Volte para mim

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[ alerta de gatilho: menção de suicídio e automutilação ]

A porta se abre dolorosamente devagar, Chuuya não prestava muita atenção em quem poderia ser, só notou que era Dazai quando havia aberto a porta completamente.

"Você veio atoa, vá embora."

O ruivo tenta fechar a porta, mas o acastanhado consegue impedi-lo.

"Chuuya, por favor, eu preciso conversar com você."

"Você mentiu para mim Dazai, vá embora."

Ainda segurando a porta, o acastanhado a empurra, fazendo-a se abrir mais.

"Você me enganou para se sentir amado Dazai."

"Eu te amava Chuuya! E fui o mais honesto que pude."

O acastanhado pausa, estava prestes a começar a chorar.

"Mas agora estou disposto a te dizer a verdade."

"Vai se ferrar Dazai, não venha me dizer que em algum momento você foi honesto comigo."

Nesse instante a força feita por Chuuya quase fecha a porta completamente, mas o acastanhado consegue impedir.

"Por favor, deixe-me explicar."

"Eu estou cansado de te ouvir."

Um som extremamente alto ressoa. O ruivo conseguiu fechar a porta, agora o mesmo estava completamente irritado, já o acastanhado se encontrava arrasado.

Dazai sabia que Chuuya ainda estava do outro lado da porta, ouvindo o que ele tinha a dizer.

"Você me deu seu coração sabe? Esperava que eu o devolvesse inteiro novamente... mas eu não o fiz."

Uma pausa, não se permitiria chorar naquele momento.

"Me desculpa, Chuuya."

A porta se abre novamente, o ruivo estava disposto a tentar ouvir, mas palavras não iriam preencher o vazio que o acastanhado deixou.

"Sabe Dazai, eu te amei de verdade, a ponto de deixá-lo fingir que me amava também."

Uma pausa. O ruivo estava chorando.

"Eu não estava fingindo!"

"Você não tem noção do quão próximo amor é do ódio."

Ao ouvir isso, Dazai tenta entrar no apartamento para conversar com Chuuya, que hesita por um momento, mas acaba cedendo.

O ambiente era decorado de forma completamente diferente do antigo apartamento, o acastanhado não reconheceria nada que o lembrasse do ruivo se não fosse pelo cheiro: cigarro e vinho.

Agora sentados em um sofá da sala a discussão continua.

"Então, poderia começar a explicar?"

Chuuya estava fazendo esforço para não perder a paciência, o ódio que sentia pelo que Dazai fez queria mandá-lo ir embora, mas sua paixão por ele ainda conseguia o impedir de fazer isso.

"Eu fui imaturo, eu não soube conversar, eu juro que o meu objetivo não era deixar você."

O ruivo se ajeita, aquilo definitivamente não era suficiente.

"Então me convença Dazai. Me convença de que me amava, e de que nunca quis me deixar."

"O último pedido... o último pedido de Oda... foi que eu deixasse a máfia do porto."

Chuuya respira fundo, as lágrimas cessaram, mas a tristeza se mantinha lá, precisaria de mais motivos para acreditar que não foi abandonado.

"Eu... eu não sabia o que fazer, precisava ir embora, eu estava abalado..."

Dear ChuuyaOnde histórias criam vida. Descubra agora