Abro meus olhos que estão muito pesados, a claridade não me ajuda já que fico com meus olhando saindo lágrimas ao abrir, fecho um pouco mais com força e tento abrir mais uma vez, e aos poucos vou me acostumando, tento reconhecer onde estou?
O que faço aqui?
Que lugar esse? Fico me perguntando quando e começo a olhar para tentar me lembrar, começo a ficar desesperada pois vejo só camas vazias ao meu redor. A maquina que está do meu lado começa a fazer um barulho estranho me assustando, o som chegar a doer a minha cabeça...
Tento sair da cama mais a minha cabeça começa a doer com esse barulho irritante, o meu corpo estar todo dolorido, vejo uma mulher entrar e vai mexendo na máquina para fazer o barulho parar...
— Preciso que você fique calma, ou vai acabar se machucando... Tente respira devagar, e deite novamente, ou terá uma dor de cabeça forte, muito forte._ ela diz tentando me acalmar, mas o medo começar a tomar conta de mim...
Só agora vejo que meu braço estar enfaixado, e no outro estar um soro. O que aconteceu? E por que estou aqui ?
—Onde eu estou? Como vim parar aqui? Eu quero ir embora!_ falo já ficando irritada, tentando sair daquela cama, o desespero começa a tomar conta de mim.
— Calma, eu vou responder mais primeiro preciso que você tente se acalmar. _ ela diz tentando me acalmar, mais estou com medo.
— Eu só quero sair daqui!_ falo já ficando zonza, olho para o lado e vejo a outra mulher colocando algo no meu soro, eu não consigo falar mais nada apenas me deixo levar pelo cansaço, e volto a dormir...
Acordei me sentindo muito fraca, minha boca estar seca, ouço umas vozes, olho ao meu redor e o quarto estar vazio...
Acordo sentindo o cheiro forte...
Abro meus olhos aos poucos, sinto a minha garganta seca, começo olhar ao meu redor, agora estou lembrando eu estou no hospital, olho meu braço e estar enfaixado, estou sentindo um pouco desconforto mexo mais dói ainda mais, olho para outro braço ainda estou no sono.
Como eu vim parar aqui?
Fecho meus olhos te mando lembrar, mais não vem nada, abro meus olhos e a mesma mulher que tinha visto quando acordei vem falar comigo.
— Como você estar se sentindo?_ ela me pergunta e tento falar.
— Eu ainda estou com dor, e minha garganta estar seca._ falo .
— É normal, você já estar aqui ah três dias, eu vou pegar um copo de água, tente não se mexer._ ela diz eu fico assustada, como assim eu estou a três dias? Ela volta com um copo e um canudo, ela me ajuda a beber, parece até que estava no deserto chego a ficar com uma irritação na garganta.
— Tome em pouco goles, assim vai hidratar a sua garganta._ eu apenas aceno e vou tentando me acalmar. Depois que terminei de tomar água a perguntei.
— Como eu vim parar aqui?
— Você sofreu um acidente, fraturou um braço, e teve alguns arranhões. Você se sente melhor para eu poder te examinar direito?_ ela me pergunta e eu apenas aceno.
Como assim acidente?
Fecho meus olhos e logo minha cabeça dói, consigo me lembrar do acidente, eu estava correndo e só lembro da pancada...
Respondo todos os questionários que ela fez e por último ela me pediu meu documento.
Como assim? Eu não tenho.
Expliquei a ela que não tinha, ela pediu o meu nome, e falei. Ela disse que o homem que me socorreu estava muito preocupado e pediu para avisar quando eu acordasse.
Eu estranhei, não precisava ele se preocupar! Ou será que ele conhece os meus falsos pais?
Não, tomara que não! Ou a minha fulga não deu muito certo. Fico até com medo.
Ela disse que logo viria meu lanche, já que logo eu iria jantar para começar a tomar medicação em via oral.
O meu lanche chega, a mesma enfermeira me ajuda a comer, o nome dela Julia, chego até estranhar com tanta atenção que estou recebendo aqui. Eu nunca tive uma atenção assim, depois que lanchei ela me pediu para descansar devido a medicação que estou tomando para aliviar a dores que estou sentindo.
Fico pensando em como eu vou me virar quando sair do hospital, eu preciso pensar em algo, de como vou fazer?
