Prólogo

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Dazai estava se sentindo estranho, pensamentos sobre Chuuya tomavam conta de si, normalmente não se importava, já estava acostumado em pensar nele incontáveis vezes, mas isso estava acontecendo com mais frequência.

Lembrar-se do ruivo o tempo todo o incomodava, o fazia se sentir mal, possivelmente pelos pensamentos impróprios que surgiam. Aquilo o deixava completamente irritado, mas irritação nunca foi um problema para Dazai, porém nesse caso era inevitável fazer algo para lidar com isso.

Sentado na banheira, ele encara seu reflexo na água, respira fundo e fecha os olhos. Tenta se concentrar em outra coisa, mas sabia qual era seu jeito favorito de lidar com irritação, principalmente quando a razão dela era si mesmo.

Suas mãos deslizam pela borda da banheira, procurando o objeto que o auxilia a lidar com esses sentimentos. Quando o encontra, apenas acaba com sua dor psicológica, transformando-a em dor física.

Abre os olhos, a água que em algum momento teve um tom esbranquiçado por conta do sabão agora se encontrava vermelha. Seu braço estava ardendo de dor, mas a raiva havia passado.

Dazai se levanta, sai da banheira e se enrola em sua toalha. Apoia seus braços na pia do banheiro e encara seu reflexo, levemente borrado por conta do vapor. Fica assim por alguns segundos até sentir o sangue voltar a escorrer por seu braço.

Abre a primeira gaveta embaixo da pia e pega um kit de primeiros socorros. Começa a cuidar dos cortes, dessa vez mais profundos que o habitual.

Os pensamentos sobre Chuuya realmente estavam o deixando doido, esgotando a pouca saúde mental que o restava. Jamais aceitaria se sentir daquela forma novamente sobre o ruivo.

Depois de enfaixar seu braço ele vai para seu quarto, se veste e senta em sua cama. Três comprimidos para dormir e dois para dor pareciam suficiente para deixá-lo tranquilo durante a noite.

Finalmente se deita e fecha seus olhos, torcendo para não acordar tão cedo.

Dear ChuuyaOnde histórias criam vida. Descubra agora