I Will trust you - Woosan

-I wanna die

Boa leitura...

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Sabe aquela sensação de não sentir nada, aquela sensação de estar vivo mais estar morto ao mesmo tempo?Sim era isso que eu me sentia todos os dias, um corpo sem alma, viver apenas por viver.

E lá estava eu encima da ponte Mapo em Seul, eu ainda não tinha me jogado, mas eu já estava meio morto, aquilo era só uma fachada para um sono profundo, porque morto eu já estava.

Eu não estava sentindo nada, nem medo de morrer nem receio de cair daí, como eu disse antes eu não sinto nada, nem "tristeza" felicidade", não me lembro da última vez que sorri.

Eu estava prestes a me jogar até que ouvi alguém me chamando.

- Ei, você? O que está fazendo?

Era óbvio que era alguém tentando fazer com eu não saltasse dali, mas eu não dei ouvidos, e ele continuou gritando.

- O que está fazendo?

Eu sorri pela última fez, não sorri porque queria sorrir pela última vez, sorri porque eu finalmente ia deixar essa dor para traz tudo finalmente ia acabar, era o fim da minha dor, e o princípio da dor de muitos.

Sorri, e me joguei, deixei a dor me carregar, mas infelizmente não durou muito, até eu sentir alguém puxando o meu corpo, eu caí e bate bem forte no chão.

Alguém me puxou, alguém me impediu, alguém acabou com minha vontade de ir.

Eu estava sonso, estava processando o que acabou de acontecer, quem salvaria um total estranho?

Minha visão ainda estava fusca, mais eu pude ver um homem com roupas sociais se aproximando de mim.

- Você está bem? - o homem perguntou gentilmente.

Não respondi, pois ainda estava confuso, apenas fiquei concentrado em me levantar e ir embora, não devia satisfação a ninguém, muito menos a um completo estranho, não sei se agradeço ou fico chateado por ele ter me salvo, na verdade ele me trouxe de volta ao inferno.

- Porque fez isso? - o homem perguntou gentilmente.

Não respondi de novo, dei as costas para ele, e continuei andando e ignorando o total estranho.

Não sei porque motivo eu estava envergonhado, mas eu não conseguia responder as perguntas dele.

Eu continuei andando, mas percebi que o homem me seguia, ele parecia estar preocupado comigo, ele mal me conhecia.

- Ei, você está realmente bem? Você quase se matou! - o homem gritava enquanto se aproximava de mim.

Parei, pois não adiantava de nada eu continuar andando se o homem ia continuar me perseguindo.

Virei para o encarar, ele parecia assustado, preocupado, mas não dei a mínima.

- V- você está bem? - ele perguntou quase gaguejando, mais num tom preocupado.

- Porque me salvou? - perguntei sem ao menos responder a pergunta dele.

- Olha, eu não sei pelo que você tá passando, nem o que você tá sentindo, mas tenho a certeza que morrer não é a solução - ele disse confiante em suas palavras.

- Aí é? Como você sabe hum? Como tem tanta acerteza hum? COMO? - perguntei me alterando.

- Porque.... - ele parou e suspirou... - parecia que as palavras não queriam sair de dentro dele, como se estivessem presas.

- Você não sabe né? Você nunca vai entender - disse num tom frio.

Virei as costas para ele e continuei o meu caminho, não sabia o que fazer eu não queria voltar para casa, e não tinha amigos.