( . . . broken spell )

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Dawn vestia as mesmas roupas que ela, os fios ondulados e castanhos agora estavam presos e escondidos entre os panos. Nunca havia percebido como ela era alguns centímetros mais alta que Braelyn. Como conseguia se esconder de tudo e todos quando se encostava aos cantos das paredes, ou como ela sempre tinha facas pequenas e bem distribuídas em qualquer parte de seu vestido disfarçadas como jóias.

Elas saíram da cela silenciosamente, Dawn a ensinando como não ser notada mesmo que em meio aos inimigos. Mesmo que agora Braelyn pudesse ser reconhecida a quilômetros pelo cabelo prateado e olhos verdes. Braelyn tinha apenas duas armas consigo. A adaga de Azriel que ela guardava perto ao coração, e a espada dada pelo Caldeirão. Por seu pai. Ela reluzia e cantava algo bonito e antigo sempre que Braelyn a apertava mais forte, e algo dentro de si sabia que apenas ela conseguia ouvir aquilo, ouvir a canção.

Mesmo em bailes e festas, Braelyn nunca havia visto tantas pessoas quanto quando entraram no grande salão. O reconheceu como aquele que ela e Feyre haviam sido levadas por Attor três meses antes. Guardas a olharam com desconfiança, Dawn já havia desaparecido, e ela estava sozinha.

"Não se controle" a voz de seu pai soou.

"Feyre já completou a tarefa, mas ela ainda tem que quebrar a maldição." A voz de sua mãe a lembrou. "Ganhe tempo para Feyre."

Se Feyre precisava de tempo para pensar na resposta do enigma, enigma esse que Braelyn jamais ouviu nenhuma palavra, então ela faria um espetáculo. Ela sorriu de maneira maliciosa para o guarda, e antes que ele pudesse dizer qualquer coisa a espada cantou mais alto e Braelyn a enfiou no estômago do macho. Seus olhos se tornaram completamente brancos e sangue jorrou de seus ouvidos, nariz, boca e olhos. Seus órgãos derretendo e o matando de dentro para fora.

A multidão em volta deles se abriu em choque e terror. E com o caminho formado, Braelyn viu Feyre jogada no chão, seus ossos quebrados em lugares que deixavam sua postura estranha. Tamlin jogado ao lado de dois corpos. Corpos de inocentes. O poder que Braelyn empunhava explodiu por todo o salão como uma forma de névoa verde.

Rhysand estava do outro lado do salão, igualmente caído, e ele olhava para Braelyn com lágrima nos olhos. Ela pode observar alguns feéricos caírem de joelhos ao chão fazendo uma reverência a ela, o que não pareceu agradar Amarantha que a encarava de cima a baixo.

- Você eu não conheço. - Ela disse com a voz fria e nojenta. Do mesmo jeito que Braelyn se lembrava das torturas. - Saía daqui enquanto eu estou sendo gentil.

- Não, acho que não. - Braelyn a respondeu enquanto retirava a espada do macho já morto. O corpo caiu aos seus pés. - Não me conhece? Passamos tanto tempo juntas nos últimos três meses. Embora você não tenha vindo me visitar nos últimos dias, fiquei decepcionada.

Braelyn agora começou a andar em direção a Amarantha e a Feyre.

- Quando eu cheguei aqui, seu lixo feérico me xingou, e eu tomei alguns dedos dele como cortesia. - Braelyn disse, e seu sorriso ia aumentando à medida que notava o quão pálida Amarantha se tornava. - Eu fui paciente, não fui? Um bom brinquedinho.

À medida que andava, a espada reluziam raios prateados, e a névoa esverdeada de magia envolvia seu corpo como se há muito tempo pedisse para ser livre. Ela teve sorte, seu corpo estava muito fraco para uma briga corpo a corpo e não tinha dúvidas que perderia se entrasse em uma diretamente. Mas em poder... Em poder Braelyn poderia matar Amarantha com as próprias mãos.

E Amarantha estava começando a perceber aquilo.

- Você era uma humana inútil. - A Grã Rainha disse se esquecendo de Feyre momentaneamente. Bom. Braelyn daria a Feyre tempo.

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⏰ Última atualização: Mar 27 ⏰

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𝐀 𝐂𝐎𝐔𝐑𝐓 𝐎𝐅 𝐅𝐀𝐓𝐄 𝐀𝐍𝐃 𝐒𝐇𝐀𝐃𝐎𝐖 : acotarOnde histórias criam vida. Descubra agora