Juntar-se à federação foi fácil, ridiculamente fácil. Mais fácil que ir para a cadeia, sair com certeza é o mais difícil, porém, como já sei que não quero sair, isso não é problema.
A federação sofre com a falta de pessoal, as "pessoas" que eles tem trabalhando ativamente, não são exatamente pessoas, mas sim criaturas com a fala limitada e poderes de intervenção escassos.
É aí que eu entro.
A federação sabe que faço investigações, sabe que tenho um passado, e sabe que estive "zangado" com meus colegas da ilha. Eles pegaram isso e no desespero de mais empregados, me contrataram sem grande alarde.
Acontece que muita coisa dentro desta organização deu errado, os códigos são uma dessas coisas.
A ameaça dos códigos é muito poderosa, e a ameaça da federação também, acontece que são ameaças diferentes, os códigos são ruins para meu filho e irmãos, enquanto a federação é ruim para a minha liberdade. Sei o que é está preso, nunca gostei da sensação, mas também nunca tive uma família como essa que me foi dado pela federação, não posso em plena e sã consciência permitir que algo a ameace, então, como um bom homem lógico que sou, escolhi o menor dos dois males.
A federação.
Um problema de cada vez, e como diz o ditado: o inimigo do meu inimigo é meu amigo, ou algo assim.
Os escritórios da federação são bem frios, não no sentido físico, já que a temperatura é sempre bem regulada pelos ursinhos caminhando por aí, mas o ambiente branco e vazio tem causado arrepios e uma sensação de estranheza.
Minha sala, assim como todas as outras incluindo a do Cucurucho, é apertada. Dois grandes computadores e uma grande quantidade de arquivos organizados em prateleiras, torna o lugar ainda mais fechado, dando a sensação de prisão, que é justamente o que a federação quer passar para seus funcionários, quer que eles sintam que não passam de animais presos ao seu cuidado.
É estranhamente desconfortável lembrar que o mundo lá fora não é muito diferente.
— Me armaram uma armadilha! — ElQuackity invadiu meu escritório como o dono que se acha o direito, mal consigo tirar os olhos da série de códigos que estava tentando decifrar antes dele está em cima de mim fedendo a pólvora e fumaça — foi o SEU clone idiota que fez isso! Como você não notou?
— Como você bem sabe chefe — falei afastando ele com um dedo no ombro — estou na minha trigésima sétima tentativa de burlar ataques de códigos, como o senhor mandou — imitei uma voz respeitosa ofensiva enquanto ele bufava e começava a dar voltas na sala.
— Você só tinha um trabalho, um trabalho...
Enquanto ElQuackity dava voltas na sala reclamando da explosão, busquei nos registros visuais do meu clone o que aconteceu.
— Ah... Certo. — Comentei segurando o riso, ElQuackity virou para mim vermelho de raiva.
— O que?
— A explosão foi armada pelo próprio Max com a ajuda do BadBoyHalo, meu clone só ficou sabendo disso em cima da hora, o que explica o fato de EU não saber disso.
— Que porra — ElQuackity virou para porta — Cucurucho! Cucurucho venha aqui agora.
Não pude evitar de bufar com a reunião que estava tendo no meu escritório supostamente privado, depois que Quackity foi posto para dormir, ElQuackity ficou estranhamento perto de mim, provavelmente de olho em futuras rebeliões ou com medo de facadas nas costas, coisa que ele odeia.
Watter Bobby apareceu na porta, ombros encolhidos até os ouvidos e mãos cruzadas perto do peito, provavelmente segurando a vontade de chorar, já que, mais uma vez, o verdadeiro Cucurucho o mandou para receber a bronca em seu lugar.
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QSMP - Jardim do Éden
FanfictionCellbit nunca voltou para casa. Como ele poderia se a chance de proteger seu precioso filho estava na Federação? Constantemente atormentado por seu passsado, ele observa de longe sua preciosa família vivendo uma vida feliz com o seu NãoEu. Ou: Ce...