Eu preciso sair dessa cidade, o quanto eu estiver o mais longe será o melhor, assim meus falsos pais não me encontram. E com esse pensamento que acabo adormecendo...
Acordo ouvindo algumas vozes, tento abrir os meus olhos ainda sonolentos para ver de quem é essa voz... Quando eu consigo focar vejo um casal conversando com a Júlia. Eles logo vêem que eu estou acordada e vem para perto de mim.
— Como você se sente?_ a moça me pergunta e os olhos delas estão vermelhos parece ter chorado.
— Estou melhor._ falo com um pouco de dificuldade.
— Você nos deu um susto! Que bom que estar se recuperando._ o homem diz, ele parece com alguém, e eu sorrio sem graça, a mulher chega mais perto de mim e faz um carinho em meus cabelos, chego a fechar meus olhos para apreciar, sinto uma sensação de paz quando ela faz isso...
— Ficamos sabendo que o seu nome é Melissa! Muito prazer, meu nome é Erica e esse é meu esposo Noah._ ela diz e apenas dou um sorriso.
— Quero pedir desculpas, pelo acidente, eu não conseguir parar o carro a tempo, e acabei machucando você, me desculpa... _ ele diz com olhos triste e vermelho, sinto a verdade quando ele diz.
— Não precisa pedir nada, eu consegui lembrar, eu que estava correndo e não olhei em direção da pista e acabei provocando um acidente.._ confesso para eles tirarem o peso, não quero que ninguém se sintam culpados por eu ter errado, causando um acidente, eles também poderiam se machucar por minha culpa.
— Você pode nos contar o por que você estava correndo? Não conseguimos entender direito._ ele pergunta com olhar preocupado.
—E que sou nova por aqui, e quando sair do ônibus eu vi que estava sendo seguida, fiquei com medo e acabei correndo, eu tinha intenção de atravessar a pista e entrar na padaria, mais infelizmente não deu tempo, eu fiquei muito desesperada acabei não olhando para pista e causei o acidente me desculpa...
— Meu deus que perigo! Não precisa se desculpar, você apenas tentou fugir. _ a senhora Erica fala assustada.
— Eu não tinha visto, você consegue se lembrar do rosto? Podemos chamar a polícia e prender o rapaz que estava perseguindo você? _ ele me pergunta preocupado.
— Não, infelizmente eu só olhei de lado e foi rápido, como eu fiquei com muito medo acabei correndo. Me desculpem eu não queria causar problemas para você, eu só queria fugir dele, tentar ficar em paz.
— Não se preocupe querida, você não causou nada. Agora precisamos entrar em contato com seus pais, para avisar sobre o seu paradeiro. Como você ficou desacordada não vimos nenhum documento, ou celular, não conseguimos falar com ninguém sobre o seu acidente._ senhora Erica fala com tom de preocupação. Se ela soubesse que não tenho ninguém, não pensaria assim.
— Eu não tenho pais._ falo e eles se entre olham, e volta sua atenção para mim. Com rosto confuso pela minha confissão.
— Como assim, Melissa? Como você viveu até hoje? Não me diga que você fugiu de algum abrigo? _ fico olhando para eles para ver se posso confiar, e acabo contando sobre o que sei.
— Eu descobrir alguns dias atrás que eu não sou filha dos meus pais que estavam me criando._ falo e sinto até um alívio em poder falar para alguém.
— Ah, no caso eles adotaram você?_ senhora Erica me pergunta, antes fosse.
— Não, desde que me lembro eu sempre fui criada por eles, alguns anos atrás cheguei a perguntar a minha falsa mãe, e ela tinha afirmado que eu era filha dela. Mais com passar dos anos eu fui desconfiando, eu não sei como foi, mas sempre senti que tinha algo errado. Eles me trataram muito diferente dos próprios filhos, eles tinham coisas que eu nunca tive em minha vida inteira, desde um carinho, e até mesmo ir a escola._ falo com pesar ao lembrar da minha falsa mãe falando que não valeria apena eu ir a um escola.
— Eles faziam diferença?_ senhor Noah me pergunta.
—Sim. Eu nunca fui a uma escola, nunca saí da casa deles, até quando eu ficava doente eu me cuidava de casa. Eu não tinha quarto só para mim, eu dormia no canto no chão. Nem carinho eu recebia, só vivia em torno das obrigações da casa...._ confesso com a voz rouca pelo choro que estar querendo sair, por lembrar desses episódios da minha vida....
