Capítulo 8: A busca pela ressurreição (parte 01).

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Mia não consegue acreditar no que acabou de ver. Ela não consegue aceitar que Leo está morto. Ela não consegue suportar a dor que sente no peito.

Ela ama Leo. Ela sempre o amou. Ela só percebeu isso tarde demais. Ela se lembra de quando eles se conheceram, no primeiro dia de aula, de como ele era gentil, divertido, inteligente. Ela se lembra de como ele era talentoso, com sua magia de fogo, de como eles se tornaram amigos, e depois mais do que amigos. Ela se lembra de como eles se beijaram, pela primeira vez, embaixo da árvore do pátio. Ela se lembra de como tudo mudou, quando Lucas chegou.

Ela sente uma mistura de amor e ódio, de saudade e raiva, de esperança e desespero. Ela quer Leo de volta. Ela precisa de Leo de volta. Ela vai fazer de tudo para ter Leo de volta. Ela corre até a cratera, e se ajoelha ao lado do corpo de Leo. Ela o abraça, e chora. Ela o beija, e sussurra:

Eu te amo, Leo. Eu te amo mais do que tudo. Por favor, volte para mim. Por favor, me perdoe. Por favor, me salve. Mas Leo não responde. Ele não se mexe. Ele não respira. Ele está morto.

Mia soluça, e grita:
Não! Não! Não! Ela olha para o professor, que está parado ao lado da cratera. Ele a olha com pena e culpa. Ele sabe que ele é o responsável pela morte de Leo e sabe que ele é o único que pode trazê-lo de volta.

Ele balança a cabeça, e diz: Mia, eu sinto muito. Eu sei o que você sente por Leo. Eu sei o quanto você o ama. Mas você tem que aceitar a realidade. Ele está morto. E nada pode mudar isso.
Não! Não é verdade! Você pode mudar isso! Você pode trazê-lo de volta! Você tem a magia branca! Você tem o poder da vida! Você pode ressuscita! – diz Mia, implorando.

Não, Mia. Eu não posso fazer isso. Ninguém pode fazer isso. A magia branca não pode ressuscitar os mortos. Isso é contra as leis da natureza. Isso é contra as leis da magia. Isso é contra as leis da vida.

Mas eu não me importo com as leis! Eu só me importo com o Leo! Eu só quero ele vivo! Eu só quero ele comigo! Por favor, professor! Por favor! Faça isso por mim! Faça isso por ele! Faça isso por nós! – diz Mia, chorando.

Mia, por favor, se acalme. Eu entendo a sua dor. Eu entendo o seu desejo. Mas você tem que ser racional. Você tem que ser sensata. Você tem que entender que isso é impossível. E que isso é errado.

Não! Não é impossível! Não é errado! É possível! É certo! Eu sei que é! Eu sei que existe uma maneira! Eu sei que existe um feitiço! Um feitiço de ressurreição! – diz Mia, com determinação.

Um feitiço de ressurreição? O que você está dizendo, Mia? De onde você tirou essa ideia? – pergunta o professor, surpreso. Eu li sobre isso, na biblioteca. Em um livro antigo e proibido. Em um livro de magia negra. – diz Mia, sem medo.

Magia negra? Mia, você está louca? Você sabe o que é a magia negra? Você sabe o que ela faz? Você sabe o que ela custa? – pergunta o professor, assustado. Eu sei. Eu sei que ela é perigosa. Eu sei que ela é maligna. Eu sei que ela exige um sacrifício. Mas eu não me importo. Eu não me importo com o perigo. Eu não me importo com o mal. Eu não me importo com o sacrifício. Eu só me importo com o Leo. E eu vou fazer de tudo para tê-lo de volta. – diz Mia, com coragem.

Mia, por favor, pare com isso. Você não sabe o que está dizendo. Você não sabe o que está fazendo. Você não sabe o que está arriscando. Você está se colocando em um caminho sem volta. Um caminho de trevas e sofrimento. Um caminho de morte e condenação.
Não, professor. Eu estou me colocando em um caminho de luz e felicidade. Um caminho de vida e salvação. Um caminho de amor e ressurreição. Ela se levanta, e olha para o professor, com desafio.

E eu vou seguir esse caminho até o fim. E eu vou encontrar esse feitiço. E eu vou usá-lo para trazer o Leo de volta. Ela se vira, e corre para a escola. Ela entra na biblioteca, e procura pelo livro antigo e proibido. Ela abre o livro, e lê as páginas sobre o feitiço de ressurreição. Ela sorri, e diz:
Eu achei. Eu achei o feitiço. Eu achei a maneira. Ela fecha o livro, e o guarda na sua mochila. Ela sai da biblioteca, e vai para o seu quarto. Ela pega a sua varinha, e os seus pertences. Ela sai do seu quarto, e vai para a saída da escola. Ela olha para trás, e vê o professor correndo atrás dela. Ele grita:

Mia, espere! Não faça isso! Volte aqui! Ela ignora, e continua correndo. Ela sai da escola, e entra na floresta. Ela segue por um caminho escondido, até chegar a uma caverna. Ela entra na caverna, e acende uma tocha. Ela vê um altar de pedra, com uma faca ensanguentada em cima. Ela sorri, e diz:
Eu cheguei. Eu cheguei ao lugar. Ela coloca a sua mochila no chão, e tira o livro antigo e proibido. Ela abre o livro na página do feitiço de ressurreição, e lê as instruções. Ela precisa de três coisas: uma vela negra, um fio de cabelo do morto, e uma gota de sangue do vivo. Ela pega a vela negra da sua mochila, e a acende com a sua varinha. Ela coloca a vela no altar de pedra. Ela pega um fio de cabelo do Leo da sua mochila, e o coloca sobre a vela negra. Ela pega a faca ensanguentada do altar de pedra, e corta a sua mão esquerda.

Ela aperta a sua mão sobre a vela negra, e deixa cair uma gota de sangue sobre o fio de cabelo do Leo.

Continua....

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