Herança de Sangue

Férias do segundo ano

Heeey bom fim de semana amores

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Apesar das manipulações do velho para fazer seus planos voltarem a dar certo e o menino de ouro voltar a ser um cordeiro obediente nada foi como ele queria. Logo o ano letivo estava acabando.

O grupo de amigos Slytherin estava cada vez mais concentrado nos testes. Sempre aplicados e conseguindo as maiores notas, para desespero de uma Leoa de ar altivo.

O único evento mais interessante a ser registrado nas rodas de fofocas da escola é a separação da amizade entre Potter e Weasley, o ruivo ainda zangado pela postura neutra do amigo por não provocar os sonserinos a cada oportunidade. Weasley também sofreu com a punição dos irmãos mais velhos. Por causa de sua fofoca e das ações das mulheres da casa, sua família sofreu mais sanções públicas e nenhum deles estava feliz.

William seu irmão mais velho e Lorde da casa, para não prejudicar ainda mais a imagem deles retirou sua irmã da escola. Mesmo com os protestos da menina e sua mãe. Nenhuma delas estava feliz com sua atitude, mas após uma dura ameaça de expurgo ficaram quietas. Seu pai parecia resignado, mesmo querendo ser contra sabia que seu filho mais velho estava certo.

O diretor, que já estava fumegando com a audácia do jovem Lorde, depois de retirar a menina da escola ele quase explodiu o escritório. Ele já não sabia o que fazer. O menino não estava agindo como ele queria, seus peões não estavam mais sobre seu controle e o que mais irritava era não saber o que Tom estava tramando.

Os alunos já estavam com os malões prontos e aliviados com o final dos testes, principalmente os que fariam OWN'S e NEWT'S. O jantar de despedida aconteceria logo mais a noite. Todos estavam eufóricos, menos, é claro, o diretor e a casa vermelha.

O velho parecia ter engolido um limão particularmente azedo quando sentou na mesa principal do grande salão. Só a decoração verde estava lhe deixando possesso. Quando o jantar terminou, ele se levantou.

— Mais um ano se passou em Hogwarts, um ano maravilhoso e desafiador para os jovens formandos. — Respirou fundo. — Uma salva de palmas para Slytherin, a casa campeã da copa das casas. — Dizer aquilo com o rosto calmo lhe rendeu uma mordida interna na bochecha.

Na mesma mesa Marvolo observava tudo com um sorriso comedido, mas seus olhos brilhavam em pura malicia diante a situação. Diferente do velho, seus planos estavam bem encaminhados e durante as férias os colocaria em prática mais uma vez. Ele contava os dias para se encontrar com o conselho e anunciar as novas aulas.

No dia seguinte os alunos partiram logo após o café da manhã. Um alvoroço da parte de alguns retardatários ocorreu como de costume, algo duramente criticado por alguns monitores.

— O primeiro a entrar no trem reserva uma cabine para todos. — Hardwin disse aos amigos. Nos últimos meses de aula eles assumiram uma postura de matilha, ainda mais com a adição de Luna, sua protegida. A corvina encontrada presa em uma sala abandonada rapidamente se encaixou no grupo.

Ele seguia atrás do grupo olhando para qualquer ameaça, Louise estava no meio por ser a terceira melhor duelista e Corvus na frente abrindo caminho. Tal comportamento se devia principalmente para cuidar de Luna, mas também para afastar qualquer um que ousar os confrontar. Algo muito comum quando se tem o sobrenome Black ou Grindelwald.

Outra amizade inesperada e ascendente era a dos leões Potter e Longbottom. O menino de ouro estava tomando uma postura mais neutra e quieta. Ele estava farto do comportamento de Rony e Hermione, fez da reprimenda que o ruivo estava tomando da própria família pretexto para se afastar. Rich não lutava mais para aprender os assuntos, exceto poções, então não via motivo para ficar aguentando os sermões e manias altivas de Granger.

Na verdade, ele não entendia sua necessidade de ser a melhor, estava claro que não iria conseguir e fazer birra ou acusar falsamente se provou ser complemente estúpido. Além de lhe render detenções, algo que ela logo aprendeu quando bateu de frente com Corvus Gaunt.

