❪ . . . under the mountain ❫

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- O que é isto? - perguntou Amarantha.

O tom de voz aumentando, apesar do sorriso de víbora que lançou a elas. Do pescoço esbelto e creme de Amarantha pendia uma longa corrente fina, e da corrente oscilava um único osso envelhecido, do tamanho de um dedo. Não queria pensar a quem pertenceria desde que o próximo não fosse de Feyre ou de Braelyn. Se mexesse o braço, ela poderia sacar a adaga... Rhysand manejou o pescoço de forma tão mínima que poderia ser imperceptível, mas ela havia entendido o sinal. Não faça isso. Ela acatou o conselho.

- Apenas duas coisas humanas que encontrei lá embaixo - sibilou a criatura horrível que havia as encontrado, ele uma língua bifurcada disparou entre os dentes afiados como lâminas. Ele bateu as asas uma vez, disparando ar fétido contra elas, e então, comportadamente, fechou as asas atrás do corpo esquelético.

- Obviamente, Attor. - ronronou Amarantha. Feyre parecia concentrada no macho a 3 metros dela. Loiro com olhos verdes. Tamlin, se Braelyn pudesse apostar. - Mas por que eu deveria me incomodar com elas?

A criatura deu uma risadinha, o som era como água chiando em uma grelha, a fez sentir falta da risada de Borris, e um pé cheio de garras golpeou a lateral do corpo de Feyre, rasgando a túnica dela.

- Diga a Sua Majestade por que estavam espreitando pelas catacumbas, por que saíram da velha caverna que leva até a Corte Primaveril. - O Attor chutou Feyre de novo e ela se encolheu o corpo quando suas garras arranharam costelas. Um rosnado fraco escapou da garganta de Braelyn. - Diga a Sua Majestade, lixo humano.

- Me diga você, lixo feérico. - Braelyn respondeu levantando a cabeça para a criatura horrenda. Se antes ela tinha medo, agora aquela raiva fria e silenciosa havia voltado como nunca havia sentido antes. Sentia como se pudesse matar ele apenas por respirar errado perto de Feyre.

Ela queria o irritar, e quase sorriu quando sentiu as garras arranharem as costas dela profundamente. Doeu como o inferno. Mas ela tirou a adaga de Azriel na coxa e se virou tão rápido que nem mesmo a criatura pode recuar, quando percebeu o ferro em seus dedos já era tarde demais. Ela cortou os dedos dele fora, lhe arrancando as garras. Ele chiou de dor, e Braelyn sorriu com o sangue que agora cobria suas mãos.

Ela se aproximou enquanto ele gritava, e sussurrou.

- Toque na minha irmã de novo, e a próxima a ser arrancada vai ser a sua mão. - Ela sussurrou e pegou os dedos que haviam caído no chão e se virou para Amarantha e os jogou nos pés dela. - Um presente para a Sua Majestade.

Braelyn disse sarcasticamente. Amarantha sorriu para ela com os olhos brilhando em alguma coisa que ela não pode reconhecer. Bom. Antes ela chamando a atenção de Amarantha que Feyre.

O alívio durou pouco, Feyre se levantou com cuidado, encarando o vestido dourado de Amarantha em vez dos olhos. Péssima idéia, ela quis dizer a Feyre, mas já era tarde.

- Vim reivindicar aquele que amo - Ela falou baixinho.

A maldição seria quebrada, sim, mas não daquele jeito. Se Feyre não conseguisse, Braelyn teria que matar a ruiva o mais rápido possível.

- Ah? - Amarantha disse inclinando o corpo para frente.

- Vim reivindicar Tamlin, Grão Senhor da Corte Primaveril. - Feyre disse novamente.

Um arquejo ecoou por toda a corte. Mas Amarantha virou a cabeça para trás de gargalhou exatamente como o riso de um corvo. Não era algo bonito de se ouvir. A Grã Rainha se virou para Tamlin com um sorriso malicioso nos lábios.

- Você se manteve ocupado durante todos aqueles anos. Desenvolveu um paladar para bestar humanas, foi? - Ela disse olhando para o Grão Senhor.

Mas Tamlin não respondeu, sequer demonstrou qualquer reação a ter Feyre naquele lugar. E Braelyn se pegou o condenando, de todas as pessoas e feéricos que Feyre poderia se envolver, ela escolheu justamente aquele. Mas ele também não as condenará, qualquer vestígio de reconhecimento as mataria.

𝐀 𝐂𝐎𝐔𝐑𝐓 𝐎𝐅 𝐅𝐀𝐓𝐄 𝐀𝐍𝐃 𝐒𝐇𝐀𝐃𝐎𝐖 : acotarOnde histórias criam vida. Descubra agora