Edgard Mikaelson Narrando
O silêncio que predomina no ambiente é assombroso. A única coisa que não queria fazer era desapontar meus pais, no entanto é tudo que consigo ver em seus olhos nesse momento.
- Onde vocês estavam com a cabeça quando decidiram mexer com necromancia? - meu pai Damon questiona sério
- Não culpe o Edgard, a ideia foi minha, quem está estudando, em segredo, necromancia e telepatia sou eu - Maurício diz sério
- Sobre as suas preferências nós conversamos depois filho, agora vamos falar da irresponsabilidade do seu irmão mais velho de envolver você e a Hope nisso - meu pai D diz ainda mais sério, preocupação e desapontamento estampados em seu rosto
- Não culpe o Ed, eu insisti nisso para ajuda-lo - Maurício contradiz
- Não, nosso pai está certo no que diz maninho. Sou o mais velho, portanto tenho a obrigação de ser responsavel. Errei e assumo meus erros - digo sério
- Não sejam tão duros com eles, tentem entender os motivos deles para tais atos - minha madrinha tenta argumentar
- E quais são os motivos? - meu pai Klaus questiona sério
- Tenho sonhado com Ester a algumas semanas - confesso
- Semanas? - meu pai K questiona sério
- Está mais para meses - Maurício itervem
- Meses filhote? E por que não nos disse nada? - meu pai K questiona
- Toda vez que o nome Ester é mencionado em casa, todo mundo fica nervoso, fiquei com medo e preferi descobri mais sobre o que está acontecendo antes de falar alguma coisa - explico
- Eu convenci meu irmão sobre esse feitiço, a Hope não participou de nada ela apenas acordou na hora errada - meu irmão explica
- E o que houve no feitiço? Alguma coisa deu errado? - meu pai D questiona
- O feitiço ocorreu bem, só uma coisa aconteceu de diferente. Mas não foi algo ruim, parece que a parte do feitiço que deveria manter a Ester presa apenas enquanto olhavamos a mente dela, a manteve presa para sempre, ela nunca mais poderá sair do inferno - Maurício explica
- Vamos para casa, estão todos nos esperando, la conversamos com mais calma. Vamos tentar entender o que aconteceu - mau pai D diz sério
Apenas confirmo com a cabeça, depois de recolher nossas coisas meus irmãos e eu seguimos nossos pais até o carro. O silêncio que se instaura no carro é doloroso, sinto que decepcionei todos, sou o mais velho e deveria ter mais responsabilidade, mas acabei colocando meus irmãos em risco. Quando chegamos em casa toda minha família está reunida, preocupação e medo estampados em seu rosto.
- Vou colocar a Hope para dormir enquanto você diz tudo que sabemos até o momento querido - meu pai D diz ao meu pai Klaus enquanto sobe com minha irmã, muito sonolenta, em seu colo
Me sento no sofá, com Mauricio ao seu lado, e permanecemos em silêncio enquanto meu pai K conta tudo que houve. Todos ficam em silêncio depois dos fatos narrados, e acabo não percebendo o momento em que tio Elijah se ajoelha a minha frente,
- Está tudo bem querido? - tio Elijah questiona
- Tudo isso é culpa minha, eu coloquei meus irmãos em risco por conta de alguns sonhos. Eu sou o mais velho, deveria ser responsavel por eles, pela segurança deles - confesso irritado comigo mesmo
- Demorei muito tempo para perceber que meus irmãos não são minha responsabilidade, tenho o dever de protege-los sim, mas não posso interfeir ou me culpara pelas decisões deles nem pelas dos outros. Tudo que posso fazer é estar ao lado deles, e apesar de seus pais estarem irritados não é com você - tio Elijah diz e sorri
- Se fosse antigamente eu teria gritado e colocado você em um castigo eterno, acontece que estar com seu pai, com você e com seus irmãos me deixou um pouco menos irresponsavel. Sinto muito se você sente que a culpa e a responsabilidade são suas, mas não são, não concordo com a maneira como as coisas aconteceram, mas fico feliz que nenhum de vocês tenha se machucado. Mas isso ainda não acabou, então a partir de agora faremos tudo juntos, como família - meu pai K diz e eu o abraço
- Obrigado, não vou decepcionar vocês - digo
- Você nunca nos decepciona - meu pai D diz descendo as escadas sorrindo
- Ainda temos que entender como a Hope foi parar no feitiço conosco e o que deu errado no feitiço do Mauricio que acabou prendendo a Ester no inferno - digo
- Além de encontrar esse ser infernal que ela libertou - meu irmão completa
- Uma coisa por vez, vocês em pimeiro lugar - meu pai D diz
- Alana e eu temos uma teoria do que pode ter acontecido com a Hope e com o feitiço - tia Sophia diz
