Capítulo 24: Quando Os Aurors São Chamados

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"Por que eu não fui informado sobre isso antes?!"

"Malfoy—"

"Leve para fora, estamos tentando dormir aqui!"

"Sim! Vocês desconsiderados, pequenos bastardos—"

"Estamos indo!" Potter praticamente gritou para o grupo de retratos agarrados, rangendo os dentes. Ele perseguiu até a saída e parou lá, olhando com expectativa para Draco.

Draco olhou para o retrato vazio de Severus uma última vez antes de se juntar a Potter no corredor onde ele fechou a porta murmurando: "Odeio entrar lá à noite. Snape também sabe disso."

Mesmo depois que ele se foi há muito tempo, seu padrinho ainda estava fazendo da vida de Potter um inferno. Draco não pôde deixar de deixar um sorriso se espalhar por seus lábios.

"Por que você tem um retrato do meu padrinho, Potter? Você não pode querer isso?!" Draco perguntou, sua fúria voltou. "E por que estou descobrindo isso agora?! Há quanto tempo você tem isso?"

"Você age como se Snape fosse seu elfo doméstico, e que você era dono dele", disse Potter amargamente e atravessou o corredor até uma porta. "Vamos conversar aqui", disse ele. "Então não perturbamos os retratos mais do que já perturbamos."

Era um pequeno escritório com uma mesa e duas cadeiras. Eles se sentaram, e Potter começou a explicar. "Eu não sei por que Snape estava querendo nos incomodar de repente com isso. Talvez seja a maneira doentia dele em nos fazer conversar— Eu não sei, nem me importo, mas ele me pediu para trazê-lo hoje à noite e mostrar o retrato dele. Mas eu não sabia que ele ia decolar assim."

"Mas por que você tem isso? Eu pensei que apenas dois existiam: o meu e o de Hogwarts."

"O de Hogwarts é apenas uma quieta. Ele queria assim, depois que eu insisti que ele merecia um lugar lá."

"Eu sei, eu me lembro da luta para conseguir o lugar dele. Eu assinei a petição para isso."

Potter assentiu com a cabeça. "Fizei surpreso com quantos o fizeram."

Draco revirou os olhos. "Eu não sou. As pessoas vão segui-lo por um penhasco se você disser que era a coisa certa a fazer."

Potter estreitou os olhos, levemente insultado. "De qualquer forma," ele prosseguiu. "Depois que a guerra acabou, me presenteou com o testamento de Snape—"

"Ele tinha um testamento?"

"Sim, ele me deixou seu cofre, nele havia várias coisas. Um era uma cópia de seu retrato— obviamente um plano orquestrado para me guiar através da tarefa de derrotar Vold—"

"Não", disse Draco. Ouvir o nome ainda fez todo o seu corpo tremir.

Potter inalou uma respiração profunda. "Entre um retrato de si mesmo, havia também um da minha mãe." Seus olhos verdes se iluminaram. "Mas não é tão avançado quanto o de Dumbledore ou o de Snape. Snape adivinha que ela trabalhou nisso um pouco enquanto estava escondida, mas ele queria que seu retrato estivesse ao lado do dela. Ela se senta entre ele e o do meu pai."

Draco não teve tempo de notar o retrato da mãe de Potter antes de perceber o de Snape. "Por quê?" ele perguntou, confuso com o pedido de seu padrinho.

Potter sorriu fracamente. "Você nunca acreditaria, mas eles eram melhores amigos em seus primeiros anos de Hogwarts."

As sobrancelhas de Draco se levantaram até a linha do cabelo. "Você não diz? Ela era uma Grifinória e ele—"

"Era raro— amigos entre nossas casas— mas não impossível."

A traição de Severus ao Senhor das Trevas estava começando a fazer muito mais sentido agora...

Que Não Haja Mais MaldiçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora