Dança da solidão.

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"Meu pai sempre me dizia
Meu filho tome cuidado
Quando eu penso no futuro
Não esqueço o meu passado, ô"

pov catherine:

Acordei com várias mensagens de Vitor. Will também acordou com o barulho das notificações do meu celular.

- Adivinha quem é? - Perguntei pra ele enquanto lia as mensagens.

- Harry? - Ele perguntou, logo após de ter depositado um beijo no meu ombro.

-Vitor. - Respondi desligando o celular, o coloquei de volta na cabeceira.

Ainda estávamos deitados na cama, william abraçou meu corpo por trás, acariciando minha barriga.

De imediato me virei pra ele - ainda deitada - pois sabia que esse era o sinal para conversarmos.

- Hora do prós e contras? - Perguntei olhando em seus olhos que eram 10 mil vezes mais azuis quando ele acordava.

Ele me confirmou com a cabeça, e pareceu pensar um pouco antes de começar o assunto.

- Prós: Ele é seu amigo; Namora a Bia; Gosta de futebol.

- Contras? - Perguntei atenta.

- Contras: Faz comentários desnecessários; Ele presta muita atenção em você; Não torce pro mesmo time que eu torço. - Esse era o nosso "ritual" de conversa, prós e contras de um assunto que incomoda no nosso relacionamento e depois tiramos as conclusões, que necessariamente não precisam ser iguais mas que possam favorecer o bem estar dos dois.

- Quero saber sua conclusão. - Ele perguntou, depois do meu silêncio tomar longos minutos da nossa conversa.

- Mesmo que seja meu amigo, não deixo de concordar com você sobre os comentários que ele faz; Ele namora a Bia, e eu namoro você. Não tem com o que se preocupar, e se ele me olha, é porque faz tempo que não nos vemos, mudamos desde a última vez, ele só deve estar reparando. - Me sentei na cama, com as costas apoiadas na cabeceira mas ainda olhando pra ele.

William continuou deitado, mas agora estava apoiando sua cabeça na minha barriga enquanto suas mãos acariciavam minhas pernas por debaixo do cobertor.

- E ele é brasileiro, já era de se esperar que não torcesse pro mesmo time que você. - Terminei minha conclusão, levando minhas unhas em um movimento de zig-zag sob suas costas nua.

- Parece um filme clichê, não parece? Um casal feliz e apaixonado, um vilão ciumento que separa os dois. - Ele falou.

- Não vamos nos separar. - Essa conversa não estava me agradando.

- E se parece um filme clichê, alguém do casal vai fazer algo estúpido. - Ele pareceu concluir seu próprio pensamento.

- Não é um filme clichê, Will. - O tirei do meu colo, para me levantar da cama. - É essa sua conclusão?

Ele também se levantou.

- Não é, você sabe que eu não quero isso, só estou falando o que parece. - Ele falou tirando sua blusa, para ir ao banheiro. - O que tinha nas mensagens dele? - Agora ele já estava completamente pelado, e estava difícil de eu terminar essa conversa concentrada no que começou.

- Vitor disse que eu esqueci alguma coisa no boteco ontem, ele está vindo aqui deixar. - Enquanto eu falava, ele entrou no box p/ tomar banho, deixando a porta aberta. - Essa porta aberta é de propósito?

- O que você acha? - Ele gritou para que eu pudesse ouvir.

Era a minha vez de se despir.

Era a minha vez de se despir

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Saudades, pontos de exclamação.Onde histórias criam vida. Descubra agora