- Alguém ligou o Maurício e a Hope, o que um faz o outro acaba se envolvendo, o poder de um completa o poder do outro - tia Alana completa
- Então quando o Maurício fez o feitiço não calculou o poder da Hope envolvido, por isso a Ester acabou presa - tia Freya diz
- Talvez tenha sido a propria Ester quem ligou os dois, pensando que isso a ajudaria a sair do inferno mas fez exatamente o contrario - tio Kol diz
- Acontece que a parte do feitiço que prendeu a Ester foi eu quem criou, era apenas para impedir que ela usasse nosso feitiço como porta para o nosso mundo. O poder da Hope intensificou os efeitos - Maurício explica deixando todos surpresos
- Você criou um feitiço? Isso é muito complexo e avançado, e pelo que aconteceu seu feitiço funcionou muito bem - tia Freya elogia empolgada
- Isso significa que posso continuar estudando necromancia e telepatia? - meu irmão questiona empolgado
- Pode mas com algumas condições, nada de feitiços grandes até que essa ligação entre você e Hope seja desfeita, suas tias Freya, Alana e Sophia iram supervisionar tudo, e você irá contar tudo para nós e não vai deixar de estudar as outras areas da bruxaria - meu pai D diz e Maurício sorri animado e corre para abraçar nossos pais
- Obrigado por tudo, não poderia pedir família melhor - meu irmão diz sorrindo
- Somos uma família, e sempre iremos apoiar você e seus irmãos - meu pai K diz sorrindo
- Agora já está tarde, vamos todos dormir e amanhã pensaremos nos problemas - tia Freya diz e todos se dispersam seguindo cada um para seu quartoAssim que chego em meu quarto começo a pensar no que se passou essa noite, apesar de ter tido algumas das minhas perguntas respondidas outras ficaram sem resposta e novas perguntas se formaram. No entanto parece que estou no centro disso tudo e não sei como sair. Fico algum tempo disperso, apenas sentado em minha cama olhando para o nada enquanto penso. Se passa tanto tempo que não percebo quando meus pais entram no meu quarto, preocupação estampada em seus olho, eles se acomodam um de cada lado e me abraçam por um tempo.
- Sinto muito, não queria ter colocado todos em perigo, não queria preocupa-los - digo interrompendo o silêncio
- Não precisa se desculpar querido, nos já erramos, e que atire a primeira pedra aquele que nunca errou. Mesmo o seu tio Elijah e seu tio Stefan não são perfeitos - meu pai D diz
- Nós somos seus pais, estaremos sempre ao seu lado, não importa o que você decida, o que você escolha, que caminho você siga, sempre estaremos ao seu lado para ajuda-lo, apoia-lo, protege-lo e traze-lo de volta para casa - meu pai K diz e sorri
- No passado eu e seu pai teríamos agido com imprudência, no entanto depois que tivemos você nos nossos braços tudo mudou, não era apenas mais sobre poder, sobre alimentar nosso ego, era sobre nós, era sobre você, era sobre o que nós tornamos juntos, era sobre a nossa família, e isso nunca vai mudar. Vamos agir com cautela, investigar cada parte da visão que tiveram tentando falar com a Ester, saber que criatura ela libertou no mundo, entender como a ligação entre a Hope e o Mauricio aconteceu. Vamos enfrentar o que tiver vindo juntos, como família - meu pai D diz e eu o abraço mais forte
- Obrigada, aos dois - agradeço
- Agora trate de ir dormir, já está tarde e temos muito o que fazer amanhã - meu pai K diz
Nos despedimos com um abraço e tento ir dormir. Depois da conversa que tive com meus pais, não demorei muito para ir dormir. Durante a noite acabei sonhando com um garoto loiro, aparentemente da mesma idade que eu. Algo me chama até ele, no entanto não sei explicar o que. Acordo sobressaltado, um sentimento estranho no peito. A luz que vem da minha janela diz que o dia já nasceu e com isso corro até a entrada da casa, o mesmo sentimento que tive durante a noite, como se algo estivesse me chamando. Todos me olham confusos quando me veem correr até a porta de entrada.
Assim que abro a porta, me surpreendo, o garoto dos meus sonhos, o loiro que me chama até si. Nossos olhos se encontram, vejo seus olhos ficarem vermelhos e sinto os meus ficarem amarelos.
- MEU/MEU - falamos ao mesmo tempo e fico mais confuso que antes
- Isso está ficando cada vez melhor - escuto meu irmão dizer atrás de mim
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Family - Klamon - livro 04
FanfictionDesde que se entende por gente Edgard é um Mikaelson-Salvatore, com uma família grande que sempre esteve ao seu lado para lhe apoiar, proteger e ensinar. No entanto apenas um nome era proibido em casa, Ester, sabia apenas que sua avó queria toda fam...