
- Senhorita Riddle - o médico me chama, mas não olho para ele - Sinto muito, mas a senhorita sofreu um aborto -
Fecho mais forte os meus olhos e mais lágrimas caem
- Ela estava grávida? - Tom perguntou em desespero e eu me encolho toca
Eu não sabia… Eu não sabia
- Celeste, você sabia? - não consigo responder, então só nego com a cabeça deixando as lágrimas descerem mais rapidamente.
Vejo meu mundo despedaçar ainda mais. Aquele monstro não só me destruiu, mas também destruiu o meu filho.
Dentro de mim, estou gritando, surtando com isso, mas por fora, eu estou imovel, sem conseguir respirar direito.
Viro a cabeça e vejo Tom no chão. O médico já foi embora, nos deixando sozinhos.
- Meu amor, por favor, fale comigo - eu diz ainda no chão - Eu sinto muito ter nos tirado da cama hoje, eu sinto muito, eu sinto muito - vejo lágrimas em seu rosto, mas eu não consigo me mover, todo meu corpo dói.
Não sei quanto tempo ele ficou pedindo desculpa, mas sei que a cada desculpa, eu chorava mais. A culpa não foi dele. Eu fui fraca, eu não consegui me proteger. Eu não fui forte o bastante.
- Nós íamos ter um filho - ele sussurra e meu coração se aperta.
Vejo ele tocando no seu colar e eu sinto uma vibração boa, a mesma vibração que tive quando arranquei a orelha de Alesso… Foi ele. Ele está me dando magia, energia para eu conseguir seguir… Eu o amo… Mas agora, eu não o mereço.
O médico novamente entra no quarto e diz que estou bem, posso ir para casa.
Tom estala os dedos e eu estou com vestido leve, mas longo preto.
Tento o agradecer, mas não consigo, só fico calada.
Ele segura a minha mão e eu fico parada, enquanto tento ficar sentada.
- Eu não vou te machucar, sou eu - ele diz segurando o meu rosto - Quero que olhe para mim e vejo que eu não sou o merda do Alesso, sou Tom, seu marido e nunca te machucaria, Deixe eu te tocar, juro que não vou além disso - concordo com a cabeça olhando para seus olhos verdes que me hipnotizam.
Tom me pega no colo estilo noiva e eu fico tensa, continuo olhando para seu rosto e é mesmo Tom. Ele está se controlando para não mostrar preocupação ou raiva, mas está.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Prisioneira do inferno - Tom Riddle -
Teen Fiction5113 dias. 5113 dias de tortura. 5113 dias de tortura por pessoas que não conheço e se conheço,eu tenho uma suspeita de quem são... Acho que são meus pais. Sempre pensei que cada pessoa que nascesse, tinha uma missão de vida. Eu nunca entendi a mi...