Mais problemas

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[ alerta de gatilho: automutilação implícita ]

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Mais um dia começa, Dazai não se sente pronto para se levantar da cama, mas não possui melhor opção, precisa trabalhar.

Se levanta, preguiçosamente, parecia implorar para que algum incidente que o impedisse de trabalhar acontecesse, mas nada muda. Respira fundo e vai em direção ao banheiro, após a noite anterior precisava trocar os curativos, que no momento já se encontravam sujos de sangue.

Resolve esse problema rapidamente, troca de roupa e, por mais incrível que pareça, sai de casa em um horário aceitável, seria possivelmente a primeira vez em muito tempo que chegaria pouco atrasado.

Durante todo o caminho Chuuya não sai de sua cabeça, faz tempo que não o vê, e possivelmente continuaria assim.

Analisando a situação, não teria nada de errado em pensar no ruivo quase o tempo todo, mas veja bem, eles tiveram um caso, na época em que ainda trabalhavam juntos. Mas após a morte de Oda, Dazai não conseguiu pensar em mais nada além de sair da máfia do porto.

O problema foi o dia em que decidiu sair, exatamente quando completava um ano junto de Chuuya, podiam ter mantido tudo em segredo na época, mas ainda era uma data importante, porém sua saída da máfia não podia esperar.

Dazai nunca soube lidar com problemas de relacionamento, por isso decidiu apenas explodir o carro do ruivo - uma péssima ideia - e não dar satisfação alguma, simplesmente desapareceu e nunca tentou entrar em contato com o mesmo.

Logo, não conseguir superar Chuuya era um problema, principalmente quando ele mesmo havia estragado o relacionamento que tinham por falta de comunicação. Por isso, quando pensava sobre a situação, sentia vontade de descontar os sentimentos em si mesmo. Afinal, a culpa foi completamente dele.

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Chega na agência após longos minutos de uma caminhada corrompida por pensamentos ruins e lembranças de arrependimentos. As primeiras pessoas que vê são Atsushi e Kunikida, que pareciam conversar sobre trabalho.

"Dazai-san! Preciso de sua ajuda."

Atsushi diz, indo em direção a Dazai, que mal havia notado o mundo ao seu redor. Mesmo dando para notar sua desatenção o garoto tigre continua a falar.

"Precisamos ir atrás de pistas sobre o desaparecimento de duas pessoas."

Dazai semicerra os olhos, tentando se concentrar nas palavras ditas.

"O Kunikida disse que era melhor nós irmos juntos, então, quando podemos ir?"

Tudo certo, podia lidar com aquilo, mesmo que as únicas palavras que ouvira foram: desaparecimento, Kunikida, juntos e ir. Pelo pouco que Dazai prestou atenção deu para entender do que se tratava. E assim, teve a sorte de responder algo que prestava.

"Sim, claro Atsushi, só preciso de um pouco mais de informações."

Sem demora o garoto tigre entrega um envelope para o mesmo, que não tinha reparado na existência do objeto até o receber em mãos. O abre com delicadeza, e por sorte consegue ler tudo que precisava sem maiores dificuldades. Ao terminar sua analise, volta a olhar para Atsushi.

"Tudo certo, agora podemos ir e tentar resolver esse problema."

Aquilo era uma ótima coisa a se fazer para tentar se livrar dos pensamentos sobre Chuuya, então rapidamente estão fora da agência, a caminho do primeiro local descrito nos documentos.

Dear ChuuyaOnde histórias criam vida. Descubra agora