— Como pode alguém judiar tanto assim de uma menina?_ senhora Erica parece não acreditar no que acabo de falar.
— Infelizmente tem muitas pessoas ruim nesse mundo, querida, pessoas sem escrúpulos que são capaz de fazer qualquer coisa para fazer o mal..._ senhor Noah diz, parece até conhecer meus pais falsos.
— Por isso eu planejei a dias sair daquela fazenda, estava com medo de que eles pudessem se livrar de mim, como a minha falsa mãe sugeriu ao marido dela. Por sorte ele não concordou.
— Agora eu fiquei curiosa para saber o por que eles te manteve tanto tempo em cárcere privado? Parece querer esconder você de alguém!_ senhora Erica pergunta.
— Eu não sei, só ouvi ele dizendo que o teria que esperar o chefe mandar. Eles não disseram o nome. Mas parecia alguém importante, já que nunca me fizeram mal até sair da fazenda. _ confesso.
— Não se preocupe, você agora está segura, iremos cuidar de você._ senhor Noah diz.
— Eu não quero incomodar vocês, já estão fazendo muito por mim aqui, não quero ser um peso para vocês. _ falo sem graça.
— Não se preocupe querida, você não vai incomodar, será um prazer cuidar de você. Só temos um probleminha._ senhora Erica fala.
—Qual?_ pergunto curiosa.
—Nos não moramos nessa cidade, estamos voltando para nossa cidade, será que você se importa de ir embora daqui? Mas caso queria ficar iremos entender mais não vamos deixar você aqui sozinha. _ela me pergunta.
— Quanto mais longe eu estiver será melhor, assim eles não me encontram. Se vocês não se importarem eu quero ir com vocês!_ confesso aliviada.
— Então, pode ficar tranquila, agora vou falar com médico para ver a sua alta._ senhor Noah sai me deixando sozinha com a senhora Érica.
— Prometo que cuidaremos de você, não precisa ter medo._ ela diz me deixando tranquila.
— Eu fico mais aliviada, tenho medo que eles me encontre e façam mal a mim. Ou prejudiquem vocês.
— Eu posso imaginar, mas não se preocupe tanto eu como Noah vamos cuidar bem de você, e nada e nem ninguém vai machucar você.
— Não sei nem como agradecer tudo que vocês estão fazendo por mim.
— Só em ver seus olhos brilhando, já é o bastante.
— Eu posso fazer uma pergunta?
— Sim, quantas quiser!
— Vocês tem filhos?_ pergunto receosa.
— Sim, temos o Nicolas Benjamin de 5 anos!
— Ele deve ser bem feliz por terem pais como vocês!
— Acredito que sim, e logo você também fará parte dessa alegria!_ ela diz me fazendo abrir um sorriso...
Só peço a Deus que agora eu consiga viver, ter um pouco de paz e quem sabe estudar, eu sei o básico quero aprender mais e quem sabe descobrir quem são os meus verdadeiros pais.
Só não sei por onde começa, mas não posso ficar parada, agora vem a imagem da tv, será? Assim que eu tiver melhor vou falar com senhora Erica e seu esposo. Fico até feliz em ver alegria nos olhos deles só por cuidarem de mim.
Como seria se eu tivesse com meus verdadeiros pais?
Será que seria feliz?
Ou a minha vida seria um inferno, como era na fazenda?
Fico até com medo de descobrir sobre o meu passado.
Mais você tem que ser forte Melissa, só assim você conseguirá seguir em frente, primeiro tem que desvendar quem são e depois segui em frente quem sabe só assim poderia refazer a minha vida!
Quem diria Melissa, você com apenas 15 anos, e ter que passar por tudo isso!
Nessa idade eu só precisaria estar pensando em estudar, e ver o que iria fazer da minha vida, e não aqui na cama de um hospital, me recuperando do acidente depois de fugir de casa....
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O Acaso Melissa Degustação (Disponível Na Amazon)
RomanceNem sempre soube quem eu era! Na minha antiga casa os que diziam ser meus pais, sempre me trataram com desprezo, ódio e muitas vezes agressões. Não entendia o por que estava passando por isso? Esse ódio gratuito que eles tem por mim, não sabia o qu...