— Ainda não acredito que ela tentou te prejudicar com algo tão bobo. — Póllux ria ao lembrar da feição da leoa quando foi pega mentindo descaradamente por seu próprio chefe de casa.

— Melhor foi o velho tentando fazer desse caso patético uma oportunidade para interrogar Corvus sozinho. — Louise comentou com um sorriso ladino.

— Ele está desesperado e suas ações só deixam tudo mais evidente. — Corvus disse com um sorriso ladino. A cabine deles já estava trancada e ampliada para ter espaço suficiente.

No decorrer da viagem eles conversam e comentavam sobre seus planos para férias. Para qual país iriam viajar e até mesmo comentavam sobre a matéria eletiva que escolheriam. Era um acordo tácito que ninguém iria escolher adivinhação. Além de quase inútil para quem não tem o dom, a matéria se tornava ainda mais descartável por causa da professora.

Felizmente dessa vez ao chegar na estação não houve o show de James Potter. O mesmo estava ao lado de uma assistente do ministério com finalidade de assistir uma breve reunião dele com o filho. Sirius como atual guardião do menino teria que estar por perto, mas manteve uma distancia adequada de privacidade dos três.

— Senti saudade meu filho. Estão lhe tratando bem? Sni... Snape ainda pega no seu pé? Black....

— Pai! Eu acabei de sair do trem. — Cortou a fala do mais velho. — Sim, estou bem, mas obviamente ainda não vi meu padrinho e sim eles me trataram bem. — James estranhou o tom do filho. — O senhor já falou com Hanna?

Rich mudou, havia notado como suas atitudes lhe prejudicavam e como seus pais só pioravam isso. As lições corretivas e o corte de privilégios do padrinho o ajudaram a ver que estava errado. Sua nova amizade com Neville também lhe abriu os olhos. O menino de certa forma tinha ciúmes da relação do amigo com o irmão mais novo e finalmente entendeu o quão errado foi a atitude dos pais ao abandonarem seu irmão agora morto. Ele jurou a si mesmo que iria melhorar seu relacionamento com Hanna e não implicar tanto com os primos.

— Er... — James não soube responder à pergunta, na verdade, ele nem tinha notado que sua filha biológica estava na estação. A assistente analisava tudo e tomava nota ao lado.

A conversa não demorou muito depois disso. O homem não sabia como agir com nova postura do filho e culpou Black por isso. Era mais fácil responsabilizar os outros para ele nesse momento. No final, Rich seguiu até seu padrinho depois de abraçar seu pai. Mas não fez promessas de visitar. Sentia saudade de sua mãe, mas queria um tempo para respirar e pensar melhor.

Os Blacks chegaram por último no hall Peverell, de onde a viagem de férias partiria. Cumprindo a promessa do verão anterior, os adultos queriam voltar para a Ilha Black, mas as crianças votaram contra. Queriam um novo destino, que antes de saírem da escola fizeram votação e escolheram dois, Suíça, por seus chocolates e paisagens belíssimas, e Chile, com as estações de esqui mais conhecidas no mundo.

Foi uma proposta inusitada, mas agradável, saia do obvio, eles relaxariam e qualquer coisa poderia mudar a rota e escolher outro país com estação diferente.

A mansão Black em Berna era rustica assim como a cidade. Relativamente grande, a residência contava com dois andares com muita madeira e pedras na fachada, vidros para proporcionar claridade e amplitude, amplo jardim com gramado, garagem, área gourmet no quintal, piscina coberta e ofurô em área semifechada, deque para um lago e uma segunda churrasqueira, sendo de chão para dias frios.

Era uma residência numa cidade em sua maioria trouxa, então a casa ficava afastada do meio urbano, com um campo de terreno amplo e cercado, tanto por muros quanto por alas mágicas.

— Okay. As crianças ficam nos quartos da ala leste. — Walburga orientou, pois sabia que era uma ala com maior isolamento acústico. Dessa vez não ouve resmungo da parte dos adultos.

O grupo estava receoso com Rich com eles, mas assentiu e seguiu para a ala designada. Eles estavam desconfortáveis, ainda não gostavam dele e estavam achando difícil aceitar essa nova atitude.