For my Gamora

sentimentos revelados

Gamora

Dois dias se passaram. Eu li todas as cartas, observei todas as fotografias dezenas de vezes. Inclusive, nesse exato momento estão todos esse pedaços de papéis espalhados em minha cama. Eu não sei muito bem como me sinto em relação a isso. Eu tenho tentado afungetar meus sentimentos por Peter desde que salvamos Rocket. Porque é estranho eu me sentir assim e... Complicado e, eu não entendo nada disso.
Nunca me senti assim antes nem com os meus lances casuais.

E o pior, o pior é que ele não sente o mesmo. Peter Quill ama a outra Gamora, a Gamora que ele conhecia, a Gamora que ajudou ele a salvar a Galáxia, a Gamora do passado e eu não sou essa Gamora. Os sentimentos dele por mim, não são reais e isso dói muito, porque eu quero que... Quero que ele goste de mim, quero que ele pense em mim da mesma forma que eu penso nele, quero que ele queira estar comigo tanto quanto eu quero estar com ele. Eu- eu -

Um nó se forma em minha garganta e antes mesmo que eu perceba meu rosto já está molhado por algumas lágrimas, meu coração se aperta à medida em que meus pensamentos invadem a minha mente sem a minha permissão, não é possível que eu me sinta assim por um terráqueo bocó.

Meus olhos passaram por todas aquelas cartas que ele escreveu para ela, parecia que meu coração iria explodir. Eu pareço uma adolescente apaixonada cheia de hormônios e patética. Meus dedos tocam uma das fotografias em que Peter tem seus braços ao redor da outra Gamora. Minha boca se abre em busca de ar, enquanto mais lágrimas escorre pelos meus olhos. Será que algum dia ele poderia gostar de mim como gosta dela ?

Ouço batidas na porta e rapidamente passo a mão pelo rosto, limpando todo e qualquer resquício de que eu havia chorado.

— Oi?

—  Gamora, é o Starhawk.

—  Pode entrar. — Resmunguei tentando juntar todas as fotografias antes que ele visse, mas era tarde, ele já tinha entrado em meu quarto e, me olhava com pena. — Por favor, não me olhe desse jeito.

Eu já me sentia patética o suficiente, não precisava que me olhassem como se eu fosse uma coitadinha.

—  Você está chorando? — Ele perguntou, aproximando-se e tocando em meu ombro de forma carinhosa.

—  Não. —  Menti. —  O que veio fazer aqui ?

— Você não sai desse quarto a quase dois dias, queria me certificar de que você estava bem. Você tem se alimentado ?

—  Sim. — Respondo, desviando meu olhar para alguns pacotes de zargnut, que estavam em cima da minha mesinha.

Starhank levantou as sobrancelhas e dirigiu seu olhar até os papéis em minha cama.

— Peter Quill?

—  É só algo que ele me emprestou. — Sinto minhas bochechas esquentarem e tenho quase certeza de que fiquei em um tom de verde mais escuro, enquanto terminava de arrumar os papéis de volta na caixa.

— Porque você não dá uma passada em lugarnenhum?

— Não tenho nada para fazer lá. — Dei os ombros, enquanto encarava fixamente a caixa.

—  Talvez você queira fazer uma visita a sua irmã.

Eu franzi a testa, eu e Nebulosa não éramos do tipo carinhosas, sentimentalistas.
Ergui as sobrancelhas e quando abri minha boca para responder, Starhank tornou a falar.